Foto: Marcelo Cortes/Flamengo |
Salve, Buteco! Há um mês, neste post, eu contava para vocês que, com apenas 8 (oito) anos de idade, já percebia o sentimento anti-Flamengo em pessoas do meu convívio, tendo como uma das primeiras experiências no tema a torcida contra o Zico na Copa do Mundo de 1978, prática que passava por questionamentos, especialmente da imprensa paulista, quanto a sua titularidade no time de Cláudio Coutinho, assim como no rótulo de "jogador de Maracanã".
Deixem-me situá-los no tempo. Na época da Copa do Mundo de 1978, para quem não se ligou, o Flamengo sequer havia conquistado o título estadual daquela temporada (o gol de Rondinelli só aconteceria no dia 3 de dezembro), quanto mais o primeiro título brasileiro, que só viria em 1º de junho de 1980 (3x2 Atlético/MG, gol do Nunes), e a Libertadores (23/11/1981). Portanto, antes mesmo de conquistar o Brasil, a América do Sul e o mundo, já se odiava o Flamengo e sua torcida. A grandeza rubro-negra sempre incomodou.
Quase 45 anos depois, constato que absolutamente nada mudou. A diferença fica apenas na quantidade de taças conquistadas desde então, pelas minhas contas, 20 estaduais, 8 brasileiros, 4 Copas do Brasil, 2 Supercopas do Brasil, 1 Copa dos Campeões, 3 Libertadores, 1 Recopa Sul-Americana, 1 Mercosul, 1 Copa de Ouro Nicolás Leoz e 1 Mundial, isso se eu não me esqueci de nada. E talvez, com o aumento da população e do número de integrantes da Nação Rubro-Negra, também tenha aumentado o número de antis, sofredores e afins.
Se há algo que aprendi ao longo dos meus 53 anos de vida, dos quais há ao menos uns 49 torço conscientemente pelo Flamengo, e de tantos títulos, é que, quando a imprensa paulista critica alguma contratação de jogador ou técnico, o clube está no caminho certo. A recíproca também é verdadeira. Logo, não deveria me surpreender e nem me impressionar a rejeição à contratação de Vítor Pereira, mesmo com a peculiaridade de sua chegada suceder imediatamente o final de seu contrato com o Corinthians Paulista, evento tratado pela mídia torcedora do fedorento Tietê como um escândalo.
Só que tem um pequeno detalhe: a última vez em que vi tanto chilique foi em 2019, quando um compatriota de Vítor Pereira foi contratado. O cidadão atende pelo nome de Jorge Jesus e, evidentemente, dispensa apresentações.
Sinais que são bons agouros para o Mais Querido.
Não existe bobo no futebol e nem na imprensa. Os detratores bem sabem do "risco" de 2023 ser uma temporada marcante para o Clube de Regatas do Flamengo.
Por mais que exista a frustração por o Corinthians não conseguir ter o seu português para chamar de seu, prevalece o medo do Flamengo ter o seu segundo (o anterior não conta) a partir da exposição de sua grandeza em comparação com o time do Parque São Jorge.
Falta pouco para começar. Quinta-feira (12/1) já terá jogo e sinto que não perderemos por esperar.
A palavra está com vocês.
Bom dia e SRN a tod@s.