Salve, Buteco! O post de hoje é quase uma reprise do publicado no sábado de 6 de maio de 2023, quando o Flamengo de Jorge Sampaoli se preparava para enfrentar o Furacão na Arena da Baixada pela 4ª Rodada do Campeonato Brasileiro/2023. Quase uma reprise porque, primeiro, não estamos tão no começo, pois o jogo de amanhã valerá pela 9ª Rodada do Campeonato Brasileiro de 2024, e, segundo, porque alguns números serão atualizados.
Uma terceira diferença contextual importante é o Mais Querido do Brasil (e do mundo) ocupar a liderança do certame, enquanto o adversário ocupa a quarta posição, com apenas um ponto a mesmo. Logo, o jogo de amanhã terá como pano de fundo uma ferrenha disputa pela ponta da tabela.
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Pois bem. Como dizia há pouco mais de um ano, nosso próximo adversário nasceu querendo ser Flamengo, como demonstram essas duas matérias do site Mundo Rubro-Negro - MRN (1 e 2), bem como essa matéria do site Trivela, as quais contém relatos, antigas fotos da fachada do estádio e a evolução dos escudos e das camisas oficiais dos uniformes 1 e 2 do hoje Athletico Paranaense.
O tempo passou e o adversário começou a buscar a própria identidade. Muito embora tenha mantido as cores rubro-negras, passou a dispô-las primeiro verticalmente e, atualmente, em sentido diagonal, como um "Furacão", apelido do clube.
A relação amistosa que antes existia também se foi, muito pela postura do "Homem-Forte" do clube, Mário Celso Petraglia. Trata-se de um personagem quase esquizofrenicamente contraditório, que não gosta de povo e não se preocupa em aumentar o número de torcedores do clube, mas não aceita a proporção das cotas de transmissão para Corinthians e Flamengo.
Lamentavelmente, o ódio emanado por esse cidadão espalhou-se e, por conta disso, a Arena da Baixada pode ser um território hostil para rubro-negros cariocas desavisados, como prova um este incidente recente ocorrido em um restaurante da cidade de Curitiba.
Parte do ressentimento talvez advenha também da freguesia do adversário em finais disputadas contra o Mais Querido. Tanto em 2013 (Copa do Brasil), como em 2020 (Supercopa do Brasil) e em 2022 (Libertadores), a versão rubro-negra autêntica e original levantou a taça, como bem sabemos.
Aliás, é nas copas que o Mais Querido costuma se impor com maior frequência, com vitórias na Arena da Baixada nos anos de 2011 (Sul-Americana), 2020 (Copa do Brasil) e 2022 (Copa do Brasil). E depois que escrevi o Aquecimento para a Arena da Baixada, ano passado, para a surpresa de zero pessoas, os clubes se cruzaram mais uma vez pela Copa do Brasil, com o Flamengo uma vez mais levando a melhor, inclusive vencendo na Arena da Baixada.
Contudo, o retrospecto no Campeonato Brasileiro continua sendo desaproporcionalmente desfavorável, muito pela diferença de atitude entre as equipes nos confrontos em Curitiba. Enquanto o Athletico sempre disputa uma final de copa do mundo, o Flamengo adota aquela postura conformada e blazê, mesmo quando é operado a céu aberto pela abertagem (ou pelo VAR), o que, aliás, vem ocorrendo com frequência nesse estádio, contra esse adversário.
Seguem os números do confronto em jogos oficiais na Arena da Baixada:
Brasileiro | Copa do Brasil | Libertadores | Outros | Total |
30j, 2v, 9e e 19d | 6j, 3v, 3e e 0d | 1j, 0v, 0e e 1d | 3j, 1v, 0e e 2d | 40j, 6v, 12e e 22d |
Como ia dizendo no post de segunda-feira passada, o contraste entre o desempenho na Arena da Baixada por jogos pelo Campeonato Brasileiro e pelas copas... Além disso, enquanto o Furacão já venceu no Rio (Estado) por 4 vezes (Macaé - 2011 e 2014, e Maracanã - 2013 e 2018), e ainda em 2023, no Espírito Santo (mando Flamengo), nossa única vitória na Arena da Baixada, em edições do Campeonato Brasileiro, ocorreu em... 2019, é claro.
Adenor curte disputar (e ganhar) o Campeonato Brasileiro, o que já declarou com todas as letras em entrevista recente. O jogo de quinta-feira foi de superação, pela quantidade de desfalques, os quais, contudo, permancem e certamente comporão o cenário desfavorável que o Mais Querido encontrará amanhã em Curitiba.
O time, há tempos, precisa aprender a se defender melhor com linhas baixas e não há teste melhor do que enfrentar a Brisa na Arena da Baixada. Se Adenor quer mesmo ser campeão brasileiro em 2024, uma vitória amanhã poderá ser um daqueles "jogos-chave" da campanha.
Esperançosos?
A palavra está com vocês.
Bom Sábado e SRN a tod@s.