Abel Braga
Números: 30j, 19v, 7e e 4d, com 71% de aproveitamento.
Títulos: Flórida Cup e Campeonato Carioca/2019.
Virtudes: ascensão sobre o elenco, com total controle do vestiário; indicação da contratação de Bruno Henrique e bom desempenho nos clássicos estaduais.
Defeitos: baixo nível tático e escolhas equivocadas, além da má vontade com relação a reforços do patamar de Arrascaeta e Gabigol.
Atuações Marcantes: San José 0x1 Flamengo (altitude de Oruro) e Flamengo 6x1 San José, pela Fase de Grupo da Libertadores.
Pecados mortais: absoluta falta de sintonia com a torcida e o clube, a ponto de ser um dos treinadores com maior rejeição pela torcida; derrota para o Peñarol no Maracanã com Arrascaeta no banco no jogo da Fase de Grupos da Libertadores; ironia agressiva em entrevistas, como na coletiva pós-jogo após a derrota para o Internacional no Beira-Rio, desrespeitando o clube e a torcida.
Jorge Jesus (Mister)
Números: 57j, 43v, 10e e 4d, com 81,3% de aproveitamento.
Títulos: Copa Libertadores da América e Campeonato Brasileiro/2020; Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana e Campeonato Carioca/2020.
Virtudes: ascensão absoluta sobre o elenco, com total controle do vestiário; excelência tática revolucionária; jogo agressivo, ofensivo e bonito; postura profissional e extremamente exigente; combo de treinador e diretor técnico; precisão na indicação de reforços; completa sintonia com o clube; idolatria da torcida; excelente adaptação ao contexto do futebol brasileiro.
Defeitos: nada relevante.
Atuações Marcantes: Flamengo 6x1 Goiás, Flamengo 4x1 Vasco da Gama, Flamengo 3x0 Palmeiras, Flamengo 5x0 Grêmio, Flamengo 4x1 Corinthians, Flamengo 2x1 River Plate, Palmeiras 1x3 Flamengo e Flamengo 6x1 Avaí.
Erros crassos (nenhum pecado mortal): Rafinha na meia direita contra o Emelec (Guayaquil), titulares na 38ª Rodada do Campeonato Brasileiro (0x4 Santos) e Lincoln em vez de Reinier na final do Mundial contra o Liverpool.
Domènec Torrent
Números: 23j, 13v, 4e e 6d, com 62,3% de aproveitamento.
Títulos: nenhum.
Virtudes: desempenho eficiente nas copas; futebol muito ofensivo e taticamente sofisticado no ataque; jogo bonito e utilização de todo o elenco, com excelente aproveitamento da base – lançou João Gomes no profissional; jogadores como Gabriel Noga, Otávio (hoje no Porto), Lázaro e Richard Ríos tiveram importantes oportunidades, tendo sido utilizados com bom aproveitamento.
Defeitos: inexperiência e falta de habilidade como gestor de recursos humanos; intransigência tática e nenhuma disposição para se adaptar ao contexto do clube e do futebol brasileiro.
Atuação Marcante: Corinthians 1x5 Flamengo.
Pecados mortais: descompromisso tático inconsequente e irresponsável com a competitividade defensiva em jogos não eliminatórios, resultando em goleadas históricas que foram por ele relativizadas; nenhuma ascendência sobre o elenco, resultando na perda completa do vestiário.
Rogério Ceni
Números: 45j, 23v, 11e e 11d, com 59,3% de aproveitamento.
Títulos: Campeonato Brasileiro/2020, Campeonato Carioca e Supercopa do Brasil/2021.
Virtudes: qualidade e precisão no estudo dos treinadores adversários e na montagem de estratégia de jogo; seriedade e empenho fora do comum, dando tudo de si para o clube; sorte nas decisões.
Defeitos: fraco na leitura de jogo e nas substituições; falta de habilidade como gestor de recursos humanos, especialmente no trato com os funcionários do clube; vaidade e ausência de autocrítica.
Atuações Marcantes: Flamengo 2x0 Palmeiras, Grêmio 2x4 Flamengo, Vélez Sarsfield 2x3 Flamengo, Flamengo 1x0 Palmeiras e LDU 2x3 Flamengo.
Pecados mortais: brigou com o clube inteiro (Departamento de Futebol), até com o vigia (marmita de frango), despertando o ódio kamikaze de funcionários; incapacidade de se adaptar ao contexto negativo de muitos desfalques (convocações) e de renovar o seu trabalho diante de estudos dos treinadores adversários.
Renato Gaúcho
Números: 37j, 23v, 11e e 11d, com 72,1% de aproveitamento.
Títulos: nenhum.
Virtudes: futebol muito ofensivo e jogo bonito, explorando a qualidade individual de cada atleta, que fez a alegria da torcida; leitura de jogo; muito boa relação com o elenco; alta adaptação às peculiaridades e problemas do Departamento de Futebol do Clube (por ele não criados).
Defeitos: pouca variação tática, seja na parte defensiva, seja na ofensiva, tornando-se dependente da individualidade dos atletas; excesso de liberdade no trato pessoal com o elenco, comprometendo em parte a hierarquia.
Atuações Marcantes: Bahia 0x5 Flamengo, Flamengo 4x1 Defensa y Justicia, Flamengo 5x1 São Paulo, Olimpia 1x4 Flamengo, Flamengo 5x1 Olimpia, Grêmio 0x4 Flamengo e Palmeiras 1x3 Flamengo.
Pecados mortais: abandono do Campeonato Brasileiro; aposta na Geração 85 e eliminação com goleada no Maracanã no jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil/2021; postura leniente nos confrontos contra o Grêmio pelo Campeonato Brasileiro (pedido de desculpas de Gabigol a Felipão no Maracanã e substituição de Vitinho na Arena); incapacidade de se adaptar ao contexto negativo de muitos desfalques (contusões) e de renovar o seu trabalho diante de estudos dos treinadores adversários; irresponsabilidade na semana da final da Libertadores (não treinou o time principal na terça-feira, dia do jogo contra o Grêmio pelo Brasileiro); nó tático tomado de Abel Ferreira no início da final da Libertadores (jogada nas costas de Filipe Luís).
Paulo Sousa
Números: 32j, 19v, 7e e 6d, com 66,7% de aproveitamento.
Títulos: nenhum.
Virtudes: seriedade, empenho e vontade de trabalhar no clube, dando tudo de si (até dinheiro, pagando a multa rescisória para a Federação Polonesa); contribuição na parte científica (ex.: bioquímico e scout – indicação de Pulgar); profissionais de alto gabarito na preparação física.
Defeitos: absoluta falta de habilidade como gestor de recursos humanos; intransigência tática; decisões muito conceituais e pouco práticas, sendo algumas até incompreensíveis; postura excessivamente professoral, sem nenhuma disposição para se adaptar ao contexto do clube e do futebol brasileiro.
Atuações Marcantes: nenhuma.
Pecados mortais: utilização de Diego Ribas (veteraníssimo) no Fla-Flu do Estadual e na final da Supercopa do Brasil contra o Atético/MG; Éverton Ribeiro na ala esquerda; aposta inconsequente em Hugo Souza; incapacidade de fazer o time jogar bem com um mínimo de regularidade; derrota na final do Campeonato Carioca para o Fluminense de Abel Braga; desempenho inaceitável e abaixo da crítica no Campeonato Brasileiro, aproximando o clube da zona de rebaixamento.
Dorival Júnior (Doripau)
Números: 42j, 25v, 8e e 9d, com 65,9% de aproveitamento.
Títulos: Copas do Brasil e Libertadores da América/2022.
Virtudes: reconstrução tática do time em muito pouco tempo; futebol muito ofensivo e jogo bonito, explorando a qualidade individual de cada atleta, que fez a alegria da torcida; muito boa relação com o elenco; boa utilização do elenco no formato times A e B; alta adaptação às peculiaridades e problemas do Departamento de Futebol do Clube (por ele não criados).
Defeitos: falta de variação tática, especialmente na reta final, demonstrando pouca capacidade de renovar o seu trabalho diante de estudos dos treinadores adversários, tornando-se dependente da individualidade dos atletas; excesso de liberdade ao elenco, dificultando até mesmo mudanças táticas que se faziam necessárias.
Atuações Marcantes: Flamengo 7x1 Deportes Tolima, Flamengo 2x0 Atlético/MG, Flamengo 5x0 Athletico/PR (reservas) e Vélez Sarsfield 0x4 Flamengo.
Erros crassos (nenhum pecado mortal): cumplicidade com a decisão do vice-presidente de futebol de “liberar” os titulares após a conquista do título da Libertadores da América; cobiça sobre o cargo de treinador da Seleção Brasileira, dificultando a negociação de renovação (cláusula de rescisão).
Vítor Pereira
Números: 18j, 10v, 1e e 7d, com 57,4% de aproveitamento.
Títulos: nenhum.
Virtudes: boa utilização da base e desenvolvimento de estratégia tática para enfrentar o Fluminense de Fernando Diniz, futuro campeão da Libertadores.
Defeitos: falta de verve para enfrentar e reverter o contexto adverso – pré-temporada curta, venda de João Gomes, panelas e insatisfação com a substituição de Dorival Júnior; desempenho desastroso em decisões.
Atuações Marcantes: nenhuma.
Pecados mortais: perda do título da Recopa Sul-Americana para um clube equatoriano no Maracanã; escalação no segundo jogo da final do Campeonato Carioca/2023, desmontando a estratégia eficaz da primeira partida; perda do título com goleada humilhante, reversão de vantagem de 2 gols e maior diferença de gols desde a final do Campeonato Carioca/1962 (61 anos depois); perda de 3 finais em um trimestre (recorde negativo histórico).
Jorge Sampaoli
Números: 39j, 20v, 11e e 8d, com 60,7% de aproveitamento.
Títulos: nenhum.
Virtudes: choque de gestão, com gestor de futebol (não aproveitado pelo clube) e especialmente na preparação física, revertendo o quadro totalmente negativo mesmo sem espaço no calendário; jogo ofensivo; desempenho eficiente (porém sem encantar a torcida) até o episódio do soco após o jogo contra o Atlético/MG no Independência.
Defeitos: gestão de recursos humanos historicamente desastrosa; teimosia em não modificar decisões claramente equivocadas; absoluta incapacidade de enfrentar as pressões do elenco; critérios incompreensíveis nas escolhas dos titulares (apesar da alta rodagem do elenco).
Atuações Marcantes: Flamengo 8x2 Maringá, Flamengo 4x1 Vasco da Gama e Athletico/PR 0x2 Flamengo.
Pecados mortais: Gabigol titular, mesmo em péssima fase, em detrimento de Pedro; Matheus Cunha como titular, mesmo após a chegada de Rossi; não se posicionou pela demissão de Pablo Fernández após o soco em Pedro; inércia nas substituições e alterações táticas no segundo tempo contra o Olimpia em Assunção; escalações contra Athletico/PR em Cariacica e São Paulo no Maracanã (1º jogo da final da Copa do Brasil), inexplicavelmente alterando a formação que parecia ter ressuscitado o time no Engenhão (2x1 sobre o Botafogo).
Tite
Números: 68j, 41v, 11e e 16d, com 65,7% de aproveitamento.
Título: Campeonato Carioca/2024.
Virtude: ascensão sobre o elenco, com total controle do vestiário; regularidade de desempenho no Campeonato Brasileiro até a reta final da Copa América.
Defeitos: planejamento ilógico e irreal na minutagem dos jogadores e na dependência de Pedro no ataque; excessiva delegação de responsabilidade para auxiliares; absoluta incapacidade de adaptar e renovar o seu trabalho diante de contextos adversos (dinâmicos) e estudos dos treinadores adversários; péssima utilização da base.
Atuações Marcantes: Flamengo 3x0 Palmeiras, Flamengo 6x1 Vasco da Gama, Atlético/MG 2x4 Flamengo e Flamengo 2x0 Palmeiras.
Pecados mortais: pouca sintonia com a torcida e o clube; não utilização da base para rodar o elenco e opção por modelo tático que acarretou esforço demasiado (distâncias percorridas), fugindo das características de alguns jogadores do elenco, por ambos os motivos causando uma profusão de contusões; escalações e atuações trágicas na altitude (Bogotá e La Paz – fase de grupos); inferioridade tática nos confrontos contra o Botafogo (Arthur Jorge); escalação de time misto contra o São Paulo no Morumbi, estando na liderança do Campeonato Brasileiro; intransigência irresponsável diante da realidade que impunha mudanças nas opções táticas, de rotação do elenco e utilização de peças.
Filipe Luís (Fili)
Números: 15j, 9v, 5e e 1d, com 71,1% de aproveitamento.
Título: Copa do Brasil/2024.
Virtudes: boa relação e profundo conhecimento do elenco, mantendo um bom ambiente no vestiário; alta performance tática, com grande variação entre um jogo e outro e não raro dentro de um mesmo jogo; variação de estratégias, entre o jogo ofensivo (linhas altas), intermediário (blocos médios) e defensivo (linhas baixas); altíssima capacidade de adaptação a contextos negativos, como desfalques e expulsões; postura profissional e de completa sintonia com o clube; idolatria da torcida (filhote de Jorge Jesus); adaptação natural ao futebol brasileiro, com aproveitamento harmônico da experiência como jogador no futebol europeu.
Defeitos: nada relevante.
Atuações Marcantes: Flamengo 3x1 Atlético/MG e Flamengo 3x2 Internacional.
Erros crassos (nenhum pecado mortal): substituições e estratégia no segundo tempo do Fla-Flu, em sua única derrota até aqui.
Sucesso e longa vida no Flamengo ao nosso Filhote de Mister!
A palavra está com vocês.
Uma ótima semana pra gente.
Bom dia e SRN a tod@s.