Salve, Buteco! Entre jornalistas, setoristas e "insiders" do dia-a-dia do futebol do Flamengo, quando comecei a redigir esse post todo mundo cravava o anúnico, pelo clube, da contratação do treinador Adenor Leonardo Bacchi, o Tite, previsão que ganhou ainda mais força a partir da declaração do vice-presidente de futebol Marcos Braz, ainda no sábado à noite, em Itaquera, prevendo o acerto até a noite de domingo.
Quando o assunto é treinador, inclusive troca de treinadores e principalmente no Flamengo, os Amigos do Buteco me conhecem e sabem que essa ciranda frenética é um dos assuntos que mais me incomoda.
Em que pese ciranda de treinadores ser típica da cultura do futebol brasileiro, os números do Flamengo são impressionantemente negativos no quesito.
Vocês hão de convir, ser vice do Vice (4 vezes rebaixado, caminhando para o 5º) no ranking de troca de treinadores no Século XXI não pode ser motivo de orgulho. E quando pensamos no outro patamar que o Flamengo atingiu em nível de gerência administrativa e financeira, é difícil aceitar que ainda exista tanta dificuldade para um treinador iniciar e finalizar uma temporada no clube.
Existem fatores conjunturais importantes, os quais pretendo explorar em outras oportunidades.
Mas hoje decidi convocar o piloto da Máquina do Tempo do Buteco, que anda, calado, amuado, sumido, e voltar 3 anos no tempo, para explorarmos juntos as passagens dos dois primeiros treindores pós-Jorge Jesus no clube.
Isso porque, no meio das minhas reflexões sobre o tema, fiquei com a impressão que continuamos andando em círculos.
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Naquela mesma data, era possível detectar toda a boa vontade da imprensa circundou a chegada de Domènec Torrent ao Flamengo. Um pedido de intensivo em português e promessas que iam desde a necessidade de adaptação ao clube até implementar mudanças "aos poucos" foram amplamente propagadas.
No primeiro treino, o catalão afirmou que assistira aos "jogos do Flamengo contra o Fluminense, pela final do Campeonato Carioca" e que já conhecia praticamente todos os jogadores. "Um ou outro que não conheço logo vou conhecer. Na minha cabeça, já tenho a escalação do time".
Após as duas derrotas iniciais, contudo, já se noticiava a primeira reunião entre elenco e comissão técnica para "expor e debater" o processo de mudanças. Perecebeu-se rapidamente que o conhecimento sobre o elenco não era tão grande assim, bem como que os conceitos de "aos poucos" do treinador, do elenco e da Diretoria não eram os mesmos.
As críticas à forma física dos atletas marcaram definitivamente o primeiro mal-estar entre a comissão técnica e o elenco. Estilos de jogo e de vida diferentes, num cenário pandêmico e de desconhecidos efeitos da contaminação por COVID-19 pelos atletas. A colisão era inevitável e o treinador queria um tempo que não tinha.
Apesar disso, o time chegou a ter uma boa sequência de vitórias, a ponto de se dizer que a paciência com o catalão foi recompensada com um "rodízio de vitórias". Diz matéria de O Globo:
"Em meio a discussão sobre a rodagem do elenco, se deve poupar ou não, Domènec mostra que rodízio bom é o de vitórias. E com ele, o Flamengo está buscando uma atrás da outra."
Neste caminho, o catalão tentava implantar a filosofia de rodagem de elenco, tendo como um dos jogos de maior tensão a vitória por 2x1 sobre o Fortaleza, quando deixou o então camisa 9 Gabriel Barbosa no banco. O Herói de Lima entrou e marcou nos minutos finais o gol da vitória, e sua explosão de humor descendo rapidamente as escadas do Maracanã ao vestiário, após o apito final, foi o prenúncio de que a coisa não andava bem.
A peneira defensiva acabou sendo um dos principais fatores de desestabilização do trabalho, atraindo as comparações com Jorge Jesus, a ponto de ensejar uma ocupação de espaço por parte de Filipe Luís, conforme descrito nesta reportagem de O Globo:
"Em meio a sequência de falhas individuais dos jogadores do meio-campo para trás, a ênfase seria natural. Mas no treino de ontem, por exemplo, houve um coletivo, sem que as linhas de defesa tivessem alertas para a hora de subir e se aproximar. Os relatos indicam que raramente acontecesse esse tipo de atividade para o setor em particular. O que tem gerado questionamentos no contexto dos muitos gols sofridos, apesar das vitórias. Hoje e amanhã, antes do jogo com o Atlético-MG, Dome terá tempo para treinar todo o elenco de uma vez e exercitar a parte defensiva. O que normalmente não ocorre 48 horas depois dos jogos, quando os atletas estão mais cansados. Ficaria tudo para a véspera do jogo, quando Dome prefere atividades mais gerais com o time que vai estar em campo.
A comparação com o trabalho de Jorge Jesus volta à tona internamente. Todo dia o técnico português fazia um reforço para a defesa. Os seus auxiliares eram bandeirinhas dos jogos e direcionavam as movimentações defensivas. Corrigiam a hora da linha subir ou recuar, sinalizavam que o zagueiro deveria abandonar a linha e ir para o combate, etc. Hoje, pela falta de tempo para treinar, a função no Flamengo é exercida pelo lateral-esquerdo Filipe Luis. O jogador, que demonstra conhecimento tático acima da média, tem sido visto até durante os jogos dando esse tipo de orientação. Outro que tem voz ativa nesse sentido é o goleiro Diego Alves, apesar de hoje ser reserva. Com três competições em disputa, os treinos específicos ficam de lado. Pois quase não há semana livre."
As goleadas e o acirramento da crise com o elenco acompanhavam uma postura cada vez mais descolada da realidade por parte do treinador, que chegou a afirmar que o time teve sorte ao tomar 8 gols em dois jogos e ainda estar próximo do líder no Campeonato Brasileiro.
Até que:
Apesar de Pep Guardiola tentar aliviar a barra, o catalão não pode ser chamado de treinador, como demonstra claramente o seu currículo. Aliás, a sequência no Galatasaray mostrou que as deficiências de seu trabalho no Flamengo não foram obra do acaso ou de alguma peculiaridade exclusiva do clube.
Ao mesmo tempo, alguns dos problemas com atletas viriam a se repetir com outros treinadores, o que demonstra que não foi o único responsável pelo fracasso.
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A Diretoria agiu muito rapidamente e Rogério Ceni foi contratado numa segunda-feira (9/11), no dia seguinte à goleada sofrida para o Atlético/MG de Jorge Sampaoli (que chegara ao jogo tão pressionado quanto o catalão) e a demissão de Domènec Torrent.
Tão rápido que parte da torcida do Fortaleza até hoje reclama que o treinador recebeu o convite da Diretoria do Flamengo no avião que levava a delegação do Tricolor de Aço para o jogo contra o Bahia, em Salvador. Nesta matéria, o GE dá uma cuidadosa versão diferente para os fatos:
"Rogério Ceni já está no Rio de Janeiro para assinar com o Flamengo. O voo que trouxe ele e sua comissão técnica de Salvador pousou no Aeroporto Santos Dumont na manhã desta terça-feira. Ceni já aceitou a proposta do Flamengo e é aguardado no Ninho do Urubu na parte da tarde para assinar contrato e já comandar o primeiro treinamento.
(...)
Inicialmente marcada para manhã, a atividade foi adiada justamente para que Ceni tenha tempo de chegar, ajustar os detalhes finais do contrato e ser apresentado ao elenco. Do aeroporto, ele vai direto para um hotel na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, onde descansa antes de se dirigir ao CT.
Chegam com Rogério Ceni o auxiliar-técnico Charles Hembert e o preparador físico Danilo Augusto. O agora ex-treinador do Fortaleza assinará contrato com validade até o fim de 2021, quando termina o mandato do presidente Rodolfo Landim.
O último ato de Rogério Ceni no Fortaleza foi no comando do treino na manhã de segunda-feira. Depois da atividade, a equipe embarcou para Salvador, onde enfrenta o Bahia na quarta, pelo Brasileirão. Foi na capital baiana que o técnico se separou da delegação e embarcou rumo ao Rio de Janeiro."
Porém... (observar horários)
E com bate-papo e sorrisos, Ceni comandou o seu primeiro treino no Flamengo:
Depois de desembarcar no Rio de Janeiro no início da manhã e de ser apresentado oficialmente como o novo técnico do Flamengo, Rogério Ceni comandou na parte da tarde seu primeiro treinamento no Ninho do Urubu. Além da parte de campo, ele teve um bate-papo com os jogadores com muitos sorrisos.
Quem participou da atividade no campo foi o meia Arrascaeta, que está recuperado de dores no joelho. Aumentam as chances de ele ser relacionado para o jogo dessa quarta.
O novo treinador deixou ótima impressão:
O primeiro dia de Rogério Ceni à frente do Flamengo foi intenso, e o treinador aproveitou cada momento que pôde. Deixou uma ótima primeira impressão tanto por sua postura e bom trato quanto pelo conhecimento que demonstrou. Até mostrou que a pontaria nas cobranças de falta ainda está em dia.
Depois de conhecer as instalações e elogiar tudo o que viu, Ceni visitou a sala de análise de desempenho, tirou dúvidas e foi ao departamento médico se informar sobre a condição dos atletas. Depois, reuniu o elenco no campo, cumprimentou um a um, sorriu bastante e foi para o campo para um trabalho direcionado ao adversário desta quarta, o São Paulo.
Rotina de treinos em dias de jogos será mantida
Um costume introduzido por Jorge Jesus e mantido por Dome seguirá no dia a dia do Flamengo: os treinos leves em dia de jogos noturnos. Na manhã desta quarta, os jogadores se apresentam e realizam uma atividade. Não era uma prática utilizada por Ceni no Fortaleza.
Everton Ribeiro e Filipe Luís, vejam só, ficaram vidrados ao assistirem Robério Ceni cobrar faltas no treino.
Ceni passou a morar no Ninho e a madrugar para preparar os treinos:
Na madrugada de domingo para segunda (16), Ceni analisou a fundo o São Paulo, rival desta quartar (18), às 21h30, no Morumbi, pela volta das quartas de final da Copa do Brasil. Por volta de 3h da manhã, o agora rubro-negro desceu de seu quarto no Ninho do Urubu e montou o treino tático que iria dar na manhã seguinte.
Mesmo depois das eliminações para São Paulo (Copa do Brasil) e Racing (Libertadores), o treinador recebeu apoio dos "principais líderes do elenco" e apostava na intensidade dos treinos para uma arrancada no Brasileiro. No início até que deu certo e o time engatou uma sequência de três vitórias consecutivas contra Botafogo (1x0), Santos (4x1) e Bahia (4x3).
Contudo, após o empate por 0x0 contra o Fortaleza no Casteão e as derrotas para Fluminense e Ceará no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro/2020, nos dois primeiros jogos de 2021, o trabalho não dava sinais de que iria engrenar (4 v, 4e e 4d em 12j.), o que motivou, na cúpula da Diretoria, inclusive o Conselho do Futebol, um debate sobre a demissão do treinador em janeiro/2021.
Entretanto, o treinador foi poupado porque entendeu-se que existia "um problema maior dentro do clube", conforme mostra a seguinte matéria do Uol Esporte:
"Após um dia de reuniões e intenso vaivém na Gávea, a cúpula do Flamengo decidiu pela permanência do técnico Rogério Ceni no comando da equipe. O entendimento foi de que mudar apenas uma peça na engrenagem do futebol rubro-negro não resolveria o problema a poucas rodadas do fim do Brasileiro. Para a alta cúpula, o caso é maior, vai além da beirada do campo. Mudanças nos bastidores serão debatidas nos próximos dias.
Apesar dos resultados ruins e das eliminações na Copa do Brasil e na Libertadores, Ceni ainda tem a seu favor a confiança de que as atividades do dia a dia darão resultado. A cúpula rubro-negra também ponderou que o treinador não convive com fantasmas que atrapalharam o percurso de Domènec Torrent no Fla. Sem convocações para as Eliminatórias, casos de covid e lesões em série, a expectativa é que o time retome as trilhas das vitórias.
O presidente Rodolfo Landim e seus principais auxiliares admitem que algumas contratações não funcionaram como esperado, o que faz com que o peso da performance ruim seja mais distribuído. Com uma semana livre, o Flamengo tem dias para juntar os cacos até o jogo da próxima segunda-feira (18), contra o Goiás, na Serrinha."
Após a goleada por 3x0 na Serrinha, o time venceu o Palmeiras por 2x0 no Mané Garrincha, perdeu para o Athletico/PR na Arena da Baixada (1x2) e engatou uma sequência decisiva com vitórias sobre o Grêmio na Arena (4x2), Sport Recife na Ilha do Retiro (3x0) e Vasco da Gama no Maracanã (2x0).
Mesmo com a vitória no Clássico dos Milhões, a crise (sempre ela) deu uma passadinha pelo vestiário rubro-negro, após Gabriel Barbosa haver demonstrado insatisfação ao ser substituído no segundo tempo. O então comentarista do Grupo Disney, Fábio Sormani, cravou:
- Para ser campeão, o Flamengo precisa do Gabriel. Se começar a deixá-lo irritado e infeliz, ele pode não render o que rende. Tem que saber administrar essa situação. Pode deixar o Gabigol um jogo todo, tem que manter ele feliz, ser mais flexível - afirmou.
Seguiram-se então um empate com o Bragantino no Marcelo Stefani (1x1) e duas vitórias decisivas pelo mesmo placar contra Corinthians e Internacional no Maracanã (2x1).
O título viria com uma derrota pela mesma contagem, para o São Paulo no Morumbi (1x2), graças à atuação do goleiro Cássio no Beira-Rio. A cena dos jogadores acompanhando as partidas finais no gramado do Morumbi virou meme. Também no gramado, o presidente Rodolfo Landim desabafou, prometendo muito mais e que a apatia jamais voltaria:
Era terça-feira, 8 de junho de 2021, e nada mais seria o mesmo na passagem de Rogério Ceni pelo Clube de Regatas do Flamengo.
Um dia depois, na CBF, Adenor Leonardo Bacchi, o Tite, convocou Everton Ribeiro e Gabriel Barbosa, enquanto os treinadores do Uruguai, do Chile e do Paraguai convocaram Arrascaeta, Isla e Piris da Motta, totalizando 6 desfalques no elenco.
Sob a batuta do Cartunista, o time engatou uma sequência de 3 vitórias (1x0 Coritiba, 2x0 América/MG e 2x0 Coritiba); contudo, num desencadear de eventos tipicamente flamengo, mesmo com títulos e vitórias a crise já havia sido instalada após o primeiro jogo da sequência, pois Gabriel Barbosa recusou-se a viajar para Coritiba e desatendeu ordem direta da Diretoria:
Na volta de Rogério Ceni, curado do vírus COVID-19, a derrota para o Bragantino no Maracanã iniciou uma fase de "perde e ganha" que varou a dentro a Copa América, culminando, na quarta-feira, dia 7/7, com a última partida do Nareba no comando do time, a derrota por 1x2 no Mineirão, para o Atlético/MG, com direito a Arrascaeta perdendo um gol feito no final da partida.
Na véspera, o GE já havia abandonado o barco, noticiando o "desgaste crescente" do treinador dentro do clube. Destaco alguns trechos da matéria:
"Na linguagem atual, a melhor definição seria: não deu "match". E não é de hoje. Rogério Ceni completa oito meses no Flamengo no próximo sábado, e a percepão de quem vive os bastidores é de que nunca existiu a chamada "sensação de pertencimento" ao clube.
O relacionamento profissional e muitas vezes frio ganhou fôlego para ficar mais aquecido depois do título do Brasileirão, mas as três derrotas nos últimos cinco jogos fizeram crescer um desgaste de parte a parte no Ninho do Urubu.
O distanciamento no dia a dia do centro de treinamento é relatado com adjetivos que vão de introspectivo a depressivo por quem sente Rogério Ceni com o convívio cada vez mais restrito a seus pares de comissão técnica e poucos funcionários que conseguiram quebrar a seriedade habitual. Há ainda quem veja o treinador com uma postura defensiva diante do que considera falta de respaldo da diretoria.
Não foram poucas as vezes em que Ceni pediu reforços ao vice de futebol, Marcos Braz, e ao diretor executivo, Bruno Spindel. Nessas ocasiões, ouviu justificativas de falta de orçamento ou pedidos de paciência. Após o Carioca, com a iminente saída de Gerson e os muitos desfalques por convocação, o treinador chegou a apresentar alternativas mais baratas e imediatas no mercado doméstico, mas não foi atendido.
O cenário incomodou o comandante, que vê o elenco desequilibrado e com poucas opções diante das ausências pela Copa América. O silêncio da diretoria perante os muitos questionamentos externos é outro fator que não deixa Ceni confortável, e a percepção de exposição ficou ainda mais forte com a falta de posicionamento dos superiores na sequência de atos que considera indisciplina ultimamente.
Fatores que só intensificam o comportamento retraído do treinador no dia a dia do CT. Não foram poucas as vezes em que lideranças do elenco fizeram valer a voz ativa para elevar o astral em um ambiente de lamentação de Rogério diante de problemas do cotidiano:
- Nunca nada está bom! - desabafou certa vez um dos atletas em debate interno.
Relatos dão conta de cenários de terra arrasada após derrotas como a do último domingo para o Fluminense. O silêncio sepulcral que toma conta do vestiário carrega ainda mais um ambiente que está longe de ser leve ultimamente.
O elogiado repertório de treinamentos conflita com a falta de respostas e o incômodo diante de questionamentos dos jogadores sobre os motivos que levam a determinadas decisões táticas. Há relatos de que nos vídeos pós-jogos há mais apontamento de erros do que apresentação de soluções.
Episódios específicos colocaram a autonomia de Rogério em xeque. Após a vitória sobre o Palmeiras, na primeira rodada do Brasileirão, o elenco ganhou dois dias de folga e na volta o treinador manifestou o desejo de treinamentos em período integral por conta da brecha de dez dias no calendário. Os jogadores rebateram, pediram argumentos para tal e perguntaram se havia deficiência na parte física que justificasse a medida. A veemência do posicionamento e o respaldo da fisiologia fizeram com que a ideia fosse abortada.
Um show de horrores se iniciou a partir da derrota em Belo Horizonte.
Matéria do GE trouxe um áudio vazado do então analista de desempenho Roberto Drummond esculhambando o treinador e descrevendo-o como "uma pessoa ruim", o que levou o clube a demitir tanto o profissional de scout, na quinta-feira, dia 9, como, na madrugada (traço inusitado) do sábado, 10 de julho, também o treinador:
No mesmo dia, a Argentina sagrou-se campeã da competição, sob o comando de Messi, derrotando a Seleção Brasileira por 1x0. Everton Ribeiro foi titular e Gabriel Barbosa entrou no segundo tempo.
Na sequência, um epílogo do show de horrores, quando noticiou-se a apropriação de uma marmita de frango do treinador por um vigilante do Ninho do Urubu, acrescentando um traço cômico ao que já era trágico e dantesco.
No frigir dos ovos, muito embora seu time jamais tenha empolgado, confesso que me surpreendi com a velocidade do derretimento do Ceni no Flamengo.
Vocês não?
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Como se pode perceber, as passagens de Paulo Sousa, Vitor Pereira e Jorge Sampaoli, três treinadores estrangeiros (progressivamente) de muito mais currículo, têm vários pontos em comum com o que aconteceu nos períodos de Domè e Ceni. Inclusive, muitos dos personagens ainda se encontram no clube ou, de uma forma ou de outra, cobrindo o seu dia a dia...
Até mesmo com Renato não faltaram fofocas e vazamentos, muito embora o futebol tenha sido o mais alegre desde o Mister Jorge Jesus.
Mas essas cronologias ficarão para uma outra oportunidade.
O importante é saber se o novo treinador, brasileiro, será Ceni, Renato ou Dorival, ou quem sabe uma versão melhorada de todos eles.
Outra dúvida é se sobrevierá à máquina de moer treinadores que gira em círculos desde a saída do Mister.
Moendo até mesmo treinadores vencedores, como Dorival, que (injustamente) pagou sozinho o pato pelo que aconteceu depois da conquista da Libertadores (Diretoria e jogadores se safaram, como de hábito).
Para discorrerem sobre o tema, inclusive se alguma coisa mudou desde então, e também sobre o novo treinador, a palavra, como sempre, está com vocês.
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Seja bem vindo muito boa sorte, Adenor.
Você vai precisar...