quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Juventude 2 x 2 Flamengo - Sofrível



Flamengo foi a Caxias do Sul enfrentar o já rebaixado Juventude e se comportou à altura. Péssimo futebol apresentado. Um time sem gosto de jogar, sem gosto de viver, parece a vida do brasileiro afegão médio em fim de mês. 

O Flamengo vive um paradoxo. Um clube que deu férias a seus jogadores ainda que com premiação e colocação no campeonato a disputar e ao mesmo tempo não deu. Segmentando o time entre duas classes de jogadores. Os enaltecidos e os subalternos. Os primeiros foram os protagonistas das conquistas deste ano: Copa do Brasil e Libertadores. Em ambas as decisões, diga-se, não apresentando um futebol de qualidade. Os segundos ajudaram a conquistar pontos no Brasileiro e conseguiram vitórias, que, não coincidentemente, tiveram como goleiro o Santos.

Quando entra Hugo ou Diego Alves a casa cai. Infelizmente o profissionalismo decrépito do Flamengo não conta com treinador de goleiro de ponta em seu staff. Como assim, um clube de orçamento bilionário não tem treinador de goleiros? Não. Também não tem psicólogo esportivo que ajudaria a conter os altos e baixos da tensão emocional de seus caríssimos jogadores? Não. Flamengo profissionalmente ainda é mambembe, apesar dos bons resultados este ano. Quanto tempo ficará assim? Enquanto Landim estiver, sempre. Provavelmente com seus sucessores também. Como este clube conseguirá competir quando clubes alavancados financeiramente por SAFs da vida tiverem elencos realmente competitivos? Possivelmente será desmoralizado. 

Temos o Hugo, frangueiro, não sabe sair do gol e nem fechar ângulo. A culpa é totalmente dele? Não. Não tem treinamento decente. Não tem alguém para dizer: "Filhinho, escuta aqui, jogador vindo pela diagonal, tem que ir para cima dele e não ficar parado no gol que assim ele chuta no seu canto aberto....". Não tem psicólogo esportivo acompanhando uma possível fragilidade técnica por razões emocionais. Isto sem falar em lacunas graves do elenco em questão de posições.  Pedro e Gabigol se tornaram titulares. Para o time B deveria, portanto, ter um centroavante em condição de jogo. Não tem. 

Para o ano que vem se Dorival não for para a seleção brasileira, continuaremos com o técnico de repertório limitado. E se for Marcos Braz e seu dedo podre desqualificado escolherá outro técnico para perdermos tempo com ele. Enfim, para 2023 o elenco estará mais envelhecido, seria hora de mudar para tudo continuar igual, como diria Lampedusa. Tanto em termos de elenco como condução do futebol profissional. Mas mudará? Não.