Salve, Buteco! Até o próximo final de semana, o Flamengo será o "Porteiro da Zona", na feliz expressão do amigo Paulo Santos (@paulosantos60), o nosso estimado "Paulão". Nessa condição, inicia amanhã, contra a Universidad Católica, uma série de seis jogos no Maracanã, pela Libertadores e pelo Campeonato Brasileiro.
Eis a sequência:
Data |
Adversário |
Competição |
Estádio |
Terça-Feira, 17/5 21:30h SBT e Conmebol TV |
Universidad Católica |
Libertadores da América – Fase de Grupos, 5ª Rodada |
Maracanã Rio de Janeiro/RJ |
Sábado, 20/5 16:30h Premiere |
Goiás |
Campeonato Brasileiro – 7ª Rodada |
Maracanã Rio de Janeiro/RJ |
Terça-Feira, 24/5 21:30h SBT e ESPN |
Sporting Cristal |
Libertadores da América – Fase de Grupos, 6ª Rodada |
Maracanã Rio de Janeiro/RJ |
Domingo, 29/5 18:00h Premiere |
Fluminense |
Campeonato Brasileiro – 8ª Rodada |
Maracanã Rio de Janeiro/RJ |
Domingo, 5/6 16:00h Globo e Premiere |
Fortaleza |
Campeonato Brasileiro – 9ª Rodada |
Maracanã Rio de Janeiro/RJ |
Quarta-Feira, 8/6 20:30h Premiere |
Bragantino |
Campeonato Brasileiro – 10ª Rodada |
Nabi Abi Chedid Bragança Paulista/SP |
Na teoria, até o jogo contra o Bragantino, seria uma sequência perfeita para recondicionar o elenco por conta das viagens e engatar uma série de vitórias para embalar nas três competições, especialmente no Brasileiro.
Na teoria, pois na prática...
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Parte da torcida alega que, nos dois últimos jogos pelo Brasileiro, o time foi prejudicado com um gol mal anulado e um pênalti não marcado. O certo é que, independentemente da ocorrência ou não dos erros de arbitragem, em ambos os jogos Hugo comprometeu.
Essa questão do Hugo, aliás, é mesmo muito intrigante. Jogo de posição é bastante teórico e conceitual, como estou cansado de lembrar a vocês, e a teimosia é considerada uma característica inata à personalidade dos portugueses. A mistura, portanto, é potencialmente explosiva.
Para o jogo de terça-feira, a não menos intrigante "pubalgia" de Diego Alves lhe retirará a possibilidade de disputar a posição. É a malandragem driblando o malandro. Na ocasião, o Maracanã deverá receber um bom público e quem conhece minimamente o Flamengo sabe que a Nação cobrará treinador e Diretoria com a intensidade que o time não vem demonstrando em campo.
A teimosia portuguesa é um traço cultural até o momento em que o time não consegue ganhar e se aproxima da zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro. A partir de então, ainda mais com multa rescisória milionária envolvida, perde completamente a graça.
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Estou irritado com Diretoria, jogadores e com parte da comissão técnica, neste último caso, com os dois Paulos, o Sousa e o Grilo (Falante), mas paradoxalmente (ainda) me são figuras simpáticas, ao contrário da Diretoria. Difícil explicar. Gostaria muito que o trabalho desse certo. O cenário da possível demissão de toda essa comissão técnica estrangeira, depois de uma longa e inédita pré-temporada, remete a uma ideia de terra arrasada. É difícil imaginar o que viria pela frente. Circulam uns nomes por aí que prefiro nem especular. Melhor deixar a vida nos levar e lidar com o que o futuro colocar na nossa frente.
De concreto, no Mané Garrincha vi presencialmente um time taticamente organizado durante os 90 (noventa) minutos, mas com um Arrascaeta assistindo ao jogo dentro de campo. Em compensação, vi um Bruno Henrique dando esperanças de recuperação do seu futebol. Chances perdidas, um pouco por falhas individuais, outro tanto por faltar o que chamarei aqui de "intensidade", aquela gana por vencer que leva os jogadores a chegar milésimos de segundo antes do marcador, em condições de finalizar.
É um grave equívoco afirmar que o problema é individual e não coletivo, se há um padrão geral de falhas individuais. Inclusive reforça a crença medieval da Diretoria de que preparação psicológica e motivacional é bruxaria. O elenco não aderiu às ideias do treinador. Não jogam com convicção. Logo, o esquema não é bem executado, ao menos não com o nível de excelência que se exigiria. Se é verdade que Paulo Sousa e sua comissão técnica assumiram voluntariamente a missão de preparar mentalmente o elenco, estão fracassando na missão.
Achei que no último sábado o time criou menos do que no Mané Garrincha. Felizmente Arrascaeta resolveu jogar e carregou o sistema de criação do time em suas costas, até porque o Bruno Henrique não parou em pé. Será que estão revezando? Dois gols de bola parada, não por acaso partindo dos pés do uruguaio, não podem esconder o futebol medíocre que foi praticado. O Flamengo não criou fora desse tipo de jogada.
O segundo tempo foi ainda pior. O frango, assado e recheado, engolido inteiro por Hugo no final da partida, foi um merecido castigo para o misto de covardia e mediocridade que foi o escrete rubro-negro na maior parte dos quarenta e cinco minutos finais.
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Gabigol merece um capítulo a parte. Não está jogando absolutamente nada e, ainda por cima, anda distante da área. Reparem no mapa de calor do jogo de sábado. Difícil dizer se é por orientação do treinador ou por iniciativa própria. Tem muita coisa estranha no ar. Paulo Sousa não expressa mais a verve firme do início do ano. Será que espera pelo inevitável?
Por sinal, e aproveitando o ensejo, você acredita na recuperação de Paulo Sousa?
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A palavra está com vocês.
Bom dia e SRN a tod@s.