- 1.a parte de uma garrafa, de um vaso etc. que é constituída por um colo de forma alongada e abertura estreita.
- 3.figuradoaquilo que representa um obstáculo; empecilho.
Salve, Buteco! Retomando a resenha de segunda-feira, a temporada/2024 traz a repetição dos mesmos problemas que, nos anos modernos (Século XXI), o Flamengo vem enfrentando desde 2017, quando, pela primeira vez, "entrou como um dos postulantes ao título brasileiro simultaneamente ao das copas, tanto que, apesar de eliminado na fase de grupos da Libertadores, chegou às finais da Copa do Brasil e da Sul-Americana", como escrevi no post Brasileirão x Copas, há pouco mais de um ano.
No mesmo post, também escrevi que, antes disso (2017), "como, na maioria das temporadas, o clube não conseguia ser competitivo em pelo menos uma copa, essa preferência sequer podia ser conceituada como priorização, na medida em que cuidava-se muito mais de uma questão de oportunidade dentro de cenários caóticos e, por isso mesmo, com um alto grau de aleatoriedade e de imprevisibilidade".
A partir do momento em que o clube montou elencos que geraram a cobrança e a pressão de entrar como um dos favoritos para disputar as três competições mais importantes do calendário, começaram a se tornar evidentes erros de planejamento que dificultaram a conquista de títulos.
Não que seja obrigatório conquistar as três. Afinal, ninguém conseguiu alcançar este feito até hoje. Os melhores resultados, até aqui, são os do Flamengo (2019 - Brasileiro e Libertadores), Palmeiras (2020 - Libertadores e Copa do Brasil), Atlético/MG (Brasileiro e Copa do Brasil) e Flamengo (2022 - Libertadores e Copa do Brasil). Arrisco dizer, dentro desse recorte, que o feito mais emblemático foi o da conquista simultânea das duas competições "mais fortes" - Brasileiro e Libertadores, muito embora o do Atlético, ainda que com a ajuda do VAR (no Brasileiro), também seja de se elogiar.
Na temporada/2024, ora em curso, o sonho de conquistar pelo menos uma das três começa a subir no telhado. Como estávamos debatendo na segunda-feira, as duas sérias contusões ocorridas no confronto contra o Palmeiras parecem ter sido escolhidas a dedo, pela "ala anti" dos Deuses do Futebol, para depenar o Urubu Mais Querido em pleno gargalo da temporada.
A sequência Palmeiras e Bolívar (aqui, por causa da altitude), intermediada por São Paulo e Botafogo, é torturante, com o requinte de crueldade do último jogo ser em La Paz, na quinta-feira da semana que vem (22/8). Será que o elenco que sobrou chegará intacto ao confronto contra o Bragantino, no domingo 25/8?
Quem deveria trabalhar para minimizar as dificuldades não o faz e vive num mundo de negociações novelísticas, midiáticas e eleitoreiras, pagando alto por jogadores que talvez tivessem alternativas com a utilização de critérios depurados de scout. A preferência, contudo, é pelo formato novela e de pouca efetividade, mesmo que com humilhações impostas por dirigente russo. É a preferência da nossa Diretoria.
Por outro lado, quem deveria enxergar o cenário de dificuldades e trabalhar para superá-lo cria ainda mais dificuldades. Já falamos de pavorosa bola aérea defensiva e da má-utilização da base. Lanço agora um tema que tem sido recorrente em grupos de WhatsApp - Tite, em final de carreira, estaria, nessa passagem pelo Flamengo, preparando alguns de seus auxiliares, como César Sampaio e o seu filho Matheus Bacchi, para serem lançados como treinadores no mundo do futebol?
O tema tem potencial absolutamente explosivo, se considerarmos que parte da torcida vem batendo no filhote, inclusive porque seria ele, até pouco tempo atrás, o responsável pelo treino da bola aérea defensiva. Digo até pouco tempo atrás porque, no dia 20/7, foi divulgada a contratação de um auxiliar para cuidar dos treinos defensivos do time. Se Matheus Bacchi era mesmo o responsável por essa parte antes da chegada de Vinicius Bergantin, a gente conhece a torcida do Flamengo e sabe muito bem que o filhote não será poupado, acaso o novo auxiliar não dê conta do serviço.
Bergantin trabalhava na Ferroviária de Araraquara, clube que, desde 30/11/2023, pertence (92% das ações) majoritariamente a... Giuliano Bertolucci! Ele mesmo, Senhoras e Senhores! Confiram aqui a matéria do Uol. Seria mera coincidência? Ou quem sabe uma intervenção?
Que São Judas Tadeu nos proteja. Até porque, bem ou mal, Adenor ainda tem controle sobre o vestiário. E enquanto há vida, há esperança.
Amanhã a gente conversa sobre o jogo, no Esquenta do Buteco.
A palavra está com vocês.
Bom dia e SRN a tod@s.