segunda-feira, 22 de julho de 2024

Semana de 6 Pontos - Atenção, Adenor!


 

Salve, Buteco! Bem, o cenário é desafiador. Enquanto a Diretoria está preocupada com eleições (para vereador e para presidente do clube) e articulando a aprovação, pelo Conselho Deliberativo, da compra do terreno do Gasômetro para a tão sonhada construção do estádio, a janela vai transcorrendo como a maioria das outras, com muitos cliques e engajamento nas redes sociais, além de muita promoção pessoal, mas sem grandes reforços para o elenco. No meio dessa barafunda, quem precisa se virar com o que tem é o nosso treinador, o Adenor.

Tenho para mim que hoje, no futebol brasileiro da Série A, não tem nenhuma galinha morta. Há, sim, times menos competitivos do que os outros, porém a verdade é que quem tem menos possui, no mínimo, um "nerd da tática" para chamar de seu, quando esse personagem não é o próprio treinador, no melhor estilo jovem, promissor e... estudioso! (muitos risos)

Aliás, isso por acaso lembra alguém?



Brincadeiras à parte (e eu sempre abordo esse assunto com vocês), a verdade é que o conhecimento teórico, no meio de futebol, foi "socializado" em âmbito global. Em qualquer buraco deste planeta há algum curso ou alguma escola oferecendo a oportunidade de acesso ao que de mais moderno existe em nível de conhecimento, especialmente no plano tático, embora não exclusivamente (há muito material sobre gestão esportiva, por exemplo). Muito disso se deve à influência de Pep Guardiola, possivelmente o maior treinador de futebol de todos os tempos, nesse esporte.

Então, hoje em dia, das Séries A a D, temos inúmeros exemplos de clubes que seguem essa diretriz e talvez não seja coincidência que, até o início da 18ª Rodada, três clubes grandes, geridos no mais tradicional e esculhambado modelo boleiragem do futebol brasileiro, estivessem na zona de rebaixamento.

O Vitória, nosso adversário da próxima quarta-feira, não chega a ser um grande, mas, como a maioria dos mais tradicionais do futebol brasileiro, segue a mesma diretriz. É um clube que ainda não aprendeu a sobreviver sem a influência de seu antigo "homem-forte", Paulo Carneiro, uma espécie de Eurico Miranda na vida do rubro-negro baiano. Vive, portanto, naquele limbo ebulitivo entre o clube associativo amador e a gestão profissional, fonte da típica ciranda de treinadores que caracteriza o futebol em nosso país.

Contudo, o Vitória, ainda assim, possui o mínimo do mínimo, que é justamente um treinador jovem, promissor e estudioso. Refiro-me a Thiago Carpini, ex-volante da dupla campineira Ponte Preta e Guarani, e jovem treinador com licença AFA, o qual se destacou no ano de 2023 no Campeonato Paulista, dirigindo o surpreendente Água Santa, que chegou a abrir vantagem sobre o Palmeiras vencendo o primeiro jogo da final, o que o levou a ser eleito o melhor treinador da competição.

Num começo simplesmente desastroso, o Vitória, em 6 rodadas, colheu 5 derrotas e apenas um empate, isso porque o adversário foi o arquirrival Bahia, que jamais venceu o Leão de Salvador pelo Campeonato Brasileiro (acreditem, o tabu é real). Foi nesse cenário dantesco que Carpini assumiu o rubro-negro baiano e, após duas derrotas iniciais no certame, iniciou uma campanha de recuperação, conseguindo somar 11 pontos ao empatar com Cuiabá e Juventude, e vencer, no Barradão, Internacional, Atlético/MG e Criciúma, além do Fluminense, no Maracanã.

Todavia, desde a 16ª Rodada  Vitória não vence. Com os 0x2 para o Grêmio em Caxias do Sul, na manhã deste último domingo, já são 3 derrotas consecutivas - Botafogo (0x1), Fortaleza (1x3) e Grêmio (0x2), tendo apenas a derrota para o atual líder da competição acontecido no Barradão.

Além do Botafogo (também pela Copa do Brasil), Palmeiras (0x1), São Paulo (1x3), Atlético/GO (0x2) e Athletico/PR (0x1) venceram o Vitória no Barradão. As derrotas de Carpini no estádio foram as do Botafogo (Brasileiro e Copa do Brasil) e Athletico/PR.

A gente sabe como funcionam as coisas no futebol brasileiro. A chapa do Carpini no Leão começa a esquentar. É hora do Adenor aproveitar e complicar mais a vida do adversário.

Quarta-feira a gente proseará mais sobre o Vitória de Thiago Carpini no esquenta do Buteco.

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Na segunda-feira de 8 de abril eu publicava este post falando sobre o Palestino e os exuberantes números do Atlético Goianiense de Jair Ventura, adversário do Mais Querido na 1ª Rodada do Campeonato Brasileiro. Como não era difícil advivinhar, a Série A trouxe um duro choque de realidade para o Dragão Rubro-Negro, que acabou se transformando em uma espécie de gecko ou lagartixa preto-escarlate.

Depois de três sapatadas nas rodadas iniciais (1x2 Flamengo, 0x1 Botafogo e 0x3 São Paulo), vieram um suado empate fora de casa com o Internacional (0x1), uma derrota em casa para o Cruzeiro (0x1) e a importante vitória sobre o Vitória de Thiago Carpini no Barradão (0x2), seguidos de uma derrota para o Juventude em Caxias do Sul (0x1), um empate com o Corinthians em Goiânia (2x2), uma vitória sobre o Fluminense no Maracanã (2x1) e a derradeira partida de Jaizinho no comando do Dragão, digo, Gecko Rubro-Negro - 1x2 para o Criciúma em casa.

A demissão surpreendeu a imprensa goiana, já que a campanha, com um treinador que estava no comando da equipe havia 11 (onze) meses e começava a comandar uma reação na Série A fora da zona do rebaixamento, em princípio atingia a sua única aspiração plausível - primeiro sobreviver na elite do futebol brasileiro para, quem sabe, depois começar vagarosamente a crescer.

Neste ponto entrou em cena (já que ele jamais pode sair dos holofotes) a boquirrota figura de Adson Batista, o Eurico Miranda Goiano, importante dirigente na História do clube, primeiramente como diretor de futebol, em 2005, até chegar à condição atual de presidente. Adson, no frigir dos ovos, personifica, simultaneamente, tanto a imagem da reconstrução que reergueu o Atlético e o levou várias vezes à Série A do futebol brasileiro, como o seu teto e, muito provavelmente, a causa de sua futura queda e volta ao ostracismo.

Adson é o Beto Zini (Guarani), o Andréz Sanchez (Corinthians), o Paulo Maracajá (Bahia) ou o Paulo Carneiro (Vitória) do Atlético. Adson é ciranda de treinadores na veia. Foi ele que, na surpreendente campanha do Dragão, digo, Gecko em 2022, nas Copas do Brasil e Sul-Americana, resolveu demitir o grande responsável, o treinador Jorginho, e repô-lo com Eduardo Batista (hahahahaha! Só rindo...).

Quase dois anos depois, ele cometeu o mesmo erro e trouxe, para o lugar de Jair Ventura, que realizava grande trabalho, dentro das limitações que o clube lhe fornecia, o medalhão Vagner Vancini (que já teve 4 passagens pelo Vitória de Paulo Carneiro - mais risos).

E o Atlético de Vagner Mancini, como vai? Após três empates contra Cuiabá (0x0 - f), Grêmio (1x1 - casa) e Atlético/MG (1x1 - fora), 5 sapatadas em sequência - Bragantino (1x3 - f), Athletico/PR (1x2 - f), Palmeiras (1x3 - f), Vasco da Gama (0x1 - c) e Fortaleza (1x3 - f), esta última a primeira derrota para o Leão do Pici como visitante em toda a História do clube.

Grande Adson!!!

A conferir se o inquieto e boquirroto dirigente trocará mais uma vez de treinador durante a semana. Na quarta-feira, o Gecko receberá o Bahia em Goiânia.

Teremos um novo treinador estreando contra o Mengão domingo, no Maracanã?

A conferir...

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Queridos amigos do Buteco, em dezembro o Clube de Regatas do Flamengo terá a oportunidade de fazer diferente do que os seus coirmãos genéricos e beligerantes, desprendendo-se da figura personificante do dirigente amador e passando a explorar a potencialidade do clube com um gestão verdadeiramente profissional.

A eleição será um divisor de águas, um segundo marco para incorporação dos valores da Chapa Azul de 2012 na cultura do clube.

Contudo, convenhamos, como dezembro ainda está longe, é melhor no momento focar nessa semana. E sem falsa modéstia, é pro Adenor passar o carro e deixar dois desempregados em seu caminho, concordam?

Preste atenção no serviço, Adenor...

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A palavra está com vocês.

Uma ótima semana pra gente.

Bom dia e SRN a tod@s.