Salve, Buteco! Semana passada escrevi sobre um tendência, senão de reversão da estatística nos confrontos entre Flamengo x São Paulo, ao menos de o Mais Querido começar a equilibrar os números.
Hoje vejo-me forçado a abordar o fenômeno inverso, que vem ocorrendo no Fla-Flu. Durante a pandemia, escrevi este post sobre o histórico por década do clássico. Eis os números atualizados.
Década | FLAMENGO | Fluminense | Retrospecto |
1910 | 9v | 7v | 9x7 |
1920 | 7v | 6v | 16x13 |
1930 | 15v | 18v | 31x31 |
1940 | 16v | 14v | 47x45 |
1950 | 15v | 17v | 62x62 |
1960 | 19v | 7v | 81x69 |
1970 | 16v | 18v | 97x87 |
1980 | 12v | 8v | 109x95 |
1990 | 13v | 15v | 122x110 |
2000 | 15v | 12v | 137x122 |
2010 | 19v | 9v | 155x131 |
2020 | 6v | 7v | 162x140 |
Estatisticamente, uma vitória de vantagem para o rival, na presente década de 2000, não significa muita coisa. A questão é que, se fizermos um corte desde a vitória com Domènec Torrent no primeiro turno do Campeonato Brasileiro/2000, a partir de então foram, contando o jogo de ontem, 11 jogos, com 7 vitórias tricolores e apenas duas rubro-negras.
Nesse período, o Fluminense teve treinadores dos mais variados estilos e o Flamengo, invariavelmente, teve muito mais time.
O que está se passando, na opinião de vocês?
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O primeiro tempo de ontem foi aceitável. Abaixo do que o time pode render, mas aceitável. Porém, o trio da frente não estava em seus melhores dias. Arrascaeta foi o mais participativo, porém tecnicamente esteve muito mal e perdeu vários gols. Já Pedro e Gabigol tiveram atuações apagadas, mesmo no melhor momento do time na partida. Aliás, foi difícil entender a função tática do Gabigol ontem. Dorival bem que poderia explicar.
Concordo com a Central do Apito e acho que não foi pênalti, assim como em todos os lances nos quais Gabigol "cavou" daquela maneira "canastrã" que a gente conhece. Uma pena que gaste tempo e energia com simulações, pois quando sua preocupação é jogar bola faz a diferença.
O erro de Raphael Claus deu uma vantagem ao Fluminense que não foi conquistada por seus méritos em campo. Todavia, o pênalti mal marcado não absolve o Mais Querido dos seus erros.
No segundo tempo, o time voltou muito mal. Começou a perder volume e talvez Dorival tenha demorado um pouco a mexer, pois o adversário encontrava espaços para contra-atacar. Já o Flamengo se resumia a muitos chuveirinhos e cruzamentos altos em diagonal, e pouca articulação com a bola no chão. E para piorar, o time se descontrolou emocionalmente no momento em que precisava empatar, caindo, mais uma vez, na pilha do Fluminense, a quem interessava a confusão.
Será que esse time não consegue mais virar a chave e disputar o Campeonato Brasileiro à vera?
O certo é que a frustrante derrota decretou o destino do Mais Querido nesse restante de temporada. Agora é treinar para as finais das copas, como Diretoria, comissão técnica e elenco planejaram.
É bom que a estratégia funcione.
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