Silva, O Batuta. Foto: Marcelo Tabach / Museu da Pelada Extraída do site oficial do CR Flamengo |
Salve, Buteco! Durante a semana, no Twitter, um rubro-negro criou uma feliz expressão para descrever a tática de se poupar para as copas e brincar no Brasileiro: futebol de disjuntor. É como se, a depender do contexto (na verdade, da competição), a corrente energética do time fosse ligada ou desligada, como que regulada por um disjuntor.
Sábios são os rubro-negros que se preocupam com essa estratégia. Estou acostumado ao ver o Flamengo conquistar títulos no embalo, junto da torcida. Jamais conseguirei entender o raciocínio de quem relega a terceiro plano um a competição de nada menos do que 38 (trinta e oito) datas. Está no hino: vencer, vencer, vencer. É como se a escolha fosse se desconectar e aborrecer a torcida, como se o planejamento fosse chegar às finais em crise.
O jogo de sábado, então, foi para mim um alívio. Acredito que para muitos de vocês também. O time jogou "à vera", "sério". A precoce expulsão de Luan Cândido, aos 3 minutos, mudou cedo o script da partida. Passou a ser ataque x defesa, com o Bragantino jogando entre 8 a 10 jogadores dentro da área. A famosa retranca, um verdadeiro ferrolho.
Estava em minha memória a esquisita quantidade de chuveirinhos do segundo tempo do Fla-Flu. Mas não, o time trabalhou a bola no chão, criou e marcou os quatro gols sem precisar da bola aérea, voltando a mostrar aquele jogo interno com toques curtos que desestruturam e acham os espaços na área adversária. É muito bonito de se ver, e melhor ainda quando se mostra eficaz. Não é abandonar a forte jogada da bola aérea, mas não reduzir nossa força ofensiva a só isso, especialmente quando o time perseverou e não desistiu do jogo, como em outras vezes nesse Brasileiro.
Espero mais uma partida forte, de "preparação", contra o Internacional, para depois, justificadamente, poupar visando as finais da Copa do Brasil, contra o Corinthians.
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Se há algo em que os institutos de pesquisa não erram é quanto ao tamanho da Nação Rubro-Negra, bem a sua incontestável liderança no ranking das maiores torcidas do futebol brasileiro ao longo das décadas.
Este artigo da Wikipedia confirma.
Salve a Nação Rubro-Negra, a maior do Brasil e do mundo.
O excelente perfil no Twitter Flamengo Alternativo (@FlaAlternativo - site), neste tuite, mostrou que "A vitória de ontem foi apenas a segunda do Flamengo em véspera de eleições presidenciais diretas no país desde 1945. Foram 11 jogos, com quatro empates e cinco derrotas. O outro triunfo havia sido em 1998: 3x2 no Atlético-MG."
Tabu quebrado, mas a quebra precisará ser confirmada dia 29 de novembro, em Guayaquil, na final da Copa Libertadores da América/2022.
Será um mês de ebulição na política nacional, durante o qual, entre duas finais em três partidas, o Mais Querido disputará as atenções com o segundo turno das eleições presidenciais.
Estou achando que esse inesperado fator virá para o bem. A ansiedade pelo histórico momento político vivido no país tirará um pouco da pressão sobre o time.
Mas será preciso foco total, Dorival. Não me leve a mal, mas já passou a hora de voltar a força total.
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