Salve Buteco! Primeiramente, quero deixar claro que, na minha avaliação, o treinador Vítor Pereira derreteu no cargo. Trata-se, a partir de agora, de um "dead man walking". Não é o que eu, vocês ou o restante dos 40 milhões achamos ou deixamos de achar; é simplesmente como as coisas são no Flamengo.
E sim, continuo achando que o português é o "menor culpado", pois não tem o mínimo envolvimento no irresponsavelmente esculhambado planejamento da temporada, mas ao mesmo tempo penso que, dentro da curta e rasa margem de manobra possuía, tem sua parcela de culpa por haver haver apostado todas as suas fichas e decidido morrer abraçado com jogadores que atualmente não possuem a menor condição física para competir em um esporte de alto rendimento como o futebol profissional.
E é justamente nesse ponto que vejo uma importante diferença entre os contextos dos cenários que marcaram as passagens de Paulo Sousa e Vítor Pereira no Flamengo. Enquanto Dorival Júnior, em seu primeiro treino, elogiou a preparação física do elenco, é fato notório que a irresponsável extensão das férias concedidas aos jogadores entre novembro e dezembro de 2022 "matou" a pré-temporada de 2023, a qual acabou sendo curta e fracionada, produzindo efeitos deletérios diretos na preparação física dos atletas e nos resultados e desempenho dentro de campo.
O Romântico teve uma pré-temporada de qualidade para os padrões brasileiros, enquanto o "Pouco Afetivo" herdou um cenário de completa desmobilização às vésperas de uma Supercopa do Brasil e um Mundial de Clubes FIFA.
O Romântico caiu por suas próprias escolhas e de seu exótico preparador de goleiros; o Pouco Afetivo cairá porque se enrolou ao subestimar o cenário com o qual tem que lidar.
Não sou um expert no tema, mas temo que esse problema da miserável pré-temporada do Flamengo se estenda por todo o ano de 2023, que está apenas começando... E sinto informar-lhes, mas acho que tudo tende a piorar um bocado quando o calendário apertar e vier o desgaste.
O Flamengo olhou para o abismo, que o fitou de volta, diria o insano filósofo alemão.
Não perderei meu tempo defendendo a manutenção e nem a queda de nenhum treinador, e nem tampouco me desgastando por pensar em outro nome, enquanto o vice-presidente de futebol for o senhor vereador.
Pensem bem: por que eu faria diferente? Apenas para vê-lo fazer mais uma de suas questionáveis escolhas?
Apertem os cintos...
A palavra está com vocês.
Bom dia e SRN a tod@s.
