quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

E Começou a Transição!

https://temporealrj.com/virou-a-casaca-marcos-braz-almoca-com-bap-novo-presidente-do-flamengo/
 

Salve, Buteco! Findas a temporada/2024 e a eleição para o próximo triênio, o novo presidente não perdeu tempo e iniciou imediatamente a transição, almoçando com o atual vice-presidente de futebol. Imagino que haja muito o que discutir, inclusive, de uma maneira geral, o perfil dos funcionários do setor, além de eventuais negociações em curso.

Muitos nomes vêm pipocando na mídia nesses últimos dias como prováveis chegadas para compor a nova estrutura do Departamento de Futebol em funções como diretor técnico, coordenador-geral da base, entre outras. Prefiro não abordar esse tema no momento, antes de os nomes e a própria estrutura estarem oficialmente definidos.

Pelo mesmo motivo, venho desconfiando bastante de todas as apurações que indicam a existência de negociações em curso por parte da futura e recém eleita Diretoria do Flamengo. Exemplo: Roger Guedes. 

Na era das redes sociais, a mídia sobrevive a partir de engajamentos. Se o destinatário (no caso, o torcedor) não souber filtrar, sofrerá desnecessariamente de ansiedade (maior mal da atualidade).

Ao mesmo tempo, acho que o momento é propício para a tradicional resenha de final de ano para avaliação do elenco por nós, torcedores. Darei o pontapé inicial com os meus pitacos:

Goleiros

Rossi: cresce nos momentos mais difíceis, mas falha mais do que o tolerável durante a temporada. O ideal seria chegar outro nome e ele passar para a reserva.

Matheus Cunha: simplesmente não tem nível para jogar no Flamengo. Mantê-lo no elenco é flertar com a repetição do que ocorreu em 2023, contra o Olimpia, em Assunção, pela Libertadores da América. Vaza. E rápido.

Laterais direitos

Wesley: é impressionante a sua evolução. O ideal seria mantê-lo por muito tempo no clube, porém sabe-se que não será possível segurá-lo por muito tempo. Sua reposição não será uma tarefa simples. O ideal seria aguardar o meio do ano, com o mercado europeu mais aquecido e após o Super Mundial.

Varela: não é uma boa relação custo x benefício, embora se trate de um jogador muito sério e dedicado. Não é nenhum absurdo esperar o meio do ano e reformular de vez o setor, com dois novos nomes.

Zagueiros

Léo Ortiz: revelou-se uma das melhores contratações dos últimos tempos. É merecidamente titular e uma referência no setor. Fica, ganhando espaço no elenco.

Léo Pereira: nosso segundo zagueiro, sem dúvida. Antigo no elenco, chegou ao clube no primeiro semestre de 2000, estando prestes a completar 5 anos de clube. É preciso avaliar o seu foco e o grau de comprometimento com as novas diretrizes. Se não houver contraindicações, penso que é o caso de mantê-lo.

Fabrício Bruno: a frustração da negociação com a Inglaterra, por decisão do próprio jogador, foi um dos fatores que levou à estranha demora na efetivação de Léo Ortiz como titular. É importante avaliar se continuará a aceitar ser reserva. Até pela idade, se nova proposta sugir, como do Rennes, da França (como vem sendo especulado), seria uma boa negociá-lo, desde que haja reposição...

David Luiz: fim de ciclo. Deu sua contribuição, formando a dupla de zaga campeã da Libertadores e da Copa do Brasil em 2022. Obrigado e adeus, com um detalhe importante: tem que repor...

Cleiton: jogador muito elogiado por todos os treinadores, os quais, porém, raramente o utilizaram. Um verdadeiro enigma. Lá se vão 3 anos no elenco profissional, com apenas 16 jogos, o que equivale a uma média de aproximadamente 5 jogos por ano, o que ajuda a explicar alguns problemas de contusão de zagueiros durante a temporada. Talvez seja o momento de dar oportunidade a outro jovem da base.

Laterais esquerdos

Alex Sandro: chegou chegando. Muito bom semestre de estreia, conquistando merecidamente a vaga de titular. Fica sem maiores discussões.

Ayrton Lucas: sempre teve algumas fragilidades defensivas, mas é nítida a sua queda de rendimento, especialmente em 2024. Filipe Luís fala em recuperá-lo. A vantagem é o combo de ótima condição física, sem lesões graves, e a contundência/intensidade do seu jogo no apoio. Fica pelo menos até Matías Viña se recuperar.

Matías Viña: segundo os setoristas do clube, só voltartá entre o meio do ano e o início do segundo semestre. Na teoria, seria um jogador para disputar posição com Alex Sandro, pelo bom equilíbrio entre força e técnica, tanto no apoio, quanto na defesa. A gravíssima contusão, contudo, acaba gerando um ponto de interrogação. Fica, até porque é inviável negociá-lo enquanto estiver contundido, mas com a devida reavaliação no final do ano.

Volantes

Erick Pulgar: bom jogador, muito técnico, que caiu bastante de rendimento sob o comando de Tite, mas voltou a jogar bem e a apresentar, sob o comando de Filipe Luís, o bom futebol que exibia até a chegada do Pífano da Região das Hortênsias. O que pode pegar é a renovação. Dizem que o agente é complicado e especialista em fazê-lo sair ao final dos contratos sem que o clube seja indenizado. Olhos abertos com ele. Bom jogador, mas não é insubstituível.

Evertton Araújo: muito importante na fase defensiva do jogo, porém apresenta dificuldades claras em um dos fundamentos mais importantes do "volante moderno": o passe. Eu o negociaria, buscando um upgrade técnico para a posição no elenco.

Allan: fora com a devida reposição. Sem mais.

Meias

Gérson: capitão do time, fez uma excelente temporada, firmando-se como liderança moral e técnica, tendo sido merecidamente convocado para a seleção. Torcedor genuíno do clube. Um símbolo. Fica com valorização, se preciso.

De la Cruz: excelente jogador, que oferece um combo de boa técnica, versatilidade, combatividade, personalidade forte e total entrega dentro das quatro linhas. Fragilidade: resistência em maiores sequências de jogos. Sua permanência no elenco depende de criteriosa rodagem com preciso controle de minutagem. E claro, com a conscientização do atleta para que sua dedicação à Seleção do Uruguai não se torne um problema, como na Copa América (francamente...).

De Arrascaeta: ídolo incontestável da torcida e jogador absolutamente diferenciado na parte técnica. A falta de resistência física e os intervalos cada vez mais longos entre as apresentações no mais alto nível são um problema que precisa ser enfrentado e não empurrado para debaixo do tapete, sem que o jogador seja confrontado a respeito, inclusive quanto ao estilo de vida e a dedicação à carreira. Fica até o meio do ano, até pela proximidade do Super Mundial, situação sujeita a reavaliação conforme o seu rendimento após a recente cirurgia no joelho.

Charly Alcaraz: joia bruta que depende de lapidação, inclusive no fundamento das finalizações a gol. O talento e a personalidade são incontestáveis, mas o fardo de ser a contratação mais cara da História do clube com tão pouca idade pode estabelecer um obstáculo psicológico de difícil superação. Fica até o meio do ano, sujeito a reavaliação conforme o seu rendimento.

Matheus Gonçalves: talento incontestável, assim como as oscilações na performance dentro das quatro linhas, ao contrário da alta performance fora delas, sempre com muita regularidade ("menina, pelo amor de Deus, toma o remédio que eu te passo o pix" - tum; tum, tum, tum; tum, tum, tum...). Eu não resistiria a uma nova investida do Bragantino.

Lorran: situação muito parecida com a do "Menino Pix". O Rugal é marrento e outro que possui enorme talento, mas acha que joga muito mais do que efetivamente apresenta dentro de campo. Não compensa mantê-lo se a atitude continuar a mesma.

Atacantes

Pedro: centroavante mais técnico das três Américas, só deve voltar no meio da temporada. É preciso avaliar se terá algum compromentimento em sua mobilidade. É também, disparado, o melhor finalizador dos três continentes. Fica, mas com concorrência. Precisa melhorar a atitude, exibindo mais gana e combatividade.

Bruno Henrique: ídolo incontestável, jogador histórico e totalmente identificado com a torcida. É um caso de encontro espiritual tardio com a Nação Rubro-Negra. Contudo, não vem bem no aspecto técnico há várias temporadas, nas quais as melhores apresentações são cada vez mais raras, muito embora seja necessário reconhecer que, apesar disso, vem se doando inteiramente dentro de campo, especialmente após a última renovação de contrato. Fica, sendo caso de negociá-lo sem pensar duas vezes, em caso de surgir alguma proposta.

Luiz Araújo: grata surpresa, firmou-se como um dos jogadores mais dedicados e confiáveis do elenco. Não chega a ser um craque, mas tem talento suficiente para decidir jogos importantes e ainda ser fundamental na fase defensiva do jogo. Sua versatilidade é notável, conseguindo até mesmo jogar como meia construtor em alguns momentos. Fica, sem maiores divagações.

Éverton Cebolinha: deve voltar no início de 2025. Jogador importante, que era merecidamente titular antes de se contundir. Contudo, não tem na finalização um dos seus maiores dons e tampouco é dos mais velozes, razão pela qual eu o negociaria, se surgisse proposta, visando alguém que pudesse elevar o nível do elenco especialmente no primeiro quesito. Contudo, sua permanência não será nenhuma tragédia, até porque é um ponta que exibe ótimas qualidades, como o drible em espaço curto e a boa capacidade de construção do jogo.

Gonzalo Plata: outra boa surpresa, o equatoriano tem mostrado versatilidade como atacante, exibindo desde um bom drible até personalidade para finalizar e decidir um título. Contudo, passa a impressão de que às vezes se desliga do jogo. Tende a subir muito de produção após uma boa pré-temporada. Fica, sem dúvida, mas com Diretoria e comissão técnica de olhos abertos quanto ao aproveitamento nas finalizações e ao comportamento - ele tem "antecedentes" no extracampo, durante suas passagens por outros clubes.

Michael: jogador muito útil, que pode jogar em ambas as pontas ou mesmo como segundo atacante. Poderia ser melhor nas finalizações e nas tomadas de decisão. Tende a melhorar o rendimento com a pré-temporada, haja vista a contusão muscular importrante sofrida no segundo semestre. Fica até pela chegada recente, mas com a Diretoria de olho na idade e em eventuais propostas.

Gabigol: o vácuo que deixa no elenco, na prática, já existe há duas temporadas, com raros momentos de exceção; a diferença é que, agora, com sua saída do clube, a reposição finalmente será possível. Para o seu lugar, eu buscaria um jogador com o mesmo perfil que o Predestinado possuía quando chegou ao clube, em 2019: jovem, veloz e com grande mobilidade, ótimo finalizador, obstinado, com muita personalidade e fome de vencer na vida e no futebol. Que o setor de scouting encontre essa peça no mercado. A contratação precisa ser cirúrgica, a ponto de meritoriamente tirar Pedro de sua zona de conforto.

Carlinhos: muito embora eu ache que o clube errou na avaliação da performance desse atleta em vários momentos, já que não trabalhou com psicologia esportiva nesses seis anos e, portanto, não levou em consideração a pressão que o rapaz sentia especialmente nos jogos disputados no Maracanã (seus bons momentos ocorreram em jogos do Flamengo como visitante), é evidente que não está à altura do patamar esportivo que o Mais Querido alcançou. Sai, com o meu agradecimento pelos gols marcados no Cu de Zebra e no Barradão. Para sua reposição, eu buscaria uma aposta, bastante jovem, com o perfil do Rodrigo Muniz quando ascendeu ao elenco profissional, com o objetivo de ocupar o posto de terceiro centroavante.

O que mais me incomoda no atual elenco é sua montagem com poucos bons finalizadores. O problema, evidentemente, piorou a partir da decadência física e técnica de Gabigol, porém é preciso reconhecer que todos os outros meias ofensivos e atacantes não vêm apresentando um boa performance no fundamento das finalizações.

Voltando a 2019, é preciso lembrar e levar seriamente em conta que, naquela temporada, o Ano Mágico, Gabigol marcou 43 vezes, Bruno Henrique 35 e Arrascaeta outros 18. Todos eles caíram bastante de rendimento nesse quesito nos cinco anos seguintes, o que ajuda a explicar o problema crônico que o Flamengo vem exibindo no quesito chances de gol desperdiçadas.

Ocorre que, ao lado disso, elenco vem sendo reformulado com a chegada de jogadores que não exibem em suas virtudes a excelência nesse fundamento. Logo, existe um problema de escolha das peças, o qual precisa ser enfrentado sem hesitação pela nova gestão. Quanto mais bons finalizadores tivermos, mais jogos serão resolvidos com menos desgaste físico e mental, e, consequentemente, com muito menos contusões (não que essa seja a única causa).

A equação é óbvia, mas falta colocá-la em prática com critério e seriedade nas contratações.

A palavra está com vocês.

BodiSRN a tod@s.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

O Dragão Negro

 

Salve, Buteco! Dentre os motivos que levaram o Japão a entrar na Segunda Guerra Mundial, um dos mais importantes foi a disposição das Sociedades Secretas que existiam à época naquele país. Dentre elas, uma se destacava como a mais proeminente e era conhecida como Koauryoukai, Kukuryoukai ou Dragão Negro, definida pela Wikipedia brasileira como um "proeminente grupo paramilitar ultra-nacionalista de extrema-direita no Japão que foi ativo pelo menos até o final da Segunda Guerra Mundial."

A Sociedade do Dragão Negro era chefiada por Mitsuru Toyama, a quem os seguidores tinham devoção "tão ou mais fanática do que a dos nazistas por Adolf Hitler". Sua figura era considerada "um símbolo da expansão do Império do Sol Nascente" e a ele era atribuída influência em movimentos políticos no Havaí, na China e nas Ilhas Filipinas.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a derrota do Império Japonês, o Dragão Negro foi extinto, porém o seu nome, curiosamente, viria, ressignificado, a batizar um movimento político de jovens torcedores fanáticos e apaixonados por um clube de futebol brasileiro, mais precisamente do Rio de Janeiro - o Clube de Regatas do Flamengo.

***

O ano era 1946. Tricampeão carioca em 1942-43-44, o Flamengo andava mal das pernas no Supercampeonato que decidiria o título estadual e viria a ser conquistado pelo Fluminense. Naquela época, o Mais Querido mandava seus jogos no Estádio José Bastos Padilha, eis que o Maracanã sequer havia sido construído. Tempos nos quais o futebol ainda era amador e as camisas usadas pelos jogadores sequer possuíam numeração.

Mas como eu ia dizendo, o Flamengo andava mal das pernas no Campeonato Carioca e, numa das tardes de jogo no Estádio da Gávea, o jovem Fadel Fadel, que viria a ser vice-presidente de futebol na gestão Gilberto Cardoso (1951-55) e a presidir o Flamengo no início da década de 60, quase foi expulso da tribuna pelo então presidente Hilton Santos, que não admitia sua presença, alegando que o local era reservado para dirigentes e convidados especiais.

Fadel acabou permanecendo, graças à "Turma do Deixa-Disso", mas o tumulto foi grande. O grupo de jovens torcedores já existia e discutia cotidianamente o Flamengo, mas até então não possuía qualquer nome ou designação. A partir daquele evento, contudo, a oposição nasceu "oficialmente".

Este grupo, composto com nomes das estaturas de Ary Barroso, José Lins do Rego, Gustavo de Carvalho (autor do 1º gol do Flamengo), José Scassa e Marco Aurélio Moreira Leite, dentre outros, passou a ter sua existência notada por uma entidade tão antiga quanto o futebol do Flamengo - a imprensa anti-Flamengo. Partiu dela, portanto, a maldosa (muito maldosa) alcunha "Dragão Negro" para apelidar o grupo, ao qual frequentemente se referia como "seita" e "sociedade secreta".

Ocorre que, tal como viria a ocorrer, mais adiante, com a alusão a favela e ao mascote do clube, o urubu, nossos heróis "mataram no peito" a alcunha e, para a surpresa de exatamente zero pessoas, passaram a adotá-la, orgulhosos. 

Nada poderia ser mais Flamengo...

Nascia então o Dragão Negro, grupo que passou a ter grande força política e a eleger vários presidentes, assim como infernizou absolutamente todos aqueles que ousaram se desvirtuar das diretrizes que basearam o apoio para serem eleitos e enfraqueceram o Flamengo nas competições que disputava.

Seu ponto de encontro era o segundo andar da Confeitaria Colombo, na Rua Gonçalves Dias, 32, no Centro do Rio de Janeiro. Lá, durante as décadas de 40 a 70, muitas articulações para eleger presidentes foram forjadas, assim como a migração para a oposição, quando era preciso.

O Dragão Negro se metia em literalmente tudo, mas especialmente em contratações, chegando ao ponto de participar de negociação de atletas e até escoltá-los do exterior ao território nacional (algo que contarei oportunamente, em outro post).

Entretanto, após os falecimentos de Gilberto Cardoso (1955) e José Lins do Rego (1957), o grupo foi se dispersando e perdendo força, sem, porém, deixar de existir e expressar sua opinião na política do clube. Todavia, de meados para o início da década de 70, até por restarem muito poucas pessoas do início do movimento, o grupo acabou se concentrando em torno da figura de Marco Aurélio Moreira Leite, que no final da década de 60 tentou reacender o grupo trazendo para diversas reuniões personalidades notórias da sociedade do Rio de Janeiro, tais como Henfil, Carlinhos Niemeyer, Otelo "Caçador" e outros, dentre eles um jovem advogado de nome Márcio Baroukel de Souza Braga.

Moreira Leite tentou, sem sucesso, eleger-se presidente do clube, tendo, porém, sido derrotado todas as vezes em que tentou, notadamente no período de 1966 a 1973, quando Luiz Roberto Veiga Brito e André Richer se revezaram na presidência do clube. Em 1974, contudo, esse ciclo foi rompido por Hélio Maurício (1974/1976), presidente que dá nome ao ginásio que abriga, na Gávea, partidas de voleibol e basquetebol.

Hélio Maurício talvez tenha sido um dos presidentes que mais foi infernizado pelo Dragão Negro e sua vertente então mais moderna. Eram tempos nos quais o Flamengo assistia, no Rio, ao Vasco da Gama desfilar como campeão brasileiro de 1974 e o domínio da Máquina Tricolor de Francisco Horta. 

No início de 1976, último ano de gestão do presidente rubro-negro, um notório e festejado jornalista tricolor, de nome Nélson Rodrigues, captou com precisão a essência do fenômeno chamado Dragão Negro:



No final do ano, Márcio Braga lançava-se candidato à Presidência do Flamengo apoiado pelo Dragão Negro, porém não em seu nome. Nascia a FAF - Frente Ampla pelo Flamengo - e, desde então, nunca mais se ouviu falar do movimento como protagonista da política rubro-negra.



O resto é História.
***
O Dragão Negro não é essa ou aquela pessoa, grupo político ou o poder e a influência que possa exercer sobre outrem; é, sobretudo, atitude rubro-negra; o Flamengo em primeiro lugar; a força motriz que leva rubro-negros, há mais de 80 (oitenta) anos, a se unirem e se movimentarem para resgatar a essência rubro-negra, aquela que fez desse clube uma verdadeira força da natureza que arrebata milhões de pessoas Brasil a dentro e a fora.

Foi assim que Gilberto Cardoso, Márcio Braga e Eduardo Bandeira de Mello foram eleitos em 1950, 1976 e 2012, e o clube, quando não iniciou imediatamente os períodos de glória, passou a rumar seriamente em direção delas, a partir da vitória sobre esse fenômeno que infelizmente também transcende gerações - a Corja.

Que assim seja com Luiz Eduardo Baptista, o Bap, na data de hoje.

Se você for eleitor e comparecer ao clube hoje, vote na Chapa 1 - Raça, Amor e Gestão.

A Chapa 1, com Bap e Willeman, é a única que tem efetivas condições de erguer o Flamengo a um patamar de competitividade próximo ao europeu, tal como ocorreu em 2019/2020, enquanto tivemos Mister Jorge Jesus.

A palavra está com vocês.

Uma ótima semana pra gente.

Bom dia e SRN a tod@s.


domingo, 8 de dezembro de 2024

Flamengo x Vitória

 

Campeonato Brasileiro/2024 - Série A - 38ª Rodada

Domingo, 8 de Dezembro de 2024, as 16:00h (USA/ET 14:00h), no Estádio Jornalista Mário Filho ou "Maracanã", no Rio de Janeiro/RJ.


FLAMENGORossiWesleyLéOrtiz, DaviLuie AyrtoLucas; PulgarEverttoGérsonGPlataGabigoe BrunHenriqueTécnico: Filipe Luís Kasmirski.


Vitória: Lucas Arcanjo; Bruno Uvini, Edu e Wagner Leonardo; Raúl Cáceres, Lucas Esteves, Ricardo Ryller e Willian Oliveira;  Janderson, Gustavo Mosquito e Alerrandro. Técnico: Thiago Carpini.

Arbitragem: Lucas Casagrande (PR), auxiliado pelos Assistentes 1 e 2 Neuza Inês Back (FIFA/SP) e Victor Hugo Iamazu dos Santos (PR). Quarto Árbitro: Vinicus Gonçalves Dias de Araújo (SP). Árbitro de Vídeo (VAR): Rafael Traci (SP). Assistente VAR (AVAR): Fabrício Porfírio de Moura (SP). Observador de VAR: Erich Bartolomeu Antas e Silva BandeiraQuality Manager: Rodrigo Valentim Molina (RJ).

Transmissão: Rede Globo (TV aberta) Premiere (sistema pay-per-view).


































OBRIGADO, GABIGOL!!

sábado, 7 de dezembro de 2024

Esquenta: Flamengo x Vitória, pela 38ª Rodada do Campeonato Brasileiro/2024


 

Salve, Buteco! Chega ao fim mais uma temporada do Mais Querido do Brasil (e do Mundo), dessa vez com notas de nostalgia. O jogo de amanhã, contra o Vitória, pela 38ª Rodada, marcará o encerramento de um ciclo de 6 anos durante o qual o clube finalmente conquistou os títulos que em 2013 foram planejados a partir da reestruturação - Campeonato Brasileiro, Libertadores da América e Copa do Brasil, todos mais de uma vez, além de conquistas menores, porém com sua importância, como Supercopa do Brasil e Recopa Sul-Americana, bem como os rotineiros Estaduais, os quais jamais deixaram de ser conquistados, mesmo nos "anos de chumbo".

Ao mesmo tempo, vem aquela sensação, um tanto esquisita, de que o clube poderia ter aproveitado melhor o momento de superioridade financeira sobre os rivais e conquistado ainda mais títulos. A Libertadores/2021 talvez seja o melhor exemplo dessa sensação de que era para ter sido mais.

O jogador-símbolo desse período também está encerrando o seu ciclo, despedindo-se do clube. Gabriel Barbosa, o Gabigol, disputará sua última partida desses 6 (seis) anos e ninguém sabe se um dia voltará a vestir o Manto Sagrado. Ele também provoca a mesma sensação esquisita de que, por mais incrível que pareça, poderia ter entregado mais. A inegável decadência é muito precoce, o que acaba por explicar tanto o sentimento nostálgico, quanto o fim de ciclo.

Entretanto, nostalgia à parte, o clube precisa olhar para a frente, mirando o seu futuro.

Que venha uma nova gestão, mais criteriosa e focada nos resultados importantes do futebol, em vez de dividendos pessoais de todas as ordens - financeira, política, eleitoreira, etc.

O Ficha Técnica subirá amanhã, ao raiar do sol, e a palavra está com vocês.

Bom FDS e SRN a tod@s.


Atualização: a FIFA divulgou o match schedule da Copa do Mundo de Clubes ou Super Mundial, conforme arte abaixo:


sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Super Mundial: Os Grupos e a Tabela (ainda não detalhada). E a Estratégia...

Salve, Buteco! Espérance de Túnis, Chelsea e León. O Mais Querido integra o Grupo D do Mundial. A ordem de jogos já mostra a vantagem de ser cabeça-de-chave. O time enfrentará o adversário mais fraco do grupo na estreia, o que lhe permitirá, talvez, chegar com melhor saldo de gols para o segundo jogo, contra o Chelsea, o grande desafio da primeira fase.

A primeira meta, então, parece ser evidente: chegar na frente do Chelsea na classificação final do Grupo D, o que pode acontecer de duas formas: vencendo o Chelsea ou simplesmente não perder (empatar), o que, hoje, parece ser a alternativa menos difícil.

Classificando-se em primeiro ou segundo, o Mais Querido enfrentará um adversário do Grupo C (Bayern de Munique, Benfica, Boca Juniors e Auckland City). A posição definirá também o lado da chave na qual disputará as oitavas.

Numa previsão grosseira, ser primeiro do Grupo D significará enfrentar, muito provavelmente, o Benfica ou o Boca Juniors nas oitavas, e Paris Saint-Germain ou Atlético de Madrid nas quartas de final. Acaso sobreviva, deverá enfrentar o que restar de um afunilamento dos Grupos G e H, com Real Madrid, Manchester City e Juventus.

Sou da seguinte opinião: o Flamengo não deve estruturar o seu elenco pensando neste torneio e sim no Campeonato Brasileiro e na Libertadores da América como prioridades da temporada. Ao mesmo tempo, acaso prepare da melhor forma possível o seu elenco para disputá-lo, de maneira indireta também se prepará para as competições mais importantes do calendário brasileiro e sul-americano.

Avançar na competição também significa arrecadar um bocado para um clube que não baterá suas metas fiscais no ano, pelos motivos já conhecidos (eleitoreiros).

A palavra está com vocês para que digam o que pensam a respeito.

BodiSRN a tod@s.