Salve, Buteco! Uma parte da torcida anda se estressando por qualquer especulação que aparece nas redes sociais. Justamente nessa época, na qual os setoristas atiram para todos os lados tentando se salvar da inanição. Tem gente que ainda cai... Daí eu haver me lembrado dessa citação do Albert (aquele, o Einstein), pois quem (ainda) se aborrece com esse frenesi só poder odiar a paz de espírito e a tranquilidade.
Dentro desse tema, um dos comportamentos que mais me chamou a atenção foi o daqueles que querem e pediram mudanças, mas criticam qualquer nome que fuja da bolha de jogadores conhecidos. Parecem ser viúvas inconfessas dos enigmas, das viagens sem resultados (da dupla dinâmica) e das transações milionárias e superfaturadas, o que novamente me fez lembrar da citação do Albert. Quero mudanças, mas desde que não precise mudar nada. Algo assim.
Tem também um pessoal com medo de choque cultural, baseado nas duas experiências anteriores com treinadores portugueses. Só que vejo uma enorme diferença entre os cenários. Antes, havia, digamos, uma contradição entre o estilo de gestão do Departamento de Futebol e a linha de trabalho dos portugueses, o que não escapou ao experiente e atento olhar da dupla (essa sim, virtuosa) José Carlos Araújo e Washington Rodrigues, o Apolinho, à época trabalhando juntos na Rádio Tupi (antes do falecimento do Velho Apolo).
"Tem que começar a olhar essas multas rescisórias", disseram à época (2023) de maneira muito arguta.
Bem, mas não é esse o meu ponto e sim a diferença entre os dois cenários, sendo que o atual envolve um diretor técnico (e não um treinador) português efetivamente empoderado pelo presidente recém eleito, e não um vice-presidente de futebol (amador) que privilegiava sua relação com os atletas. Cenários diametralmente distintos, portanto.
Mas claro, pode haver até outros tipos de "choque cultural". Aliás, com muita argúcia (e eloquência), André Nunes Rocha tuitou no último dia do finado 2024:
Percebam que aqui, porém, o jornalista aludiu a um elemento externo, que vira e mexe interage (ou interagia) com forças internas, com ambos se retroalimentando num caótico círculo vicioso. Há motivos para crer que, internamente, a fonte do caos secou. Não confudam com crises pontuais, que podem e devem ocorrer. Refiro-me à dinâmica. Esta, sim, deve mudar bastante.
Há boas notícias surgindo e uma delas é a volta de Carlos Noval à gerência das categorias de base. Com a já notória tendência de José Boto à formação com elementos característicos do futebol brasileiro, e o conhecimento do ambiente Flamengo por Carlos Noval, quero crer que o clube voltará a seguir as suas tradição e vocação formadoras.
E falando em base, amanhã tem estreia na Copinha.
A roda gira e o mundo não pára. E nós seguimos juntos neste Buteco, vivendo o dia a dia do Mais Querido do Brasil (e do Mundo).
A palavra está com vocês.
Bom FDS e SRN a tod@s.