sexta-feira, 16 de junho de 2023

Alfarrábios do Melo

Saudações flamengas a todos,

Breve pausa para a Data FIFA, num raro momento de paz e mesmo esperança nessa temporada até aqui marcada por decepções. De qualquer forma, a recente sequência positiva permite sonhar. Que a Diretoria, ao contrário das janelas recentes, dessa vez traga reforços realmente capazes de fazer a diferença.

Enquanto isso, vamos avançando na série “Caminhos da Bola”, dessa vez com o Vasco, recente adversário categoricamente goleado (essa série se propõe a elaborar um “time” com onze jogadores que, quando chegaram ao Flamengo, ostentavam uma identificação única ou maior com determinado clube, mesmo não sendo o de origem direta). O intercâmbio de jogadores entre os dois clubes tem sido frequente ao longo das últimas décadas, e vários nomes (Célio Silva, Rômulo, William, Yan, Leo Lima, entre outros) ficaram de fora da “lista de onze”. Não deixa de ser interessante constatar que, nessa lista, praticamente todos os jogadores tiveram passagem controversa ou discutível pelo rubro-negro, especialmente os protagonistas.

 

SÉRIE “CAMINHOS DA BOLA”

VII

FLAMENGO - VASCO

 

PIMENTEL (1998-2000, 2001)

Um dos expoentes de uma brilhante geração de talentos revelados pelo Vasco (ganha a Copa São Paulo 1992), cai nas graças da torcida ao se tornar uma das peças importantes na conquista do Tri Estadual (1992-94), com seu jogo de muita disposição, fôlego e um chute potente. Mas, com o tempo e o desgaste de más campanhas vascaínas nos anos subsequentes, é negociado com o Palmeiras em 1997, desembarcando na Gávea no ano seguinte, como mais uma tentativa para resolver o crônico problema na lateral-direita do Flamengo. No rubro-negro vive altos e baixos, chegando, por vezes, a ser barrado pelos improvisados Maurinho e Fábio Baiano, mas tem participação ativa no título do Estadual 1999, além da Copa Mercosul do mesmo ano (já como reserva). No início de 2000, acerta transferência para o São Paulo. Chega a retornar ao Flamengo em 2001, mas, lesionado, quase não é utilizado. Ainda roda por clubes menores antes de encerrar a carreira, em 2006.

 

FERNANDO (1989-1990)

Revelado na Portuguesa Santista, logo se transfere para o Santos, fazendo parte do plantel Campeão Paulista 1984. No ano seguinte, sem espaço na forte zaga do alvinegro praiano, é negociado com o Vasco, onde não demora a se destacar, liderando o time que conquista o Bicampeonato Estadual em 1987-1988, mostrando impressionante número de gols marcados para um zagueiro. Ainda em 1988, divide uma bola com o lateral Márcio Nunes, do Bangu, e o lance inutiliza o jogador alvirrubro (que, anos antes, acertara o joelho de Zico) para o futebol. Após a fraca campanha vascaína no Estadual 1989, Fernando vai atuar no futebol português, mas poucos meses depois volta ao Brasil, contratado pelo Flamengo, numa espécie de “resposta” ao Vasco pela saída de Bebeto. Fernando se firma na zaga rubro-negra, destacando-se mesmo em um período difícil. Confirmando sua vocação goleadora, marca, no jogo de ida da Final da Copa do Brasil 1990, o tento que acaba sendo o do título do Flamengo. Ao final da temporada de 1990, o Flamengo resolve negociar alguns medalhões e apostar na base, e Fernando é vendido ao Atlético-MG. Encerra a carreira em 1996, na mesma Portuguesa Santista que o projetou.

 

JORGE LUIZ (1995, 1996)

Inicialmente volante, é deslocado para a posição de zagueiro, onde começa a chamar atenção. Após passagem pelo futebol paulista, chega ao Vasco em 1990, ganhando a simpatia da torcida com seu futebol de razoável técnica e impressionante capacidade de anotar gols de falta. Destaca-se na campanha do Tricampeonato Estadual 1992-1994. Em 1995, após breve passagem pelo Guarani, chega ao Flamengo, integrando robusto pacote de reforços cujo destaque é Romário. Mas, no Estadual, é estigmatizado pelo péssimo desempenho do sistema defensivo e, no segundo semestre, sai emprestado ao Atlético-MG. No ano seguinte, retorna ao Flamengo e dá a volta por cima, formando, ao lado de Ronaldão, uma zaga bem mais convincente. Ao final do Estadual, que o Flamengo conquista de forma invicta, é negociado com o Atlético-PR. Em sua passagem pela Gávea, marca cinco gols de falta. Encerra a carreira em 2003, defendendo o América-RJ.

 

RAFAEL VAZ (2016-2017)

Chega ao Vasco em 2013, após rodar por vários clubes e se destacar defendendo o Ceará. No cruzmaltino, onde é comparado ao antigo ídolo Dedé, até começa bem, mas sucumbe junto com a mediocridade do time, que termina o ano rebaixado à Série B. Nas temporadas seguintes perde espaço e chega a treinar em separado, mas começa a se recuperar no final de 2015, mesmo sem conseguir evitar mais um rebaixamento à Série B. 2016 marca sua redenção no Vasco, quando marca o gol do título Estadual (o último do clube) e classifica o time na Copa do Brasil, com um gol nos acréscimos contra o CRB. No segundo semestre, não renova com o Vasco e se transfere para o Flamengo, que vive grave problema na posição. Ao lado de Réver, forma uma zaga segura e eficiente, ajudando o rubro-negro a disputar o título do Brasileiro e a se classificar para a Libertadores. Mas, em 2017, Vaz cai de produção e começa a ser contestado pela torcida. A frustrante temporada, em que nenhum título nacional ou continental é conquistado, decreta o fim da passagem no clube, não sem antes justificar, enfim, sua fama de “zagueiro-artilheiro” e marcar um gol importante, na partida contra o Vitória que classifica o Flamengo para a Libertadores 2018. No final da temporada, é emprestado à Universidad-CHI e não retorna mais. Hoje defende o São Bernardo-SP.

 

FABIANO ELLER (2003-2004)

Emerge das divisões de base do Vasco, migrando da lateral-esquerda para a posição de volante. Participa das várias conquistas do cruzmaltino do período entre 1997 e 2000, mostrando um futebol de boa técnica, regularidade e espírito competitivo. Em 2003, após curta passagem pelo Palmeiras, chega ao Flamengo e não demora a se tornar um dos principais jogadores de uma equipe bastante limitada. Agora deslocado para a zaga, impressiona com atuações onde esbanja categoria e mesmo gols, como o marcado na primeira partida da Final do Estadual 2004, contra o Vasco (que o Flamengo conquista), ou o tento que dá ao Flamengo difícil triunfo contra o Vitória no Barradão (1-0), pela Semifinal da Copa do Brasil do mesmo ano. No entanto, os problemas financeiros do Flamengo fazem com que seja transferido ao futebol do Qatar. Mais tarde, vive seu auge no Internacional, onde conquista duas Libertadores e um Mundial. Encerra a carreira no futebol do Espírito Santo, sua terra natal.

 

FELIPE (2003-2004)

Lateral-esquerdo de extremo talento, dono de um drible imparável e grande capacidade de progressão vertical, habilidades desenvolvidas no futsal, estreia no Vasco em 1996, e a partir de então se torna um dos pilares da mais vitoriosa fase da história cruzmaltina. E, com a saída de Edmundo, chega, em determinados momentos, como a conquista da Libertadores ou o Vice-Campeonato Mundial, ambos em 1998, a se tornar o principal jogador da equipe. No entanto, com o tempo seu temperamento difícil faz com que colecione confusões e problemas, como as constantes brigas com treinadores para atuar no meio-campo, sua posição preferida. Em 2002, desgastado com os atritos com a Diretoria vascaína (muito por conta de atrasos salariais), é negociado com o Galatasaray-TUR. No ano seguinte, o Flamengo, em resposta à contratação de Petkovic pelo rival, mostra interesse em repatriar Felipe, o que consegue após o jogador obter a rescisão do seu contrato com os turcos. Na Gávea, Felipe recebe a camisa 10, a faixa de capitão e revive a alcunha de Maestro. Mas o início é claudicante, marcado por algumas lesões. Apenas em 2004 o jogador, agora atuando aberto na direita, explode. Colocando “a bola debaixo do braço”, comanda a histórica virada sobre o Fluminense (4-3), o “Fla-Flu da Poeira”, pelo Estadual. Mas é contra o ex-clube (e seus desafetos da respectiva Diretoria) que Felipe exibe seu melhor. Na Semifinal da Taça Guanabara (2-0), protagoniza uma das maiores atuações individuais da história recente do Maracanã, numa exibição tão desconcertante que chega a ser comparado a Garrincha. Na Final do Estadual, enlouquece e entorta o lateral vascaíno Coutinho, a ponto de provocar sua expulsão. Com o Flamengo campeão, Felipe é eleito o melhor jogador da competição e retorna à Seleção Brasileira. Mas a traumática perda da Copa do Brasil e as constantes brigas com a Diretoria por questão de pagamento de salários, além das recorrentes lesões que o tiram de vários jogos importantes, minam sua relação com a torcida. No último jogo do ano, que o Flamengo precisa vencer o Cruzeiro para escapar do descenso, Felipe novamente brilha, mas, após marcar um gol de placa (o último na goleada de 6-2), atira a camisa para o alto, num gesto que muitos interpretam como desprezo ao clube. No fim do ano, transfere-se para o Fluminense. Encerra a carreira no final de 2013, também no tricolor, após ter retornado ao Vasco. Hoje atua como treinador.

 

WILSINHO (1982)

Ponta-direita muito veloz e de boa finalização, costumando fechar em diagonal para o arremate, destaca-se no Vasco que conquista o Estadual 1977, chegando a ser convocado para a Seleção Brasileira e ganhando o apelido de “Xodó da Vovó”, em alusão a um desenho animado da época. No entanto, a carência de títulos nos anos seguintes (o Vasco acumula um Vice Brasileiro e um PentaVice Estadual) faz com que, após uma pálida campanha no Brasileiro 1982, a Diretoria vascaína comece a reformular seu plantel. Assim, aceita proposta do Flamengo, que compra o jogador à vista, atendendo assim a um antigo anseio da Diretoria rubro-negra e do Treinador Carpegiani, que deseja um ponta “de ofício” para encorpar o multicampeão elenco. Mas as indefinições do técnico (que altera em demasia as escalações da equipe, sem cravar um time titular) atrapalham a sequência de Wilsinho que, tímido, não consegue se soltar no rubro-negro. Ainda assim, é um coadjuvante que contribui com assistências e gols, embora jamais repita o futebol dos tempos de Vasco e chegue a ser vaiado. Entra no final da partida contra o América, pelo Triangular Final do Estadual 1982 e marca o gol da suada vitória (1-0), que mantém o Flamengo vivo na competição. No entanto, a decepção no final do ano faz com que o rubro-negro se desfaça de algumas peças, e Wilsinho é negociado com o Fluminense, trocado pelo também ponta Robertinho. Encerra a carreira em 1988, atuando pelo Volta Redonda, após sofrer com sucessivas lesões.

 

EDMUNDO (1995)

Surge de forma bombástica no Vasco no Brasileiro 1992, formando um ataque mortífero com Bebeto e mostrando muita técnica e faro goleador. Termina a competição como revelação e destaque, e assume de vez o protagonismo da equipe no Estadual conquistado pelo cruzmaltino, aparecendo como um dos talentos mais promissores do país, o que o leva a ser negociado com o Palmeiras, onde, em um time milionário, ganha o apelido de “Animal” e acumula títulos, gols e confusões, por conta de seu temperamento extremamente complicado. Em 1995, cansada dos problemas causados pelo atacante (que briga com companheiros, adversários, árbitros, jornalistas e chega a ser preso no Equador), a Diretoria palmeirense não dificulta a saída de Edmundo. O Flamengo, diante da oportunidade, desiste de contratar o meia Amoroso (com quem negociava) e, superando o Botafogo, investe no “Animal”, para a montagem, ao lado de Romário e Sávio, de um pretenso “ataque dos sonhos” para o segundo semestre. Mas Edmundo em nenhum momento consegue um bom rendimento, tragado pela temporada caótica do Flamengo. Algumas fugazes boas atuações (em especial, os 3-2 sobre o Vélez Sarsfield-ARG, em virada histórica pela Supercopa) são ofuscadas pela miríade de confusões que arruma (é agredido pelo argentino Zandona no jogo de volta contra o Vélez, bate boca publicamente com companheiros em entrevistas, entre outras lambanças). Na partida contra o Vasco, faz gestos obscenos à torcida cruzmaltina, o que lhe vale uma suspensão de quatro meses. Mas, antes da sentença, fratura o tornozelo em um 0-0 contra o Internacional, no Beira-Rio. Durante a inatividade, envolve-se em um grave acidente de automóvel que causa a morte de duas pessoas, chegando a ser condenado. No final do ano, é emprestado para o Corinthians e, no meio de 1996, é vendido para o Vasco, com quem vive relação de idas e vindas, e por onde se aposenta em 2008, após o rebaixamento à Série B.

 

SOUZA (2007-2008)

Centroavante grandalhão, um tanto desengonçado mas bastante eficiente no jogo aéreo e de personalidade, projeta-se no Vasco no início do século, destacando-se na conquista do Estadual 2003, no qual marca o gol do título, contra o Fluminense (2-1). Em 2006 vive seu clímax, quando se torna o artilheiro do Brasileiro defendendo o Goiás, o que acende o interesse do Flamengo, que pensa em vender o valorizado Obina para a Rússia (o que acaba não acontecendo). Assim, em 2007 Souza chega ao rubro-negro, e já na estreia contra o Boavista pela Taça Guanabara, a relação turbulenta que cultivará com a torcida se mostra viva. O atacante vem fazendo má partida, brigando com a bola e perdendo vários gols, o que provoca vaias e mais vaias. Mas o “Caveirão” marca o gol da vitória, e o estádio cria o irreverente coro “ih, f..., o Souza apareceu”. Souza se torna figura importante na conquista dos Estaduais 2007 e 2008 e da antológica arrancada que leva o Flamengo ao terceiro lugar do Brasileiro 2007. Em resposta à estridente choradeira do elenco e da Diretoria do Botafogo por causa da marcação (correta) de um pênalti na Taça Guanabara 2008, comemora, contra o Cienciano-PER, seu gol com gestos que emulam alguém chorando, o que inflama a torcida. No segundo semestre, valorizado, é vendido ao futebol grego. Encerra a carreira em 2018, atuando pelo Madureira, clube que o revelou.

 

ROMÁRIO (1995-1996, 1996-1997, 1998-1999)

Cria da base do Olaria, logo é recrutado pelo Vasco, que percebe o extraordinário talento deste atacante baixinho mas muito veloz, dotado de uma técnica incomum e de uma quase perfeita capacidade de finalização. Estreia no cruzmaltino em 1985, iniciando um período áureo no futebol carioca, marcado por um duelo com o rubro-negro Bebeto, que reedita os embates entre Zico e Roberto Dinamite na década anterior. Após ser decisivo na conquista do Estadual 1988, é vendido para o PSV-HOL, iniciando longa e vitoriosa carreira na Europa. No final de 1994, já consagrado, Campeão da Copa do Mundo e eleito melhor jogador do planeta, resolve voltar ao Brasil e, após prolongada negociação, vai defender o Flamengo, na mais espetacular contratação da história do futebol brasileiro. No entanto, a falta de foco e os problemas do clube tornam 1995 uma temporada desastrosa e, apesar de confirmar seu ímpeto goleador, Romário amarga um ano sem nenhum título mais relevante que a Taça Guanabara que ganha do Botafogo (3-2, com três gols seus). Em 1996, mordido com as críticas e mobilizado com a possibilidade de ir às Olimpíadas, Romário voa no Estadual, que o Flamengo conquista invicto. O Baixinho estabelece a assombrosa marca de 26 gols, nunca mais igualada. No segundo semestre, Romário é vendido ao Valencia-ESP mas, com o fracasso de Bebeto, a Diretoria rubro-negra investe na volta do Baixinho, por empréstimo. Romário não consegue classificar o Flamengo à Segunda Fase do Brasileiro 1996, mas vive ótima fase no ano seguinte, embora novamente não tenha êxito em conquistar títulos de destaque (perde as Finais do Rio-SP e da Copa do Brasil). Como consolo, retorna à Seleção Brasileira. No início de 1998, após mais seis meses de Valencia, Romário é novamente contratado pelo Flamengo, dessa vez em definitivo. No entanto, é mais uma temporada marcada pelo brilho individual do jogador e por maus resultados da equipe (que chega a brigar contra o rebaixamento no Brasileiro). Somente em 1999 Romário parece, enfim, encontrar o equilíbrio entre seu talento e um time com coadjuvantes de nível suficiente para almejar voos maiores. Brilha na conquista de mais um Estadual (sendo, pelo quarto ano seguido, o artilheiro da competição) e, com atuações magníficas, lidera um Flamengo que chega a disputar a liderança do Brasileiro 1999. No entanto, desavenças com a Diretoria fazem a temporada desandar e desaguar em um final melancólico, cuja “cereja na torta” é o incidente disciplinar protagonizado pelo Baixinho e mais alguns jogadores em Caxias do Sul, após o último jogo do Brasileiro. Romário é afastado, tem o contrato rescindido (voltará para o Vasco) e vê, de longe, o Flamengo conquistar a Copa Mercosul 1999 (da qual, mesmo sem atuar no fim, termina como artilheiro). Mas, apesar da nítida falta de títulos de expressão pelo rubro-negro, a relação com a torcida do Flamengo é tão intensa que até hoje Romário se refere com particular carinho à sua passagem pelo rubro-negro. É o quinto maior artilheiro da história do Flamengo, com 204 gols.

 

MARQUINHO (1985-1987)

Espécie de “décimo-segundo jogador” do Vasco, atua como “falso-ponta” pela esquerda, por conjugar fôlego de “formiguinha”, aplicação tática e capacidade de executar dribles e tabelas curtas. No entanto, justamente por não ser um especialista no meio ou no ataque, sofre para ganhar espaço no cruzmaltino. Nem mesmo o gol que marca na Final do Estadual 1982, quebrando um jejum vascaíno de 5 anos sem títulos, altera seu status. Após constantes atritos com treinadores, Marquinho enfim é negociado no início de 1985, numa troca pelo volante Vítor. No rubro-negro, Marquinho reencontra o treinador Zagalo, que o lançou nos profissionais, e finalmente deslancha. Seu início é impressionante, com destaque para os três gols que marca num 7-0 sobre o Santa Cruz e o gol de falta que classifica o Flamengo à Segunda Fase do Brasileiro 1985 no último minuto, num 1-0 contra o Grêmio. As boas atuações fazem chegar a ser cogitada uma convocação à Seleção Brasileira. Nos anos seguintes, Marquinho se torna uma espécie de “ponto de equilíbrio” e, sem jamais perder a condição de titular, é peça importante na conquista do Estadual 1986 (com grande atuação na Final contra o Vasco). Em 1987, a ascensão de Zinho, mais jovem e habilidoso, começa a ameaçar seu espaço, mas ainda assim Marquinho segue titular na campanha do Estadual, em que marca contra o Fluminense o gol do título do Terceiro Turno, num lance rigorosamente idêntico ao da Final de 1982. No segundo semestre, a Diretoria resolve apostar em Zinho e vende Marquinho ao Atlético-MG, numa transação que envolve o retorno de Nunes à Gávea.

 

Links capítulos anteriores:

Parte I: Flamengo – Corinthians

Parte II: Flamengo – Fluminense

Parte III: Flamengo –Internacional

Parte IV: Flamengo – Botafogo

Parte V: Flamengo – Cruzeiro

Parte VI: Flamengo – Grêmio