quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Fresta

 


Fresta

Substantivo feminino
  1. 1.
    Qualquer abertura estreita que permita a passagem de luz e ar; fenda, fisga, frincha.
  2. 2.
    Abertura estreita, num muro ou telhado, para ventilação e iluminação.

Salve, Buteco! Quando subi o post de 10 de maio de 2023, o Mais Querido ainda se encontrava perigosamente próximo à temida Zona do Rebaixamento, precisando vencer o Goiás Esporte Clube, adversário de hoje à noite, para começar a reagir no Campeonato Brasileiro. A vitória veio e o time subiu na tabela, mas infelizmente não a ponto de conseguir disputar seriamente o título, ficando, até aqui, apenas no G4¹. Nas poucas vezes em que uma vitória empolgou a torcida, na sequência o time parece ter feito questão de decepcionar.

O jogo de hoje é diferente porque, simbolicamente, não vale apenas para o Campeonato Brasileiro, já que estamos na semana das finais da Copa do Brasil. O título está muito distante, convenhamos, porém se existir alguma fresta de luz e esperança, ela está nas poucas partidas competitivas que o time fez na temporada/2023, seja com Vitor Pereira, seja com Jorge Sampaoli, e passa, obviamente, pela escalação.

Lembremos o que escrevi naquela oportunidade (10/5/2023):

Salve, Buteco! O post de ontem, do nosso querido amigo Leandro Machado, para mim teve grande importância, pois da interação com vocês foi possível perceber que há um consenso em direção a uma escalação base titular, com mais juventude e vitalidade, capaz de executar o jogo "contundente" que o nosso treinador argentino Jorge Sampaoli deseja agregar à equipe.

Até mesmo o pálido e opaco antecessor do Careca, o português Vítor Pereira, talvez o treinador mais desanimado da História do clube, havia chegado à mesma conclusão, como a formação do 1º Fla-Flu da final do Estadual facilmente nos demonstra. Um dia espero que venham à tona os motivos da alteração da escalação na partida final, quais sejam, todos aqueles outros diferentes da palermice do Gajo.

A formação que tudo indica que será levada a campo hoje é o único caminho possível para a tão almejada recuperação do time, em todos os aspectos - físico, tático, técnico e até mesmo psicológico. Nos dias atuais, inclusive no Brasil, o cenário é bem diferente de alguns anos atrás e todos os times minimamente competitivos, quando menos, nivelam o aspecto físico e o jogo intenso ou contundente.

Muita gente afirma que o trabalho do argentino acabou em Belo Horizonte, no vestiário, logo após a ótima vitória sobre o Atlético/MG, quando o preparador físico Pablo Hernández agrediu Pedro com um soco. Pode ser, mas a vida e o futebol abriram uma pequena fresta para Sampaoli na partida contra o Botafogo, no Engenhão, dando-lhe uma chance a partir da vitória.

O argentino, contudo, jogou tudo no lixo. 

Nos últimos dois jogos, quando o time não marcou nenhum gol e sofreu quatro, mesmo como mandante, o treinador acomodou os jogadores mais famosos e de maior salário no time, postura oposta a que tanto ele, quanto seu antecessor tomaram nas melhores apresentações do time (não que tenham sido brilhantes).

Os efeitos foram sentidos no domingo, até pela repetição renitente e inaceitável do mesmo erro. Não sei se outra fresta se abrirá, pois a confiança do elenco deve ter diminuído um bocado, mas a suspensão de Gabriel Barbosa, que não viajou para Goiânia, bem ou mal acaba sendo mais uma oportunidade para o nosso treinador mandar a campo a formação mais competitiva possível.

Contudo, como garantir que o argentino não repetirá mais uma vez Vitor Pereira e a si próprio no próximo domingo?

***

Flamengo e Goiás já se enfrentaram por 62 vezes, com 29 vitórias rubro-negras, 24 empates e apenas 9 vitórias esmeraldinas. Os confrontos mais importantes foram os da final da Copa do Brasil de 1990, que eu brevemente lembrei neste post de setembro de 2022. Também merecem menção honrosa os dois confrontos pelas semifinais da Copa do Brasil de 2013.

É fácil perceber, a partir do retrospecto, que o Mais Querido perde muito pouco para o Goiás, porém os empates representam o segundo resultado estatisticamente mais comum do confronto, com números muito próximos das vitórias rubro-negras, as ocorrências prevalentes.

Alguns números do retrospecto:


Brasileiro

Copa do Brasil

Rio de Janeiro

Goiás

51j, 20v, 22e e 9d

4j, 3v, 1 e 0d

27j, 14v, 11e e 2d

27j, 8v, 12e e 7d

A última derrota para o Goiás em Goiânia ocorreu no primeiro turno do Campeonato Brasileiro de 2009 (1x2), jogo do golaço de Petkovic e de uma atuação para lá de questionável da arbitragem. De lá para cá, num total de 8 jogos, o Flamengo só perdeu para o Esmeraldino, como visitante, uma única vez, em Cuiabá, na Arena Pantanal, pelo Campeonato Brasileiro/2014, tendo vencido três vezes (Copa do Brasil/2013, Brasileiro/2015 e Brasileiro/2021) e empatado quatro.

A pior memória dos jogos em Goiânia é a da longínqua edição do Campeonato Brasileiro de 1991, quando, na primeira vez em que as equipes se enfrentaram desde a final da Copa do Brasil de 1990, o Mais Querido foi goleado por 1x5.

Embora tecnicamente limitado, o time bem dirigido pelo português Armando Evangelista parece ter se estabilizado e, desde a derrota para o Santos por 4x3 na Vila Belmiro (9/7), jogo, por sinal, de arbitragem um tanto duvidosa, passou a perder poucas vezes pelo Brasileiro. 

Desde então, num total de 9 jogos, o nosso adversário de hoje à noite só perdeu uma única vez, contra o Palmeiras, no último final de semana, e venceu três, tendo empatado em seis oportunidades.

A boa notícia é que, como mandante, o Esmeraldino só venceu uma vez nessa sequência (1x0 sobre o Fortaleza), tendo empatado os outros 4 jogos disputados em seu estádio.

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A bola rolará as 19:00h (Horário de Brasília, USA ET 18:00h) no Estádio Hailé Pinheiro (Serrinha) e o Ficha Técnica subirá as 18:00h ou, no mais tardar, poucos minutos depois, já com as escalações oficiais.

A palavra está com vocês.

Bom die SRa tod@s.


¹ Post escrito antes do jogo do Bragantino