E os treinadores? Bem, desde o último encontro com o Del Valle e até chegar a Vítor Pereira, o Flamengo demitiu Domènec Torrent e passou por Rogério Ceni, Renato Portaluppi, Paulo Sousa e Dorival Júnior. Já o Del Valle, desde o último encontro com o Flamengo, terminou normalmente a temporada/2020 com Miguel-Ángel Ramírez, que foi substituído pelo português Renato Paiva, hoje no Bahia, o qual deixou o clube (não foi demitido) um ano e meio depois para treinar o León do México, tendo sido substituído pelo atual treinador, o argentino Martín Anselmi, que está no cargo desde 30 de maio de 2022.
Os clubes se reencontram num cenário parecido com o dos dois últimos confrontos, qual seja, de incerteza sobre a comissão técnica estrangeira rubro-negra e aparente maior organização e estabilidade da equipe equatoriana.
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Nessas idas e vindas de treinadores do Flamengo, ao longo dos anos, costumo gostar quando consigo identificar qualidades positivas em alguns deles, enchendo-me de esperanças, e acabo me frustrando quando não evoluem no clube para serem profissionais melhores. Por exemplo, os casos de Zé Ricardo e Rogério Ceni, em quem inclusive vejo traços em comum, a despeito das filosofias de jogo completamente diferentes, talvez até antagônicas.
Os amigos certamente se recordam de como o time de Zé Ricardo muitas vezes começava bem jogos importantes, mas quando na etapa final precisava da leitura de jogo do treinador, vinham as substituições e, não raro, o desastre. Na campanha do Brasileiro/2016, os jogos contra o Atlético Mineiro, no Mineirão, e Internacional, no Beira-Rio, vêm à minha memória como exemplos, mas talvez o mais fatídico tenha sido o do Gasómetro, contra o San Lorenzo, pela 6ª Rodada da Fase de Grupos da Libertadores/2017.
Falo sobre o treinador capaz de "estudar" e até mesmo neutralizar as ações de um adversário, muitas vezes mais forte, mas que peca na leitura de jogo. É que vejo esse mesmo traço em Rogério Ceni. Quando estava no Fortaleza, o Flamengo não teve nenhum jogo fácil contra ele. E no Flamengo, assim como agora no São Paulo, são fartos os exemplos de bons jogos e duelos táticos contra, por exemplo, Abel Ferreira, do Palmeiras.
O que me intriga sobre o atual treinador do Del Valle, o jovem argentino Martín Anselmi, é como o São Paulo de Rogério Ceni foi simplesmente engolido na final da Copa Sul-Americana. Não houve um minuto sequer de superioridade tricolor durante os 90 minutos, o que não me parece normal para os padrões de um treinador como o brasileiro, que tem seus defeitos e muito a evoluir (se é que evoluirá), mas está muito longe de ser um ignorante na parte tática.
O São Paulo Futebol Clube se arrastou durante a temporada/2022, administrando, com um elenco curto e problemas estruturais, o Campeonato Brasileiro e o avanço nas duas copas. É claro que a quantidade de jogos e esse contexto pesaram no desempenho da final da Sul-Americana. Por isso mesmo, é difícil apontar qual foi o fator que prevaleceu, mas pelo sim e pelo não, é bom o nosso experiente treinador Vítor Pereira ficar de olhos bem abertos com relação a esse jovem treinador argentino.
Estou com o pressentimento de que se trata de uma nova revelação da categoria.
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O elenco do Del Valle tem um perfil parecido com o de dois anos atrás e alguns de seus jogadores são nossos velhos conhecidos, como o zagueiro Richard Schunke, os laterais Anthony Landázuri e Beder Caicedo, o volante Christian Pellerano, os meias Lorenzo Faravelli e Júnior Sornoza, além do atacante Michael Hoyos e da talentosa garotada característica do modelo de formação de base, adotado pelo clube.
Olhos abertos no alto e forte ponta direita argentino Lautaro Díaz, que foi muito bem na final da Sul-Americana.
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O Independiente del Valle receberá o Flamengo em seu novíssimo estádio multiuso, o Banco Guayaquil, com capacidade para 12.000 (doze mil) espectadores, localizado na parroquia rural de Amaguaña, jurisdição do distrito metropolitano de Quito, na Província Pichincha.
As informações sobre a altitude da localização do estádio me pareceram desencontradas. A altitude média da região é de 2.620 msnm, isso porque, se a parte mais baixa está a 444 msnm, as mais altas variam entre 2.780 a 4.210 msnm. Contudo, o site StadiumDB, especializado em informações sobre estádios em geral, nesta matéria aponta a altitude de "apenas" 2.517 msnm no local em que está localizado o Estádio Banco Guayaquil.
Pelo jeito, tem muita gente equivocadamente tomando por referência a altitude dos estádios Olímpico e Casa Blanca, em Quito.
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Minha fé no treinador do Flamengo permanece firme e vem do currículo. Por currículo, refiro-me não apenas a passagens por outros clubes e os títulos conquistados, mas quem o nosso português já enfrentou, especialmente na Europa.
Vale a pesquisa.
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A palavra, como sempre, está com vocês.
Boa semana e SRN a tod@s.