Saudações flamengas a todos,
Breve pausa para a Data FIFA, num
raro momento de paz e mesmo esperança nessa temporada até aqui marcada por
decepções. De qualquer forma, a recente sequência positiva permite sonhar. Que
a Diretoria, ao contrário das janelas recentes, dessa vez traga reforços realmente
capazes de fazer a diferença.
Enquanto isso, vamos avançando na
série “Caminhos da Bola”, dessa vez com o Vasco, recente adversário
categoricamente goleado (essa série se propõe a elaborar um “time” com onze
jogadores que, quando chegaram ao Flamengo, ostentavam uma identificação única
ou maior com determinado clube, mesmo não sendo o de origem direta). O
intercâmbio de jogadores entre os dois clubes tem sido frequente ao longo das
últimas décadas, e vários nomes (Célio Silva, Rômulo, William, Yan, Leo Lima,
entre outros) ficaram de fora da “lista de onze”. Não deixa de ser interessante
constatar que, nessa lista, praticamente todos os jogadores tiveram passagem
controversa ou discutível pelo rubro-negro, especialmente os protagonistas.
SÉRIE “CAMINHOS DA
BOLA”
VII
FLAMENGO - VASCO
PIMENTEL (1998-2000, 2001)
Um dos expoentes de uma brilhante
geração de talentos revelados pelo Vasco (ganha a Copa São Paulo 1992), cai nas
graças da torcida ao se tornar uma das peças importantes na conquista do Tri Estadual
(1992-94), com seu jogo de muita disposição, fôlego e um chute potente. Mas,
com o tempo e o desgaste de más campanhas vascaínas nos anos subsequentes, é
negociado com o Palmeiras em 1997, desembarcando na Gávea no ano seguinte, como
mais uma tentativa para resolver o crônico problema na lateral-direita do
Flamengo. No rubro-negro vive altos e baixos, chegando, por vezes, a ser
barrado pelos improvisados Maurinho e Fábio Baiano, mas tem participação ativa
no título do Estadual 1999, além da Copa Mercosul do mesmo ano (já como
reserva). No início de 2000, acerta transferência para o São Paulo. Chega a
retornar ao Flamengo em 2001, mas, lesionado, quase não é utilizado. Ainda roda
por clubes menores antes de encerrar a carreira, em 2006.
FERNANDO (1989-1990)
Revelado na Portuguesa Santista,
logo se transfere para o Santos, fazendo parte do plantel Campeão Paulista
1984. No ano seguinte, sem espaço na forte zaga do alvinegro praiano, é
negociado com o Vasco, onde não demora a se destacar, liderando o time que
conquista o Bicampeonato Estadual em 1987-1988, mostrando impressionante número
de gols marcados para um zagueiro. Ainda em 1988, divide uma bola com o lateral
Márcio Nunes, do Bangu, e o lance inutiliza o jogador alvirrubro (que, anos
antes, acertara o joelho de Zico) para o futebol. Após a fraca campanha
vascaína no Estadual 1989, Fernando vai atuar no futebol português, mas poucos
meses depois volta ao Brasil, contratado pelo Flamengo, numa espécie de
“resposta” ao Vasco pela saída de Bebeto. Fernando se firma na zaga
rubro-negra, destacando-se mesmo em um período difícil. Confirmando sua vocação
goleadora, marca, no jogo de ida da Final da Copa do Brasil 1990, o tento que
acaba sendo o do título do Flamengo. Ao final da temporada de 1990, o Flamengo
resolve negociar alguns medalhões e apostar na base, e Fernando é vendido ao
Atlético-MG. Encerra a carreira em 1996, na mesma Portuguesa Santista que o
projetou.
JORGE LUIZ (1995, 1996)
Inicialmente volante, é deslocado
para a posição de zagueiro, onde começa a chamar atenção. Após passagem pelo
futebol paulista, chega ao Vasco em 1990, ganhando a simpatia da torcida com
seu futebol de razoável técnica e impressionante capacidade de anotar gols de
falta. Destaca-se na campanha do Tricampeonato Estadual 1992-1994. Em 1995,
após breve passagem pelo Guarani, chega ao Flamengo, integrando robusto pacote
de reforços cujo destaque é Romário. Mas, no Estadual, é estigmatizado pelo
péssimo desempenho do sistema defensivo e, no segundo semestre, sai emprestado
ao Atlético-MG. No ano seguinte, retorna ao Flamengo e dá a volta por cima,
formando, ao lado de Ronaldão, uma zaga bem mais convincente. Ao final do
Estadual, que o Flamengo conquista de forma invicta, é negociado com o
Atlético-PR. Em sua passagem pela Gávea, marca cinco gols de falta. Encerra a
carreira em 2003, defendendo o América-RJ.
RAFAEL VAZ (2016-2017)
Chega ao Vasco em 2013, após
rodar por vários clubes e se destacar defendendo o Ceará. No cruzmaltino, onde
é comparado ao antigo ídolo Dedé, até começa bem, mas sucumbe junto com a
mediocridade do time, que termina o ano rebaixado à Série B. Nas temporadas
seguintes perde espaço e chega a treinar em separado, mas começa a se recuperar
no final de 2015, mesmo sem conseguir evitar mais um rebaixamento à Série B.
2016 marca sua redenção no Vasco, quando marca o gol do título Estadual (o
último do clube) e classifica o time na Copa do Brasil, com um gol nos
acréscimos contra o CRB. No segundo semestre, não renova com o Vasco e se
transfere para o Flamengo, que vive grave problema na posição. Ao lado de
Réver, forma uma zaga segura e eficiente, ajudando o rubro-negro a disputar o
título do Brasileiro e a se classificar para a Libertadores. Mas, em 2017, Vaz
cai de produção e começa a ser contestado pela torcida. A frustrante temporada,
em que nenhum título nacional ou continental é conquistado, decreta o fim da
passagem no clube, não sem antes justificar, enfim, sua fama de
“zagueiro-artilheiro” e marcar um gol importante, na partida contra o Vitória
que classifica o Flamengo para a Libertadores 2018. No final da temporada, é
emprestado à Universidad-CHI e não retorna mais. Hoje defende o São
Bernardo-SP.
FABIANO ELLER (2003-2004)
Emerge das divisões de base do
Vasco, migrando da lateral-esquerda para a posição de volante. Participa das
várias conquistas do cruzmaltino do período entre 1997 e 2000, mostrando um
futebol de boa técnica, regularidade e espírito competitivo. Em 2003, após
curta passagem pelo Palmeiras, chega ao Flamengo e não demora a se tornar um
dos principais jogadores de uma equipe bastante limitada. Agora deslocado para
a zaga, impressiona com atuações onde esbanja categoria e mesmo gols, como o
marcado na primeira partida da Final do Estadual 2004, contra o Vasco (que o
Flamengo conquista), ou o tento que dá ao Flamengo difícil triunfo contra o
Vitória no Barradão (1-0), pela Semifinal da Copa do Brasil do mesmo ano. No
entanto, os problemas financeiros do Flamengo fazem com que seja transferido ao
futebol do Qatar. Mais tarde, vive seu auge no Internacional, onde conquista
duas Libertadores e um Mundial. Encerra a carreira no futebol do Espírito
Santo, sua terra natal.
FELIPE (2003-2004)
Lateral-esquerdo de extremo
talento, dono de um drible imparável e grande capacidade de progressão
vertical, habilidades desenvolvidas no futsal, estreia no Vasco em 1996, e a
partir de então se torna um dos pilares da mais vitoriosa fase da história
cruzmaltina. E, com a saída de Edmundo, chega, em determinados momentos,
como a conquista da Libertadores ou o Vice-Campeonato Mundial, ambos em 1998, a
se tornar o principal jogador da equipe. No entanto, com o tempo seu
temperamento difícil faz com que colecione confusões e problemas, como as
constantes brigas com treinadores para atuar no meio-campo, sua posição
preferida. Em 2002, desgastado com os atritos com a Diretoria vascaína (muito
por conta de atrasos salariais), é negociado com o Galatasaray-TUR. No ano
seguinte, o Flamengo, em resposta à contratação de Petkovic pelo rival, mostra
interesse em repatriar Felipe, o que consegue após o jogador obter a rescisão
do seu contrato com os turcos. Na Gávea, Felipe recebe a camisa 10, a faixa de
capitão e revive a alcunha de Maestro. Mas o início é claudicante, marcado por
algumas lesões. Apenas em 2004 o jogador, agora atuando aberto na direita,
explode. Colocando “a bola debaixo do braço”, comanda a histórica virada sobre
o Fluminense (4-3), o “Fla-Flu da Poeira”, pelo Estadual. Mas é contra o
ex-clube (e seus desafetos da respectiva Diretoria) que Felipe exibe seu
melhor. Na Semifinal da Taça Guanabara (2-0), protagoniza uma das maiores
atuações individuais da história recente do Maracanã, numa exibição tão
desconcertante que chega a ser comparado a Garrincha. Na Final do Estadual,
enlouquece e entorta o lateral vascaíno Coutinho, a ponto de provocar sua
expulsão. Com o Flamengo campeão, Felipe é eleito o melhor jogador da
competição e retorna à Seleção Brasileira. Mas a traumática perda da Copa do
Brasil e as constantes brigas com a Diretoria por questão de pagamento de
salários, além das recorrentes lesões que o tiram de vários jogos importantes,
minam sua relação com a torcida. No último jogo do ano, que o Flamengo precisa
vencer o Cruzeiro para escapar do descenso, Felipe novamente brilha, mas, após
marcar um gol de placa (o último na goleada de 6-2), atira a camisa para o
alto, num gesto que muitos interpretam como desprezo ao clube. No fim do ano,
transfere-se para o Fluminense. Encerra a carreira no final de 2013, também no
tricolor, após ter retornado ao Vasco. Hoje atua como treinador.
WILSINHO (1982)
Ponta-direita muito veloz e de
boa finalização, costumando fechar em diagonal para o arremate, destaca-se no
Vasco que conquista o Estadual 1977, chegando a ser convocado para a Seleção
Brasileira e ganhando o apelido de “Xodó da Vovó”, em alusão a um desenho
animado da época. No entanto, a carência de títulos nos anos seguintes (o Vasco
acumula um Vice Brasileiro e um PentaVice Estadual) faz com que, após uma
pálida campanha no Brasileiro 1982, a Diretoria vascaína comece a reformular
seu plantel. Assim, aceita proposta do Flamengo, que compra o jogador à vista,
atendendo assim a um antigo anseio da Diretoria rubro-negra e do Treinador Carpegiani, que deseja um ponta “de ofício” para
encorpar o multicampeão elenco. Mas as indefinições do técnico (que altera em
demasia as escalações da equipe, sem cravar um time titular) atrapalham a
sequência de Wilsinho que, tímido, não consegue se soltar no rubro-negro. Ainda
assim, é um coadjuvante que contribui com assistências e gols, embora jamais
repita o futebol dos tempos de Vasco e chegue a ser vaiado. Entra no final da
partida contra o América, pelo Triangular Final do Estadual 1982 e marca o gol
da suada vitória (1-0), que mantém o Flamengo vivo na competição. No entanto, a
decepção no final do ano faz com que o rubro-negro se desfaça de algumas peças,
e Wilsinho é negociado com o Fluminense, trocado pelo também ponta Robertinho.
Encerra a carreira em 1988, atuando pelo Volta Redonda, após sofrer com
sucessivas lesões.
EDMUNDO (1995)
Surge de forma bombástica no
Vasco no Brasileiro 1992, formando um ataque mortífero com Bebeto e mostrando
muita técnica e faro goleador. Termina a competição como revelação e destaque,
e assume de vez o protagonismo da equipe no Estadual conquistado pelo
cruzmaltino, aparecendo como um dos talentos mais promissores do país, o que o
leva a ser negociado com o Palmeiras, onde, em um time milionário, ganha o
apelido de “Animal” e acumula títulos, gols e confusões, por conta de seu
temperamento extremamente complicado. Em 1995, cansada dos problemas causados
pelo atacante (que briga com companheiros, adversários, árbitros, jornalistas e
chega a ser preso no Equador), a Diretoria palmeirense não dificulta a saída de
Edmundo. O Flamengo, diante da oportunidade, desiste de contratar o meia
Amoroso (com quem negociava) e, superando o Botafogo, investe no “Animal”, para
a montagem, ao lado de Romário e Sávio, de um pretenso “ataque dos sonhos” para
o segundo semestre. Mas Edmundo em nenhum momento consegue um bom rendimento,
tragado pela temporada caótica do Flamengo. Algumas fugazes boas atuações (em
especial, os 3-2 sobre o Vélez Sarsfield-ARG, em virada histórica pela
Supercopa) são ofuscadas pela miríade de confusões que arruma (é agredido pelo
argentino Zandona no jogo de volta contra o Vélez, bate boca publicamente com
companheiros em entrevistas, entre outras lambanças). Na partida contra o
Vasco, faz gestos obscenos à torcida cruzmaltina, o que lhe vale uma suspensão
de quatro meses. Mas, antes da sentença, fratura o tornozelo em um 0-0 contra o
Internacional, no Beira-Rio. Durante a inatividade, envolve-se em um grave
acidente de automóvel que causa a morte de duas pessoas, chegando a ser
condenado. No final do ano, é emprestado para o Corinthians e, no meio de 1996,
é vendido para o Vasco, com quem vive relação de idas e vindas, e por onde se
aposenta em 2008, após o rebaixamento à Série B.
SOUZA (2007-2008)
Centroavante grandalhão, um tanto
desengonçado mas bastante eficiente no jogo aéreo e de personalidade,
projeta-se no Vasco no início do século, destacando-se na conquista do Estadual
2003, no qual marca o gol do título, contra o Fluminense (2-1). Em 2006 vive
seu clímax, quando se torna o artilheiro do Brasileiro defendendo o Goiás, o
que acende o interesse do Flamengo, que pensa em vender o valorizado Obina para
a Rússia (o que acaba não acontecendo). Assim, em 2007 Souza chega ao
rubro-negro, e já na estreia contra o Boavista pela Taça Guanabara, a relação
turbulenta que cultivará com a torcida se mostra viva. O atacante vem fazendo
má partida, brigando com a bola e perdendo vários gols, o que provoca vaias e
mais vaias. Mas o “Caveirão” marca o gol da vitória, e o estádio cria o
irreverente coro “ih, f..., o Souza apareceu”. Souza se torna figura importante
na conquista dos Estaduais 2007 e 2008 e da antológica arrancada que leva o
Flamengo ao terceiro lugar do Brasileiro 2007. Em resposta à estridente
choradeira do elenco e da Diretoria do Botafogo por causa da marcação (correta)
de um pênalti na Taça Guanabara 2008, comemora, contra o Cienciano-PER, seu gol
com gestos que emulam alguém chorando, o que inflama a torcida. No segundo
semestre, valorizado, é vendido ao futebol grego. Encerra a carreira em 2018,
atuando pelo Madureira, clube que o revelou.
ROMÁRIO (1995-1996, 1996-1997, 1998-1999)
Cria da base do Olaria, logo é
recrutado pelo Vasco, que percebe o extraordinário talento deste atacante
baixinho mas muito veloz, dotado de uma técnica incomum e de uma quase perfeita
capacidade de finalização. Estreia no cruzmaltino em 1985, iniciando um período
áureo no futebol carioca, marcado por um duelo com o rubro-negro Bebeto, que
reedita os embates entre Zico e Roberto Dinamite na década anterior. Após ser
decisivo na conquista do Estadual 1988, é vendido para o PSV-HOL, iniciando
longa e vitoriosa carreira na Europa. No final de 1994, já consagrado, Campeão
da Copa do Mundo e eleito melhor jogador do planeta, resolve voltar ao Brasil
e, após prolongada negociação, vai defender o Flamengo, na mais espetacular
contratação da história do futebol brasileiro. No entanto, a falta de foco e os
problemas do clube tornam 1995 uma temporada desastrosa e, apesar de confirmar
seu ímpeto goleador, Romário amarga um ano sem nenhum título mais relevante que
a Taça Guanabara que ganha do Botafogo (3-2, com três gols seus). Em 1996,
mordido com as críticas e mobilizado com a possibilidade de ir às Olimpíadas, Romário
voa no Estadual, que o Flamengo conquista invicto. O Baixinho estabelece a
assombrosa marca de 26 gols, nunca mais igualada. No segundo semestre, Romário
é vendido ao Valencia-ESP mas, com o fracasso de Bebeto, a Diretoria
rubro-negra investe na volta do Baixinho, por empréstimo. Romário não consegue
classificar o Flamengo à Segunda Fase do Brasileiro 1996, mas vive ótima fase
no ano seguinte, embora novamente não tenha êxito em conquistar títulos de
destaque (perde as Finais do Rio-SP e da Copa do Brasil). Como consolo, retorna
à Seleção Brasileira. No início de 1998, após mais seis meses de Valencia,
Romário é novamente contratado pelo Flamengo, dessa vez em definitivo. No
entanto, é mais uma temporada marcada pelo brilho individual do jogador e por
maus resultados da equipe (que chega a brigar contra o rebaixamento no
Brasileiro). Somente em 1999 Romário parece, enfim, encontrar o equilíbrio
entre seu talento e um time com coadjuvantes de nível suficiente para almejar
voos maiores. Brilha na conquista de mais um Estadual (sendo, pelo quarto ano
seguido, o artilheiro da competição) e, com atuações magníficas, lidera um
Flamengo que chega a disputar a liderança do Brasileiro 1999. No entanto,
desavenças com a Diretoria fazem a temporada desandar e desaguar em um final
melancólico, cuja “cereja na torta” é o incidente disciplinar protagonizado
pelo Baixinho e mais alguns jogadores em Caxias do Sul, após o último jogo do
Brasileiro. Romário é afastado, tem o contrato rescindido (voltará para o
Vasco) e vê, de longe, o Flamengo conquistar a Copa Mercosul 1999 (da qual,
mesmo sem atuar no fim, termina como artilheiro). Mas, apesar da nítida falta
de títulos de expressão pelo rubro-negro, a relação com a torcida do Flamengo é
tão intensa que até hoje Romário se refere com particular carinho à sua
passagem pelo rubro-negro. É o quinto maior artilheiro da história do Flamengo,
com 204 gols.
MARQUINHO (1985-1987)
Espécie de “décimo-segundo
jogador” do Vasco, atua como “falso-ponta” pela esquerda, por conjugar fôlego
de “formiguinha”, aplicação tática e capacidade de executar dribles e tabelas
curtas. No entanto, justamente por não ser um especialista no meio ou no ataque, sofre para ganhar
espaço no cruzmaltino. Nem mesmo o gol que marca na Final do Estadual 1982,
quebrando um jejum vascaíno de 5 anos sem títulos, altera seu status. Após
constantes atritos com treinadores, Marquinho enfim é negociado no início de
1985, numa troca pelo volante Vítor. No rubro-negro, Marquinho reencontra o
treinador Zagalo, que o lançou nos profissionais, e finalmente deslancha. Seu
início é impressionante, com destaque para os três gols que marca num 7-0 sobre
o Santa Cruz e o gol de falta que classifica o Flamengo à Segunda Fase do Brasileiro 1985 no
último minuto, num 1-0 contra o Grêmio. As boas atuações fazem chegar a ser
cogitada uma convocação à Seleção Brasileira. Nos anos seguintes, Marquinho se
torna uma espécie de “ponto de equilíbrio” e, sem jamais perder a condição de
titular, é peça importante na conquista do Estadual 1986 (com grande atuação na
Final contra o Vasco). Em 1987, a ascensão de Zinho, mais jovem e habilidoso,
começa a ameaçar seu espaço, mas ainda assim Marquinho segue titular na
campanha do Estadual, em que marca contra o Fluminense o gol do título do
Terceiro Turno, num lance rigorosamente idêntico ao da Final de 1982. No
segundo semestre, a Diretoria resolve apostar em Zinho e vende Marquinho ao
Atlético-MG, numa transação que envolve o retorno de Nunes à Gávea.
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Parte II: Flamengo – Fluminense
Parte III: Flamengo –Internacional
Parte IV: Flamengo – Botafogo
Parte V: Flamengo – Cruzeiro
Parte VI: Flamengo – Grêmio