O maior roubo da história.
Há 40 anos acontecia no Estádio
do Maracanã mais um episódio em que o Galão da Massa, o Campeão do Gelo, o
Vingador das Alterosas, foi vergonhosamente ASSALTADO na frente de todo o
Brasil. E é essa história que vamos relembrar agora.
A Diretoria do Galo Vingador
ainda tentou reverter o cenário, zelosa da segurança da torcida e dos
jogadores. Usando uma argumentação ponderada e racional, tentou mostrar que a
presença do atacante Gabriel, vulgo “Gabigol”, em campo, seria arriscada e,
para o bem da segurança do jogo, seria mais adequado que o atleta fosse
suspenso por incitação à violência. O complô CBF/STJD/Globo não permitiu que o
bom senso prosperasse. Ora, a ausência do camisa 9 do Urubu atrapalharia a
audiência e a promoção do jogo.
Depois, a arbitragem. O Flamengo “exigiu”
um árbitro da FIFA. Sempre obediente, a CBF escalou um árbitro da FIFA. E, não
satisfeita, colocou logo um juiz de Copa do Mundo! Ficamos indignados! Irritada
com mais um tapa na nossa cara, a Diretoria do Vingador se despencou até a sede
da CBF, território hostil, para manifestar o descontentamento com mais uma demonstração
de placidez e covardia da “casa do futebol” com o queridinho da mídia.
Ali percebemos que estaríamos
contra tudo e contra todos, do mesmo jeito que tinha acontecido no ano
anterior, quando o Galão desafiou todo um complô de arbitragem para ganhar sua
Tríplice Coroa.
Na hora do jogo, aconteceu o que
já se sabia. A torcida do Galão, que só não invadiu o estádio porque o Flamengo,
com medo, não aceitou dividir a carga dos ingressos, o que seria o mais justo, ocupou
seu lugar com valentia e destemor. Cantou mais alto o tempo todo. Em alguns
momentos, chegou a calar a mulambada. A Globo precisou colocar microfones
extras para poder criar a ilusão de que a torcida modinha deles estava fazendo
algum barulho.
O time do Galão desde o começo
foi altivo. Encarou o adversário com superioridade, entrou em campo para ganhar,
mesmo tendo a vantagem de um gol. Afinal, Galo canta em qualquer terreiro. E o
jogo estava equilibrado, até com uma ligeira vantagem do alvinegro, que
transmitia a sensação de que poderia abrir o placar a qualquer instante. Mas aí
começou o escândalo.
Mesmo assim, o Galo ia levando o
jogo com galhardia. O primeiro tempo estava no final, um 0-0 mais ou menos
injusto, afinal cabeceamos uma bola perigosa no gol deles, quando o atacante
Pedro Guilherme deu uma cotovelada sem bola em Allan, lançou para Arrascaeta,
em posição duvidosa, e o número 14 dos mulambos jogou pro gol. Na hora nós
tínhamos certeza da anulação, tal a irregularidade do lance. Era anular e
expulsar o agressor. Vermelho direto. Para nossa estupefação, o juiz, em
conluio com o VAR, confirmou o tento.
O Urubu bateu a falta, Pedro
Guilherme tocou de cabeça e Arrascaeta mergulhou para grande defesa do monstro
Everson. O jogo ia seguindo, mas o bandeirinha correu pros braços da torcida
mulamba e pro meio. Não me lembro de ter visto um lance de gol ser tão
fabricado. A tevê mostrou claramente que a bola não chegou nem a cruzar a
linha! Everson mergulhou e fez uma defesaça. Não há nenhuma imagem mostrando
que a bola entrou! E o VAR, omisso e sempre perseguindo o Galão, apenas
confirmou o gol, de forma inacreditável.
Tal e qual desde sempre, o Galão
estava sendo assaltado naquele estádio maldito.
Mas é claro que em jogo contra o
Urubu algum guerreiro nosso tinha que ser expulso. Aconteceu quando Marinho
recebeu uma bola, percebeu a aproximação de Alonso e, quando nosso zagueiro deu
o combate, saltou em claro movimento de simulação. No mínimo era lance para
amarelo pro mergulhador urubu. Mas aquele Wright fake não poderia deixar de
completar a obra. Deu o segundo amarelo e expulsou nosso xerife. Ali ficou
claro que ninguém ganharia da mulambada ou do apito. Para delírio e alegria da
transmissão da Globo e seus narradores flamenguistas fanáticos, que gritavam de
felicidade, nem disfarçavam.
Enfim, esse foi mais um episódio
já recorrente de roubo, escândalo e resultado manipulado contra o Galo, o time
mais perseguido e humilhado pelas arbitragens brasileiras desde sempre. Um dia,
quem sabe, isso mude.
Mas acho difícil.