sábado, 24 de fevereiro de 2024

O Fla-Flu de Amanhã: Contexto

 

Salve, Buteco! Começo o texto de hoje com alguns trechos de matérias que tratam do obscuro e enigmático tema da dívida do Fluminense Football Club:

Bem no futebol, mal nas finanças: dívida do Fluminense cresce perigosamente

Mauro Cézar Pereira (Colunista do Uol) 
02/05/2023 10h56                                                                                                                                                   
Matéria no site GE com base em informações extraídas do balanço de 2022 revela que a dívida do Fluminense cresceu, "de R$ 740.757.000 para R$ 793.313.000". Isso significa que o clube fechou o ano passado devendo 2,41 vezes o que faturou no período. Segundo o especialista Cesar Grafietti, o limite desejável é de 1,35 vez, ou seja, se você fatura R$ 100 milhões, seu endividamento não deve passar de R$ 135 milhões. Se o Fluminense alcançou R$ 328.920.000,00 em 2022, o negativo não deveria ir além dos R$ 444.042.009, mas beira R$ 800 milhões!

 Isso sem abordar aspectos como dívida de curto prazo, etc. O clube deve cerca de R$ 350 milhões acima do que poderia ser considerado um número "sob controle", segundo os estudos especializados. E mais: tal cifra é superior a tudo que o Fluminense arrecadou no ano passado. 

Um cenário ainda preocupante. A matéria não informa sobre Ebitda e dívidas de curto prazo. Visão mais completa desse cenário teremos em alguns meses, após a análise detalhada que a equipe de Grafietti faz anualmente sobre as finanças dos clubes brasileiros.  Haverá quem destaque o superávit do Fluminense em 2022. Contudo, trata-se de um resultado menos relevante, um número frágil (R$ 7,06 milhões). "Não é um resultado operacional, mas fruto de um ajuste contábil", explica Grafietti. Bem no campo, preocupante nas finanças o bicampeão carioca.

 

Contas de 2022 são aprovadas pelo Conselho Deliberativo do Fluminense

O balanço de 2022 foi unanimemente aprovada, em reunião realizada na noite desta terça-feira.

Por: Esporte News Mundo 

13 jun2023- 22h58 

O Conselho Deliberativo do Fluminense aprovou as contas referentes a 2022, terceiro ano do mandato de Mário Bittencourt. Todos os 105 conselheiros persentes no salão nobre das Laranjeiras, votaram pela homologação do resultado do balanço, que foi publicado pela diretoria no portal da transparência do dia 28 de abril. 

O grande destaque do balanço de 2022, ficou pelo superávit de R$ 5 milhões. O Fluminense não fechava as contas no azul, desde a gestão Peter Siemsen, quando encerrou 2016 com R$ 8 milhões de lucro. Nos outros dois anos do mandato de Mário Bittencourt, o clube terminou com um pequeno déficit. Foram R$ 2,9 milhões em 2020, e R$ 2 milhões em 2021.

Apesar do Fluminense ter atingido um superávit após cinco anos, o passivo que envolve a dívida total do clube voltou a subir: De R$ 740.757.000,00 para R$ 793.313.000,00. A justificativa da diretoria é que o aumento se deve principalmente aos "maiores investimentos no futebol em 2022". Um exemplo citado, foi a conta de mais de R$ 25,4 milhões referentes a transferência de jogadores.

Fluminense é comunicado de dívida de quase R$ 1 bilhão e se desespera

 Alvaro Cunha02/12/2023 - 10:09 pm

 A administração de Mário Bittencourt no Fluminense tem se destacado por apresentar um futebol competitivo em campo, apesar das restrições econômicas enfrentadas pelo clube. Mesmo com problemas financeiros significativos, a equipe mantém um desempenho esportivo elevado nos últimos anos.

No entanto, neste ano o Tricolor teve uma arrecadação recorde, ultrapassando os R$ 450 milhões. Todavia, a leitura das finanças do Fluminense feitas pela atual gestão não inspiram otimismo, uma vez que o clube possui uma dívida que ultrapassa os R$ 700 milhões, algo que o presidente já deixou claro para os torcedores.

Ao mesmo tempo que aumenta a arrecadação anual para um recorde de pelo menos R$ 450 milhões, o Fluminense tem preocupação com as dívidas. Segundo o balanço do clube em 2022, a dívida está próxima dos R$ 800 milhões. O Tricolor tem débitos com vários fornecedores do CT e do… Mostrar mais
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Dívida do Fluminense requer cautela

A resolução de uma crise financeira como a enfrentada pelo Fluminense requer geralmente o aumento das receitas ou a redução dos custos. No entanto, o clube encontra dificuldades em superar esse desafio, pois suas receitas, apesar de terem aumentado nos últimos anos devido a vendas de jogadores e premiações, ainda são insuficientes para cobrir suas obrigações financeiras. E, mesmo com os altos lucros desta temporada, a situação está longe de ser controlada.

O Fluminense enfrenta essa crise financeira por meio de renegociações com credores de diversas naturezas, incluindo empresas, pessoas físicas e o governo. No entanto, apesar dos esforços, o montante da dívida continua a crescer, gerando uma margem de manobra reduzida para as escolhas no futebol e uma constante apreensão em relação ao futuro.

A dívida do clube tem sido repactuada por meio de acordos, abrangendo diferentes tipos de credores. Embora a maioria da dívida esteja programada para pagamento a longo prazo, o desafio financeiro persiste, impactando as decisões no âmbito esportivo.

Por fim, mesmo com este grande problema, o Fluzão tem obtido resultados esportivos superiores à sua condição financeira, como a conquista inédita da Copa CONMEBOL Libertadores deste ano. Contudo, o futuro permanece incerto diante das dificuldades enfrentadas.

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A dívida do Fluminense não entrará em campo amanhã, tal como não entrou na última quinta-feira e nem entrará na próxima. O post de hoje não trata disso, mas de como desestabilizar o futuro do adversário em um cenário (de endividamento) como esse.

Com a conquista do título da Libertadores/2023 no Maracanã (feito que parece gerar alergia na atual diretoria rubro-negra), o Fluminense passou a ostentar o direito de participar da 1ª Copa do Mundo de Clubes da FIFA, evento para o qual Flamengo e Palmeiras já estavam mais do que classificados com os títulos em revezamento entre os anos de 2019 e 2022.

Quem pode prever o futuro? Seria possível um Fla-Flu nesse torneio? Imagino que não seja provável, mas ainda assim não é impossível. Então, como seria possível desestabilizar um adversário como esse até lá? E, aproveitando o ensejo, outra pergunta: quem será o técnico do Flamengo na 1ª Copa do Mundo de clubes da FIFA? Quem estará com treinador há mais tempo no cargo?

Evertything is connected. O futuro começa com o que fazemos no presente.

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A Diretoria do Fluminense trabalha muito melhor do que a do Flamengo com o Departamento de Futebol, desde a base até o profissional. Faz escolhas melhores (em geral, claro que não em tudo) e trabalha melhor com o seu treinador e o elenco. Admitir esse fato não exclui a constatação do perigo que ronda o Tricolor das Laranjeiras - o endividamento. O presidente Mário Bittencourt e sua Diretoria me fazem lembrar do grande livro "A Insustentável Leveza do Ser", do escritor tcheco Milan Kundera, obra cujo enredo pode ser brevemente sinetizado por esta sinopse:

“Lançado em 1982, este romance foi logo traduzido  para mais de trinta línguas e editado em inúmeros países. Hoje, tantos anos depois de sua publicação, ele ocupa um lugar próprio na história das literaturas universais: é um livro em que o desenvolvimento dos enredos erótico-amorosos conjuga-se com extrema felicidade à descrição de um tempo histórico politicamente opressivo e à reflexão sobre a existência humana como um enigma que resiste à decifração — o que lhe dá um interesse sempre renovado.

Quatro personagens protagonizam essa história: Tereza e Tomas, Sabina e Franz. Por força de suas escolhas ou por interferência do acaso, cada um deles experimenta, à sua maneira, o peso insustentável que baliza a vida, esse permanente exercício de reconhecer a opressão e de tentar amenizá-la.”

Ah, a irracionalidade bestial do futebol brasileiro... A insustentável leveza do ser tricolor e suas aventuras com os prazeres (quase eróticos) que o dinheiro proporciona no campo e bola...

Da banda de cá, o fetiche é diferente - o "Prêmio Itauzão". A Diretoria do Flamengo gosta de bradar aos quatro ventos que é auditada por uma Big Four e que seria aprovada por qualquer auditoria de fair play financeiro em padrões europeus.

Aliás, pura verdade. E eu defenderei esses princípios aplicados no clube enquanto estiver vivo, neste plano existencial.

Todavia, é possível gerir brilhantemente um clube na parte finaneceira e... - ora, vejam só! - fazer o mesmo na parte esportiva, com decisões de qualidade superior (e mais honestas) do que as que os nossos dirigentes tomam!

Nunca foi sobre o Flamengo ganhar tudo, mas sobre ganhar mais, bem mais do que vem ganhando, sem passar vergonha por conta de uma Diretoria desavergonhada...

Mas voltando ao contexto do Fla-Flu de amanhã, eis que o adversário, campeão da Libertadores e vice-campeão Mundial, vê-se em meio aos imbróglios naturais da disputa simultânea de competições nacionais e internacionais, estas últimas típicas dos levantadores de taça - contexto que lhes é absolutamente estranho, convenhamos.

Para disputar o Mundial de Clubes FIFA/2023, o Tricolor das Laranjeiras precisou terminar a temporada mais tarde do que os rivais nacionais, o que o levou naturalmente a começar (com o elenco principal) a temporada/2024 mais tarde do que os rivais cariocas. 

Aliás, não confudam esse cenário com a situação da LDU, que vem trabalhando há um bom tempo. Os jogos não aconteceram por uma comoção política intestina no Equador. Havia trabalho, sem disputa de jogos oficiais, o que é diferente de férias, como bem sabemos.

Recopa Sul-Americana, clássico carioca, Supercopa do Brasil, clássico carioca, jogo de Libertadores, clássico carioca... Quantas vezes o Mais Querido do Brasil não se viu nessa situação?

A vitória da LDU na última quinta-feira deixou o Fluminense na exata posição que eu desejava. Fernando Diniz está na chamada "sinuca de bico" para escalar o time que entrará em campo no Fla-Flu de amanhã. Especula-se desde a formação que jogou e venceu o Mardureira (Felipe Alves; Felipe Andrade, Antônio Carlos e Diogo Barbosa; Douglas Costa, Gabriel Pires, Alexander e Lima; Lelê, David Terans e John Kennedy) até um misto quente - Fábio; Guga, Antônio Carlos, Marlon e Diogo Barbosa; André, Martinelli e Renato Augusto; Douglas Costa, John Kennedy e Jhon Arias.

Vocês têm algum palpite?

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Se a Diretoria do Flamengo não trabalha como deveria, ao menos contratou o melhor técnico possível após a ciranda de alto investimento com Vitor Pereira e Jorge Sampaoli. Tite chegou ao clube mais empoderado e, claro, também com muito mais capacidade e jogo de cintura na gestão de elenco. Como é um treinador de mesmo patamar (segundo o mercado) do que os seus dois antecessores imediatos, não serei eu que reclamarei da preferência do nosso elenco.

Ganhar amanhã será, ao mesmo tempo, abalar o emocional do adversário para a Recopa Sul-Americana e o Estadual; convidá-lo ao flerte entre a irracionalidade bestial dos dirigentes e torcedores e a crise com o treinador. Nada poderá mexer mais com a confiança tricolor do que não conseguir se impor como campeão continental em seu quintal e com uma premiação a menos...

Mas o mais importante é que ganhar amanhã será encorpar o trabalho do Tite; pavimentar o título da Taça Guanabara e o Estadual; quebrar o ciclo de vices (começando pela Taça GB) e desvirar o fio, retomando o caminho das taças e conquistas.

Amanhã é dar sequência ao trabalho, escalar a melhor formação possível (de acordo com o momento), aumentar o foco, desperdiçar menos chances de gol, querer vencer, não ter pena do adversário, pensar no clube e no time antes de si próprio.

Amanhã é dia de ganhar o Fla-Flu e empurrar o rival para a crise.

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A palavra está com vocês.

Bom FDS e SRN a tod@s.