Salve, Buteco! 2023 "chega chegando", com o calendário punindo quem venceu duas copas em 2022, oferecendo, como "brinde especial", o atrasado Mundial da temporada anterior, a ser disputado logo no início de fevereiro. A confusão é tão grande que a FERJ e a CBF estão andando melhor do que a CONMEBOL e a FIFA. Dona FIFA, aliás, que é indiscutivelmente a maior responsável pela indefinição. Estamos no segundo dia de 2023, a menos de um mês do início do Mundial de Clubes, e sequer há definição oficial quanto às chaves e às datas das partidas.
Tenho um retorno de viagem marcado para o dia 8/2. Como faço, hein, Dona FIFA? A cada dia que passa, a possibilidade de remarcar o voo fica mais cara e menor.
Várzea com grife global.
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Seguindo a avaliação que fiz em posts anteriores, acho que a Diretoria caprichou na troca da comissão técnica e acrescento, como ponto positivo, o repatriamento do Gérson. É também possível que o bom goleiro argentino Agustín Rossi, do Boca Juniors, seja contratado já no início desse ano. Contudo, quanto ao meia colombiano Quintero, no momento a especulação menos quente quanto a reforços, tenho um pé atrás por conta de sua condição física.
Gastar energia reclamando de falta de reforços nessa janela é, antes de tudo, um exercício de abnegação. Digo isso porque considero impossível que, com a atual formatação do Departamento de Futebol, essa Diretoria mude sua filosofia de buscá-los quase que exclusivamente na Europa e, portanto, na primeira janela europeia, segunda nossa, no meio do nosso calendário.
E sendo muito sincero, a estratégia faz bastante sentido porque o mercado europeu é o centro do futebol mundial. Só que isso não significa que o clube não possa diversificar os investimentos e olhar ao menos um pouco para o mercado latino-americano. Enquanto nosso mercado não for sincronizado com o europeu, sempre conviveremos com reforços vindo de férias e chegando em cima da hora na pior parte da temporada.
Partindo da premissa de que a estratégia será mantida, a questão que me parece mais aguda, no momento, é a saída do titular Rodinei, que fez uma grande temporada e era o jogador mais agudo do elenco pelo setor direito. O que vi do Varela até aqui não indica que a reposição terá a mesma qualidade. Torço para essa primeira impressão ser equivocada.
Neste ponto, faço uma ressalva: Mundial não é e nem jamais poderá ser obrigação. Vexame é cair na semifinal, por mais difícil que seja, ou ser goleado na final. Não faz sentido montar elenco pensando o Mundial de Clubes, competição rara e efêmera no contexto de uma temporada inteira.
Mas o problema não é esse.
O setor direito do time titular, com Rodinei e Everton Ribeiro, era um dos pontos fortes da equipe, como provam os gols de classificação nas quartas-de-final da Copa do Brasil, na Arena da Baixada, e da final da Libertadores, ambas contra o mesmo adversário.
Mente quem diz que não teme Varela ou Matheuzinho enfrentando Vinicius Jr, numa possível final.
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No post de quarta-feira passada expliquei por que acho que Vítor Pereira não é um fundamentalista tático e tenho expectativa de um bom upgrade no quesito. Hoje avançarei uma casa para cravar que o maior desafio será gerir o elenco a ponto de rodá-lo com frequência.
Superado esse obstáculo, que engloba desde a cultura do futebol brasileiro, separando bem as figuras de titular e reserva, até aspectos modernos do futebol mundial, como a relação de jogadores com empresários, o céu será o limite.
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Adversário da primeira decisão de 2023, o Palmeiras terá, até a Supercopa (28/1, sábado), 5 "jogos-treino" e, pelo Paulistão, 4 jogos oficiais, dentre eles um clássico contra o São Paulo, na 3ª Rodada (link).
E o Flamengo?
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A palavra está com vocês.
Boa semana e SRN a tod@s.