sábado, 29 de junho de 2024

A Semana Mineira (Prosa)

 

Salve, Buteco! Bão, sô?! Essa semana o trem pegou pra mim demaaais da conta! Nuu! Me deu até gastura! Mas sobrou um tempim prum dedim de prosa com cês, ainda mais com esses jogos contra  o Cabuloso e o Galo, um seguido do outro! Vê se tem base um trem desse? Mas é a tabela e nóis tem que dá conta. Cês besta e nem pensem em pessimismo! Viaja ni mim não, Zés! E cês vão se servindo logo de pãodiquejo e quejdiminas. Cafezim também tá bom demais da conta, uai! Bora então prosear!

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Vou começar a prosa copiando um tuite de um rubro-negro que acompanho no Twitter:


Alguns torcedores acreditam que, pelo fato de o menino ter 17 anos, ele não sofre desgaste físico e que isso não afeta seu desempenho. O seu corpo AINDA não está preparado para uma sequência grande de jogos. É absolutamente normal que haja uma queda no rendimento técnico e tático
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Em um grupo de WhatsApp com amigos de infância aqui de Brasilia, curiosamente, horas antes, havia escrito o seguinte, sobre o Lorran (mote para o tuite que destaquei):

"Um jovem como o Lorran tem muito fôlego, força e explosão, mas possivelmente não tem a mesma resistência. Falta de rodagem no profissional, inclusive experiência para dosar energia."

Essa falta de experiência também se relaciona com a resistência psicológica. Obviamente, o desgaste mental produz efeitos no corpo, para além do desgaste pelos simples movimentos físicos. Leva tempo para o jovem atleta aprender a coordenar e administrar todo esse complexo contexto do ultra-competitivo futebol da Série A do Campeonato Brasilero. Se já é difícil para os mais experientes, imaginem para eles.

Lorran está longe de ser um problema para o Tite; porém, como há uma ala de torcedores, digamos, "mais surtada", e que já começou a apedrejar o Cria, é sempre bom lembrar de outros enormes talentos da nossa base que, só nesse século, também oscilaram até conseguirem desempenho mais regular no time de cima - Adriano (muito perseguido pela torcida), Vinicius Júnior, Paquetá, João Gomes... Por que não aconteceria o mesmo com o Lorran, não é mesmo?

Os próximos jogos tendem a exigir muito do grupo, que, por conta do alto número de desfalques, seja por conta da Copa América, seja por contusões (inclusive por excesso de minutagem), está jogando no limite. Não duvido que o jogo da última quarta-feira, em Caxias do Sul, tenha sido eleito como "descartável", o que, evidentemente, e ressalvada a grande atuação individual (nível Neuer) do goleiro Mateus Claus, do Juventude, não exonera o Luiz Araújo dos nossos veementes sopros de corneta pelo gol perdido quando o placar ainda estava 1x1.

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Falando um pouco sobre os adversários, e seguindo a ordem cronológica, observo, primeiramente, que o Cruzeiro versão 2024 tem desempenho bem diferente daquele da temporada passada. Enquanto, no Brasileirão/2023, o Cabuloso terminou na 18ª colocação como mandante (19j, 4v, 8e e 7d; 14gp/17gc; 20pg) e em um contrastante 4º lugar como visitante (19j, 7v, 6e e 6d; 21gp/15gc; 27pg), a versão atual, como mandante, em 5 jogos já ultrapassou o desempenho da temporada anterior com 100% de aproveitamento (5j, 5v, 0e e 0d; 12gp/4gc; 15pg), porém é apenas o 15º colocado como visitante (6j, 1v, 2e e 3d; 3gp/10gc; 5pg).

Apesar da longa viagem de volta para o Rio de Janeiro, a partir de Caxias do Sul, o tempo de recuperação será maior do que o dos outros jogos, dado o horário do confronto de domingo - 18:30h, no Maracanã.

Dá para confiar nos 3 pontos.

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Com relação ao Galo, eu vou dar uma segurada nas estatísticas, dada a rivalidade extrema da partida (mais por parte deles, é claro). O adversário da próxima quarta-feira, como visitante, é um tremendo dum folgado (3v, 2e e 1d), mas como mandante, no tal Cy de Zebra, num vem cacarejando não, hein? 1v, 3e e 1d. Desemprenho fraquim, fraquim, como diriam lá na Cidade Jardim. Mixaria!

Só que é aquele negócio: a comunidade galinácea é movida pelo ódio quando joga contra o Mais Querido e, nessa vibe, digamos, "tanto faz, como tanto fez" da gestão Landim/Braz, é bom a torcida a ficar com as barbas de molho, especialmente se considerarmos a gigantesca pressão que a Diretoria rival exerce sobre a arbitragem. 

Ainda assim, os números são bastante claros: na teoria, não é jogo para sair de campo derrotado. É até "bem ganhável".

Concordam?

Eu sei, eu sei. Só falta explicar para o nosso time...

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Meu grande abraço a toda comunidade rubro-negra das Alterosas! O Maior de Minas é o Mengão!

E por fim, parabéns, MAESTRO, por seus 70 anos de vida! Obrigado por tudo!

A palavra, como sempre, está com vocês.

BoSábade SRa tod@s.