quarta-feira, 12 de março de 2025

Esquenta: Fluminense x Flamengo, 1º Jogo da Final do Campeonato Carioca/2025

 

Salve, Buteco! O Fla-Flu já foi o "Clássico das Multidões", como prova a final de 1963, que teve nada menos do que 177.656 pagantes e 194.603 presentes no Maracanã. Hoje, o encolhimento da torcida tricolor impede que o clássico seja autenticamente chamado como tal, ainda que, em contrapartida, continue a ser o clássico das emoções. Os placares bailarinos não me deixam mentir. Contudo, o histórico de muitos gols contrasta com o 0x0 da final de 1963, assim como com o do último 8 de fevereiro. 

A alusão a 1963 certamente não é uma previsão de público pagante ou presente em qualquer dos dois jogos da final no Maracanã, que, assim como a torcida do Fluminense, encolheu neste Século XXI. No caso do estádio, por sinal, duas vezes.

É que esta final me lembra a de 1963, pois algo me diz que será sofrida, dramática, suada e talvez com poucos ou até nenhum gol marcado. O Flamengo não tem Pedro nem Bruno Henrique, além de Michael. Três jogadores vocacionados para o gol e com bons números no clube. Além disso, Cebolinha, que tem um interessante histórico de gols marcados contra o Tricolor das Laranjeiras, também estará fora.

Por outro lado, este Flamengo se defende bem, uma característica que também marca os melhores trabalhos do treinador do Fluminense, cujo nome evito pronunciar, haja vista a maneira como terminou sua passgem pelo Mais Querido em 2013. Enfim, nada aponta para uma chuva de gols, contrariando a tradição do clássico.

O Fluminense tem a tradição de enfrentar o Flamengo com coragem. Daí o Fla-Flu ser tão diferente dos clássicos que o Mais Querido disputa contra os outros rivais do Rio de Janeiro. Todavia, acho que, nessa final, o Flu será menos destemido. Não prevejo retranca, mas ao mesmo tempo não consigo vislumbrar um ímpeto descontrolado no nosso adversário. Talvez jogar no nosso erro, confiando em atacantes velozes, sem abdicar do ataque.

O Fluminense de 2025 está melhor a olhos vistos, graças ao que, até aqui, parecem ser boas contratações. Reforços com um "perfil Jhon Árias". Não que a torcida tricolor possa esperar deles o mesmo desempenho do colombiano, hoje camisa 10 da equipe; mas por enquanto pode-se dizer que esses reforços parecem ter vindo para somar no aspecto coletivo.

O uruguaio Canobbio destoa do perfil. Presença certa em todas as convocações da Celeste Olímpica do treinador Marcelo Bielsa, a contratação tricolor mais cara da História vem jogando mais centralizado, porém com liberdade para se movimentar. Forma uma dupla perigosa com Germán Cano, a qual se transforma em um trio gringo afinado com o camisa 10 colombiano Árias.

Para contê-los, o Flamengo de SuperFili conta com a melhor linha de zaga do país e do continente no momento. Se considerarmos os desfalques do nosso ataque, é fácil perceber que o prognóstico de poucos gols não veio do nada. Não quero, com isso, afirmar que o nosso ataque seja inofensivo. Muito pelo contrário, do meio para frente, o time titular rubro-negro impõe respeito, mesmo com os já aludidos desfalques.

Aliás, na segunda-feira dei aquela cornetada no nosso camisa 10 uruguaio e eis que os fatos me mostraram o quanto ele será imprescindível nesses dois jogos de final. É o finalizador mais competente e o jogador mais decisivo que sobrou entre as peças disponíveis. Não podemos falar em Flamengo inofensivo com o camisa 10 da Gávea em campo.

E falando em peças disponíveis, será que teremos alguma surpresa? Tudo indica que o time irá a campo com Rossi; Wesley, Léo Ortiz, Danilo e Alex Sandro; Pulgar, De la Cruz, Gérson e De Arrascaeta; Gonzalo Plata e Luiz Araújo.

A não ser que SuperFili nos surpreenda a todos. Alguém aposta nisso?

A bola rolará no Maracanã as 21:30h, o Ficha Técnica subirá as 19:00h, como de costume, e a palavra, como sempre, está com vocês.

Bom dia e SRN a tod@s.