quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

O acaso vai me proteger / Enquanto eu andar distraído




Inicia-se 2024. Com a boa notícia da saída do Everton Ribeiro. Que não tem mais físico necessário para manter futebol em alto nível ainda mais em esquemas táticos arcaicos de linhas distantes uma da outra, como os iluminados dirigentes do Flamengo gostam de contratar em suas comissões técnicas em série. Que, logicamente, sucumbem uma após a outra após a falência múltipla deste tipo de jogo depois que o vestiário desiste de "correr pelo treinador".

Como resolver isto? Mudando radicalmente o perfil de contratação de comissão técnica e preparação física, junto a uma gestão de vestiário profissional e implacável, para termos algo que de forma fortuita tivemos em 2019. Mas não teremos isto. Não há, entre os dirigentes, vontade, competência ou mesmo abnegação ao clube, que começa com o reconhecimento de suas limitações e a vontade de melhora. É o mais do mesmo com orçamento bilionário, esperando a sorte aparecer ainda que com o amadorismo doentio. "O acaso vai me proteger / Enquanto eu andar distraído". Como diria o Titãs.

E ficamos nós. Tolos, esperando que algo de bom ocorra com um elenco ruim, sem marcação, espaçado e sem criatividade. A boa notícia é que os demais times brasileiros não estão tão melhores assim. E temos alguns lampejos de bom nível técnico quando Arrascaeta enfim não está machucado. No mais é previsível e anti-competitivo.
 
Tite vai resolver isto? Não. Vimos nas duas Copas do Mundo um técnico confuso e teimoso. Tanto que não apareceu nenhuma proposta e teve que aceitar vir pro Flamengo em final de temporada. Como um Oswaldo de Oliveira louco para assumir um clube qualquer. 

Esperamos então que o acaso fortuito ocorra em 2024 a despeito da péssima gestão esportiva que o Flamengo carrega como um fardo. E esperar que os associados do Flamengo na eleição deste ano finalmente entendam que o futebol não pode mais ser relegado ao amadorismo porque bilhões serão despejados no ralo.