quinta-feira, 2 de março de 2023

Quem não escolhe o melhor não pode reclamar do resultado.



 Flamengo escolheu manter um padrão anos 90 em seu futebol através do Marcos Braz, hoje um vereador (não sei o que fazia antes), turbinado pela montagem de um Conselho de Amadores, indicados por politicagem de clube de bairro, para brincarem de influenciadores em um negócio bilionário. Através disso as escolhas técnicas dependem de agentes parceiros que jogam no colo do charuteiro todo tipo de indicação de jogador e técnico. O CIM, outrora, Centro de Inteligência, aparentemente só tem a serventia de validar escolhas bizarras dos amadores reunidos. 

Flamengo hoje tem muito dinheiro. Graças ao trabalho árduo executado desde 2013 que pretendeu organizar administrativamente o clube. E conseguiu. Até Landim chegar. E através dele voltou com força alas políticas internas do clube que constantemente votavam contra contra qualquer emenda estatutária de modernização do clube. As tais forças do atraso.  O Flamengo deixado forte financeiramente em 2019 teve contratações excelentes ainda que algumas na sorte. Poderiam aproveitar o momento único e partir para uma fase 2 no futebol. A profissionalização absoluta.

Mas o que se deu foi um desastre. Embora forte financeiramente, a gestão de futebol do Flamengo soluça em meio a erros em sequencia, particularmente na escolha de comissões técnicas e staff profissional de apoio. O futebol ainda é conduzido por Marcos Braz, aquele que em 2010 destruiu o time campeão de 2009 promovendo a diferença explícita de tratamento entre os medalhões e o resto. E o que Marcos Braz entrega? Sim. Alguns títulos. Oba. Mas um trabalho que dado o orçamento deveria ser muito superior. O Flamengo não tem peças de reposição decentes em várias posições de campo. O Flamengo ficou 60 dias de férias, destruindo o físico dos jogadores quiçá comprometendo a temporada inteira. Mas porque? Porque de tanto envolvimento deste sujeito no vestiário, se tornou amigo e parceiro de churrasco. Não pode contrariar, tem que agradar sempre.

E agora? Perdeu 3 títulos diretos com Vitor Pereira, um técnico que absolutamente não serve para este elenco, de jogadas pelo meio. Vitor Pereira é um técnico de correria, ligações diretas, tudo que este elenco não tem. Claro. Uma empresa bilionária teria os melhores analistas para montarem o perfil adequado de seu gerente de projeto. No Flamengo, não. É um sujeito desqualificado e arrogante. Logo, o projeto vai para a privada até chamarem um outro salvador. Alguém que os jogadores aceitem e corram. Então, pela ainda superioridade técnica e não tática, conseguem algum bom resultado. Isto é supremacia? Não. Desperdiçamos oportunidade? Sim.

Flamengo tem como seu preparador de goleiros do profissional o irmão do ex-zagueiro Fabiano Eller. Que começou desde a base. E ajudou a formar esta geração de goleiros que vem da base, onde um após o outro mantém falhas graves em todos aspectos técnicos.  E vem o Santos, bem preparado no CAP, chega no Flamengo e o que lhe acontece? Deteriora sensivelmente, a ponto da torcida perder a confiança. Culpa dele? Não e Sim. Se fosse mais esperto e dono de si, expressaria sua insatisfação quanto aos treinamentos, que não o está levando a lugar algum. 

Flamengo não teve nenhum preparador físico que expressasse sua preocupação com estes 60 dias absurdos de férias e no que isto poderia resultar. 

Flamengo é uma barafunda caótica. Landim se escora no Marcos Braz enquanto só aparece como pavão nos títulos que o Flamengo ainda consegue conquistar. Mas hoje o Flamengo é um time que não se aposta com segurança para sequer ganhar do Vasco. 

Agora o que fazer do Vitor Pereira? Até os amadores deslumbrados que se acham importantes no futebol sabem que erraram. Mas quanto ao Flamengo instituição seria péssimo demitir o sujeito agora. Como sensibilizaria outro treinador estrangeiro para vir para cá? Só viria por uma montanha de dinheiro, inclusive multa rescisória. Flamengo tem que esperar que Vitor Pereira se reinvente. Mas não vai. Isto nunca ocorre. E daqui a pouco irá sair e talvez o Flamengo pague um caminhão de dinheiro ao Dorival, repetindo o ciclo.