Arte de Crise no Flamengo - @crisenoflamengo, o melhor perfil de humor sobre o Mais Querido no Twitter |
Salve, Buteco! A gente tanto conversa sobre o gargalo de julho/agosto e no sábado comentávamos sobre como a temporada ainda estava viva, mas tudo indica que o confronto de ontem contra o Palmeiras foi escolhido para que os Deuses do Futebol cobrassem a fatura do Flamengo, por sua Diretoria haver optado por ter um elenco curto e mentir para a torcida, fingindo que realmente acredita e quer vencer simultaneamente as três maiores competições da temporada.
O saldo de ontem pode vir a ser apenas um lateral disponível para quinta-feira (Wesley) e dois importantes jogadores perdidos para todo o restante da temporada - Cebolinha e Matías Viña. No caso do ponta esquerda, a sequência de lesões deixa no ar a possibilidade (refutada de maneira veemente pelo atleta) de que a utilização de um fisioterapeuta particular possa ser uma das causas e, no caso do lateral, a explicação pode estar em sua contratação ainda (seriamente) contundido e numa possível recuperação imperfeita.
Se somarmos à novela das tentativas para contratar Claudinho, é impossível não criticar a Diretoria e seu modelo midiático, sensacionalista, arrogante e esbanjador de contratações, que quase nunca chegam e sempre estão atrasadas em relação à montagem de um elenco completo e com opções suficientes para as três competições.
O cenário é preocupante, já que muitos dos problemas que o time apresentou ontem dentro de campo tendem a se repetir daqui para frente. Cebolinha, por exemplo, não é um jogador cuja velocidade seja a principal carcterística, mas o drible e a explosão em espaço curto faziam dele, titular absoluto, uma das mais contundentes e importantes peças ofensivas. Sem ele, o jogador mais veloz e contundente é Bruno Henrique, ídolo, mas "na flor" de seus 33 anos de idade. Luiz Araújo é um bom jogador de elenco, mas não tão veloz e com um perfil "armandinho", sem tanta contundência.
Essa carência no elenco, seja pelas características das peças, seja pela pouca quantidade de opções, foi claramente refletida na dificuldade que o time apresentou para agredir o Palmeiras na tarde de ontem, no Maracanã. O quarteto Gérson, Arrascaeta, Pedro e Luiz Araujo pode ser tudo, menos veloz e contundente.
Não raro, quando o Flamengo atacava, antes mesmo de abrir o placar, era comum ver o Pedro completamente isolado entre os zagueiros, algumas vezes assessorado por Arrascaeta, outras por Gérson, mas sempre com dificuldades para os três se deslocarem fintando a defesa palmeirense. É o mesmo problema apresentado em várias partidas contra equipes com sistemas defensivos mais fechados, como, por exemplo, Cuiabá, Criciúma, o próprio Palmeiras, Vitória e Atlético/GO.
Subitamente, o cenário, que não chegava a ser empolgante, tornou-se devastador. A temporada ainda está viva, porém não mais "vivíssima"', como comentávamos no sábado. Quando menos, adoeceu e não se sabe se haverá cura.
E agora, que foi feito o PIX para arrematar o terreno do Gasômetro para construir o estádio?
Tem mesmo dinheiro para reforços ou o Claudinho é só jogo de cena?
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A parte da responsabilidade que cabe à Diretoria é ligada ao planejamento (de merda) que se repete a cada temporada. Já a responsabilidade do treinador tem a ver com o sistema defensivo (de merda) que toma gol de bola aérea jogo sim, jogo sim, ou seja, em todos os jogos, sem exceção.
A entrevista pós-jogo de Tite foi uma vergonha. As respostas evasivas, tentando se furtar ao evidente problema, chamando a jogada do gol de empate palmeirense de "jogada de rebote" foi um dos momentos mais constrangedores que já vivi como torcedor.
Tite não tem culpa pela Diretoria (de merda) que o Flamengo tem. Logo, repito, não tem culpa pelo planejamento (irresponsável, de merda) que fizeram, nem pela montagem do elenco.
Tite tem culpa, sim, pelo sistema defensivo (de merda), especialmente pela pífia bola aérea defensiva. Também tem muita culpa pelo nó tático que tomou no segundo tempo.
Haja paciência, Adenor!
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Foi criminosa a maneira como Wilton Pereira Sampaio picotou o jogo e freou o Flamengo, impedindo-o de jogar no primeiro tempo.
E é canalha a maneira pela qual Abel Ferreira distorce os fatos e se coloca, assim como o Palmeiras, como vítima.
Esses fatos coexistem com os outros. Autocrítica e autodefesa não são excludentes entre si.
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A palavra está com vocês.
Uma ótima semana pra gente.
Bom dia e SRN a tod@s.