quinta-feira, 5 de outubro de 2023

Bad Moon Rising


 "I see the bad moon a-risin'
I see trouble on the way
I see earthquakes and lightnin'
I see bad times today"
Creedence Clearwater Revival

A realidade é que o Flamengo hoje é um clube que não sabe o que fazer com tanto dinheiro. Gasta muito mal, o que é um convite para bolsos recheados alheios no entorno, e não consegue resultados. O presidente não enxerga problemas ou se enxerga está por demais dependente do modelo político atual para fazer alguma coisa. Flamengo tem um CEO aparentemente omisso e não cobrado por ninguém. Seja por gestores, torcida, conselheiros, associados da piscina, pois seria da responsabilidade dele instituir ou cobrar um modelo profissional para o futebol com os melhores profissionais possíveis. E que curiosamente segue no Conselhinho de Palpiteiros do Futebol. Mas faz cara de paisagem e deixa toda a responsabilidade ao mesmo sujeito que fez da gestão de futebol de Patrícia Amorim um caos. Com direito a privilégios entre jogadores e contratações estapafúrdias. E o mais preocupante em relação a Marcos Brás é seu histórico mencionado por Cidinha Campos em discurso na ALERJ: http://alerjln1.alerj.rj.gov.br/taqalerj2006.nsf/5d50d39bd976391b83256536006a2502/bb4b8c4a2d78214883256f0f0071f3df?OpenDocument
 

    "Evitei, dentro do meu partido, uma candidatura recentemente. Era de Marcos Teixeira Brás. Levei para a comissão de ética do meu partido e eles acataram o pedido.

    Marcos Teixeira Brás é filho de Mário Monteiro Brás, que, na minha primeira CPI, aparecia como um ladrão de carteirinha do INSS. E hoje tem oito empresas nos Estados Unidos!

    O seu filho, Marcos Teixeira Brás, queria ser candidato, de novo, este ano, a vereador, pois eu já o havia impedido uma vez; queria uma legenda no meu partido.

    O crime não passa de pai para filho, mas, aos 21 anos, esse “menino” já recebia cheques vultosos da Jorgina Fernandes, que todos conhecem, e de Wilson Escócia da Veiga. Com 21 anos ele já estava no crime!

    Esse, consegui evitar que obtivesse legenda no meu partido."

Evidente que são apenas palavras da então deputada. Mas as acusações dela foram refutadas? Confirmadas? 

Enfim, foi o que não só Landim, mas Delair e Patrícia Amorim, hoje todos da sua base de apoio trouxeram para dentro para gerir muito mal o departamento de maior orçamento do clube. Marcos Brás só se fixa em jogadores grifados e caros, não tem a menor preocupação em estabelecer processos funcionais, em contratar  os melhores profissionais de cada segmento do staff, em psicologia esportiva, em coach, nada. Vê o futebol como se estivéssemos na década de 40. Só percebe jogadores. E com eles se mistura, vá a churrascos e frequenta vestiários como se amigo deles fosse. 

Não é a toa o fracasso desta gestão em 2021, 2023, com eventuais espasmos de conquistas em anos anteriores porque afinal tem muito dinheiro e este ocasionalmente proporciona respiros de conquistas mas não deixa qualquer legado. Nada que se pode aproveitar para o amanhã. Qual o grande legado de Landim até aqui? Os títulos em espasmos. OK. Mas deixa terra arrasada. Não há absolutamente nada que se pode aproveitar de seu trabalho como gestor. Nada no futebol foi melhorado. De escolhas de comissões técnicas a avaliações de jogadores. 

Felizmente parte dos associados já perceberam isto e sabem do risco desta indigestão perpetuar seu descaso gerencial para sucessores escolhidos por Landim que seguirão este mesmo modelo destrutivo. 

Ainda que com dinheiro, clubes melhores gerenciados com muito menos faturamento estão conseguindo facilmente superar o Flamengo. Isto é uma vergonha, é patético e diria acintoso em relação a 40 milhões de torcedores que vêm isto incredulamente. 

Então hoje, Fluminense e Palmeiras irão decidir a Libertadores. São Paulo ganhou do Flamengo de Landim facilmente. Botafogo ainda lidera o Brasileiro e não foi tão idiota como o Flamengo de Landim e já trocou seu técnico visto como improdutivo. 

Flamengo decide então por Tite, que tomara que não venha mas se vier é um técnico que foi incapaz de fazer algo em duas Copas do Mundo com um dos melhores elencos. Decisões de merda em cada partida e teimosias em relação a jogadores,  fora que é retranqueiro de primeira, não usa a base e é paneleiro. 2024 será tão ruim ou pior que 2023. Com mais uma multa gigantesca para pagar pois este técnico fatura alto demais para a capacidade dele. 

Landim foi e permanece como a  "Bad Moon Rising" do Flamengo. Uma delas, na verdade. Este modelo de escolha eletiva de gestores entre um pequeno segmento de moradores do entorno do Leblon, associados da piscininha, é calamitoso. Futebol precisa se separar do Social que engoliu o futebol para ele. Porque será né?