Flamengo empatou fora de casa com um time argentino meia-bomba. Em outros tempos isto seria considerado até um bom resultado visto o saco de pancadas que o Flamengo era dos hermanos. Hoje em dia, com as finanças em ordem e o orçamento bilionário, não mais. Talleres é o último colocado do campeonato argentino, de acordo com o que falaram na transmissão, e durante o jogo vimos porque. É um time pífio. Tal como o Flamengo se apresentou. Fazendo do empate um bom resultado desta pelada ruim entre dois times.
Flamengo até que começou razoavelmente bem o jogo, embora espaçado como um time daqueles jogos antigos de video game. O conceito de compactação na religião tática do Paulo Sousa é visto como sacrilégio, além de jogadas treinadas de bola parada. O português considera tudo isto uma afronta a seus princípios. E segue o Flamengo presa fácil de qualquer aglomerado de jogadores que marquem mais em cima.
Continuando, Flamengo ia bem naquele jeito claudicante do Paulo Sousa até que Pablo se contundiu. O que é esperado. Visto a destruição causada pelo amadorismo galopante de Marcos Braz que solapou a qualidade e profissionalismo que o Flamengo tinha até 2019. Remunerações baixas, critérios duvidosos e afrontosos de contratações de profissionais baseadas em indicações de amigos e aliados políticos, fez com que staff preparado do Flamengo sumisse do clube indo parar até no Vasco e Botafogo. Hoje temos um festival de jogadores sem condições de jogo. E cada jogo fazendo mais vítimas. E tudo isto contando com a apatia e a leniência do presidente reeleito.
Sem Pablo, Arão que entrou como volante, foi atuar como zagueiro. E o jênio Paulo Sousa colocou o insosso Andreas Pereira em campo, destruindo nosso meio, ao invés do antes titular Thiago Maia. Para comemorar Arão faz um gol contra de "zagueiro" que não tem o mínimo senso de colocação dos demais jogadores dentro da área. Sozinho na área deu um carrinho que colocou a bola para dentro do nosso gol. O goleiro Santos tem mais medo de nossos jogadores que dos adversários. Inacreditável a quantidade de gols contra que o Flamengo faz. Fruto de péssimo treinamento, posicionamento, enfim de várias causas.
E o Flamengo do Paulo Sousa termina o primeiro tempo sem uma mísera finalização. Parabéns aos envolvidos.
Segundo tempo. Temos Arrascaeta, ao menos, e em uma finalização de fora da área fez um golaço empatando o jogo. Ainda que o ataque do Flamengo estivesse aquela bagunça flutuante. Sem jogadas, sem articulação de passes, nada ocorria. Everton Ribeiro talvez na sua pior partida até aqui, embora isto seja lugar-comum de falar dele.
Veio depois o gol do Talleres, em uma saída de bola muito ruim do Flamengo. Impedimento fácil de ser marcado, mas estranhamente omitido pelo bandeirinha que no primeiro tempo levantava a bandeira para até pensamento do time rubro-negro.
Até que o vagaroso Paulo Sousa coloca Lázaro e Pedro para mudar as coisas, saindo João Gomes e Everton Ribeiro. Paulo Sousa deixando Pitico como único volante. Critérios endoidecidos. Enfim, ao menos Pedro aproveitou um ótimo passe de Gabigol e empatou o jogo.
E foi só. Empate justo. Flamengo com 10 pontos na Libertadores. Vamos comemorar.