Falou-se muito de Hagi, no São Paulo, Stoichkov, no Palmeiras. Roberto Baggio jogaria no Brasil?
“Assisto ao futebol brasileiro desde os tempos em que era garoto. Sempre gostei de Zico e vi muitas partidas do Flamengo pela televisão. Zico é meu ídolo. Como consequência, se tivesse que optar por um time brasileiro, jogaria no Flamengo”.
Nascido aos 18 de fevereiro de 1967, Il Cordino Divino teve a mesma formação que eu e alguns dos frequentadores do Blog, assistindo ao auge da Geração Zico e encantando-se com o futebol do Galinho de Quintino, seu maior ídolo no futebol.
Tempos nos quais os jogos do Mais Querido do Brasil eram televisionados pela tevê aberta para a Europa e o Galinho de Quintino era considerado destaque mundial pelo jornalismo europeu:
O Mais Querido já conquistou muitos títulos marcantes e o meu favorito é o Campeonato Brasileiro de 1980. Inclusive considero a finalíssima Flamengo 3x2 Atlético Mineiro o maior jogo de futebol que já assisti na minha vida. Os times, os craques, Zico, Reinaldo, Falcão, Roberto Dinamite, Sócrates e Careca disputando o mesmo torneio, no Brasil. Era o futebol brasileiro no auge, mundialmente inalcançável.
É nostálgico lembrar desse tempo e ver como hoje a competição mais nobre do futebol brasileiro é tratada como segundo ou terceira prioridade por quem se classifica para as copas, aliás, qualquer copa (inclusive a Sul-Americana).
No último 24 de julho, publiquei o post Brasileirão x Copas mostrando como historicamente o rendimento no Campeonato Brasileiro decai quando é disputado simultaneamente a uma ou duas copas. Contudo, o mesmo texto serve para evidenciar a lógica inversa: em 2016, 2018 e 2020 o rendimento do time subiu claramente quando, eliminado das copas, o Mais Querido disputou apenas o Brasileirão.
Acredito piamente em G4. Afinal de contas, basta o time repetir os números com Jorge Sampaoli antes do soco, com as três maiores competições sendo disputadas simultaneamente. Acredito até em um rendimento um pouco melhor.
Mas Tite terá seus obstáculos. Um deles, que me chama a atenção, é o número de contratos da Geração 2019 terminando no final da temporada ou se encaminhando para o último ano de vínculo. O calendário ocupado apenas pelo Brasileiro diminui o espaço para rodagem de elenco, eis que o desgaste é menor sem a pressão dos jogos eliminatórios (copas).
Desafios que o nosso novo treinador, experiente, ótimo gestor de elenco e de carreira vencedora deverá superar. É difícil falar em título. Em 2016 e 2018 a arrancada levou a um aumento de performance, mas não ao título.
Já em 1987, 1992, 2009 e 2020 ninguém conseguiu parar o Mais Querido. Seja qual for o desfecho, gosto da ideia de curtir a competição mais nobre do calendário nesse restante de temporada.
Brasileirão do Meu Coração. Nobre, raiz, o troféu Mais Querido.
A palavra está com vocês.
Bom dia e SRN a tod@s.