quinta-feira, 15 de junho de 2023

A roupa nova do urubu


Flamengo enfim parou o carro para que Sampaoli possa trocar os pneus com ele parado. Dias intensos de treinamentos para que o técnico possa colocar o time nos eixos de seu sistema posicional. O que advirá disso, além de possíveis contusões e estouro da musculação visto que o setor de fisiologismo é ruim ou desrespeitado pela comissão técnica, não sabemos. Muitos técnicos quanto mais treinam, pior o time fica. Porque o elenco, como um grupo, tem o seu modo de jogar anímico pois juntos há algumas temporadas. 

Não é fácil mudar a postura em pouco tempo. Daí que muitos clubes dão tempo ao técnico de implementar sua filosofia ao mesmo tempo que vão trocando o elenco. Flamengo não faz uma coisa ou outra. Vai mantendo o mesmo elenco envelhecido enquanto contrata um técnico de escola diferente do treinador anterior e pressiona para que o sujeito execute milagres a curto prazo. E o problema que a contratação deste treinador não segue qualquer critério técnico ou científico. Como toda diretoria deslumbrada e semiprofissional escolhe por critérios de grife ou "para ficar bem na fita", embora Dorival tenha sido por desespero mesmo. Resultado? Treinador não produz direito, elenco não consegue combinar com o sujeito. E considerando a forma provavelmente paternalista e arcaica como o vestiário do Flamengo é conduzido por Marcos Braz e seus gerentes de igual qualidade, o resultado é visto em campo, com jogadores correndo para não chegar e perdendo corridas para adversários mais veteranos.

Porém hoje, 15 de junho, o momentum é outro. Sampaoli apesar de várias críticas iniciais conseguiu conduzir este trem desgovernado. O Flamengo permanece vivo em todas as competições que participa inclusive Libertadores e Copa do Brasil. Está no G3 do campeonato brasileiro, conseguindo uma recuperação digna e diria surpreendente, dada a terra arrasada. Algo similar ao que Dorival fez ano passado. 

Flamengo, portanto, enquanto prosseguir com esta diretivas de gestão, que não privilegia a qualidade de seus profissionais de staff, não contrata uma direção técnica de primeiro nível para nortear as ações executivas e planejamento estratégico continuará perdendo tempo importante e títulos deixados pela caminho. 

Esperemos portanto que o time depois desta pausa volte melhor e mais adequado as ideias do Sampaoli e não as rejeitem em campo como se fossem uma bactéria nociva. O preocupante é a ausência de Ayrton Lucas e Pedro nesta preparação.