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| Foto: Alexandre Vidal |
Me incomoda em relação ao Landim é isto. É bilionário, reconhecido no mundo do petróleo, ou seja profissionalmente de sucesso indiscutível. Palmas. Isto é muito raro. Não precisa do Flamengo para nada. No entanto porque não utiliza sua gestão para alavancar o clube profissionalmente?
Outros fizeram isto em seus clubes. Além de serem mecenas, o que não desejo que ocorra no Flamengo, usaram seus conhecimentos executivos para alavancar seus clubes profissionalmente em todos os níveis, deixando enorme legado ex: Palmeiras e CAP.
Ou seja, além dos títulos o que Landim deixará no Flamengo? Um departamento de futebol destruído pelo amadorismo e que sabemos, bem administrado, ninguém faria frente ao clube. Além de um parquinho molhado e talvez o clube social do Leblon revitalizado agradando a base politica.
Sei que para muitos dane-se tudo. Títulos bastam. Mas vejo o quanto o Flamengo perde tempo e desperdiça o enorme faturamento sendo muito mal conduzido, ganhando títulos por espasmos de sorte e não com modelo vencedor. É decepcionante. É poder ter um Bugatti mas troca por Fiat Uno.
E existem modelos profissionalizantes que um clube pode seguir. Consultorias para orientar o processo e escolher os melhores profissionais. Isto é um alento para o futuro. Talvez tenha que esperar Landim vazar para quem sabe o próximo tenha a coragem e inteligência de seguir com isto?
Flamengo pagou pelos serviços da Double Pass, consultoria esportiva belga de aprimoramento da gestão de futebol e melhoria de processos como um todo. Primeira coisa que Landim fez ao chegar foi jogar no lixo porque isto geraria uma dicotomia profunda com os métodos arcaicos do Marcos Braz e vá lá, ele também.
Elenco dividido em grupinhos. Ninguém pensando no conjunto. Exemplo é a ex "dupla de ataque", que por egocentrismo e vaidade não se procura mais em campo. Não jogam um pelo outro. Um toca samba e outro sertanejo universitário. Falta gestão de elenco. Falta profissionalismo.
Neste Flamengo que falta muita coisa mas não falta dinheiro. Então a gestão contrapõe a insuficiência técnica, fisiológica e tática com mais jogadores de preferência "com nome". Pois é assim que deslumbrado pensa. Pela grife e não pela utilidade.
Landim vai construindo um Flamengo elitista e voltado aos associados, que podem torcer para qualquer outro clube e simplesmente não queiram saber da forma como o futebol é gerido, pois sequer sabem os nomes dos jogadores. Afastando os torcedores de fora, vai forjando um segmento eleitoral parasitário a seu grupo através de políticas cada vez maiores de valorização do espaço interno, que, obviamente não se sustenta sozinho, precisa do futebol.
Hoje temos um jogo decisivo contra o Fluminense. Definição de quem seguirá em frente na Copa do Brasil 2023. Quem é o favorito?
