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Salve, Buteco! Refletindo sobre o jogo de ontem, cheguei à conclusão de que estamos vivendo um looping que teve início durante o trimestre de suspensão das atividades do futebol por conta da pandemia de Coronavírus ou COVID-19.
Observem a cronologia de matérias de jornalistas que cobrem o cotidiano do clube, a partir desse marco temporal:
24/4/2020 – Jornal Extra:
Personal de jogadores do Flamengo se defende: 'Trabalho de forma limpa e honesta
Alvo do Flamengo durante a quarentena dos seus jogadores sob acusação de não enviar relatórios semanais, o preparador físico Rafael Winicki se defendeu das críticas de funcionários do clube, que expuseram uma crise durante as férias dos atletas.
Embora não tenha retrucado e dito não querer "alimentar intrigas nem causar desconfortos", o personal trainer de nomes como Diego Ribas, Éverton Ribeiro, Rodrigo Caio e Gustavo Henrique, por exemplo, negou que não passe as informações.
– Me coloco à disposição do clube ou de qualquer profissional que tenha algum vínculo com os atletas que eu trabalho para prestar qualquer esclarecimento ou troca de informações - disse Winicki, em contato com a reportagem.
Segundo o Flamengo, foi combinado ao fim do ano passado que o trabalho particular poderia acontecer caso o preparador enviasse dados sobre os treinamentos. No entanto, isso não vem sendo feito. Causando risco de lesões, na visão do clube.
Rafael disse desconhecer qualquer problema de lesão durante os últimos trabalhos dos jogadores do Flamengo.
– Sou profissional autônomo, que faço meu trabalho de forma limpa e honesta.. sou contratado pelos atletas (não só do Flamengo) para fazer o meu trabalho...- reafirmou.
30/4/2020 – Goal.com.br:
Entenda a crise entre Flamengo e o personal trainer dos astros em quarentena
O preparador físico trabalha com jogadores como Everton Ribeiro, Diego e Filipe Luís.
Em meio aos desafios que surgem por causa da pandemia do novo coronavírus, o Flamengo acabou se envolvendo em uma polêmica inesperada: o clube não está se entendendo com um personal trainer, contratado por alguns de seus próprios atletas, e a situação vem causando certo constrangimento.
Preparador físico, Rafael Winicki trabalha com nomes como Diego Ribas, Éverton Ribeiro, Filipe Luís, Rodrigo Caio, Vitinho e Gustavo Henrique. No final de 2019, um acordo com o Flamengo definiu que o profissional deveria enviar um relatório ao clube a cada sessão com um atleta. Entretanto, os dois lados não conseguem chegar a um entendimento.
O clima piorou depois de Winicki conceder entrevista ao jornalista Fábio Azevedo, do Fox Sports, na qual previu que seus clientes estariam no melhor de suas formas no prazo de duas semanas. A previsão irritou o clube, que faz queixas quanto às ausências de aparelhos tecnológicos – como controle de frequência e GPS.
A falta de tais aparelhos impossibilitaria o controle da carga de trabalho, podendo resultar em lesões, segundo a posição do Flamengo.
Pedro Rocha, por exemplo, vinha fazendo exercícios de salto que levantavam temor por causa de um problema no púbis. O atacante parou de fazer treinos com o personal trainer – ainda que a opção por este tipo de trabalho seja particular por parte de cada atleta.
Flamengo colocou seus profissionais à disposição e disponibilizou a opção de trabalhos individualizados no CT Ninho do Urubu. O atacante Bruno Henrique é um que faz atividades com um dos preparadores do Fla.
Críticas de profissionais do Flamengo
“Quero deixar bem claro que há espaço para todos, só não pode existir exibicionismo. Levo 26 anos de primeira liga no futebol profissional e nunca assisti nada assim, LAMENTÁVEL. O nosso departamento é constituído por três elementos, que trabalham muito bem juntos e com áreas multidisciplinares”, disse o português Mário Monteiro, preparador da comissão técnica rubro-negra, em declarações ao O Globo.
Em suas redes sociais, outro preparador físico do Flamengo, Betinho, também não poupou críticas à postura de Winick.
“Eu achei que já tivesse visto de tudo nessa vida. Agora, personal que nunca trabalhou com futebol, dizer data que jogador poderá atuar após a pandemia e garantir que o atleta estará de volta em "duas semanas". "GOSTARIA DE VER ESSAS PESSOAS SE EXPLICANDO, SE PROMOVENDO, FAZENDO LIVE QUANDO SEUS ALUNOS SE LESIONAM, POIS NÃO EXISTE INTEGRAÇÃO NENHUMA COM 99% DOS PERSONAIS FISIOTERAPEUTAS POR CULPA DELES, SOMENTE O CLUBE E QUEM LÁ TRABALHA SABEM O PREJUÍZO QUE É UM ATLETA FICAR FORA DE UM TREINAMENTO OU DE UM JOGO", escreveu.
Winicki se defende
Também em contato com O Globo, Rafael Winicki se defendeu e garantiu que não deseja causar constrangtimentos.
“Me coloco à disposição do clube ou de qualquer profissional que tenha algum vínculo com os atletas que eu trabalho para prestar qualquer esclarecimento ou troca de informações”, afirmou.
30/10/2020 – Globo Esporte – ge.globo.com:
Flamengo conclui reformulação na comissão técnica com oito novos profissionais
Funcionários iniciaram trabalho na quinta-feira no Ninho do Urubu. Entre chegadas, estão médicos, fisioterapeutas e preparadores físicos. Objetivo é trazer novas ideias para o clube
A quinta-feira no Ninho do Urubu foi de caras novas. O Flamengo concluiu uma reformulação em sua comissão técnica, e a atividade no centro de treinamento foi marcada pela chegada de sete novos profissionais, além da efetivação de outro. Cinco funcionários deixaram o clube.
A reformulação da comissão técnica neste momento passou por um desejo do clube de trazer novas ideias, sem demérito aos profissionais dispensados.
Ao todo, o Flamengo contratou dois fisioterapeutas, um preparador físico e um médico. Além deles, promoveu da base um médico, um fisioterapeuta e um preparador físico.
Para completar, oficializou o retorno de Alexandre Sanz, preparador físico que foi afastado da comissão em 2019, com a chegada de Jorge Jesus, mas não foi demitido na época por pertencer à Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), órgão previsto em lei.
Confira a lista dos novos integrantes da comissão: Fernando Bassan – médico contratado; Alexandre Sanz – preparador físico que estava afastado e voltou; Rafael Winicki – preparador físico contratado; Márcio Puglia – fisioterapeuta contratado; Diego Paiva – fisioterapeuta contratado; Laniyan Neves – fisioterapeuta promovido da base – entrou no clube ainda como estagiário; Mauro Fonseca – médico promovido da base; Leonardo Melo (Léozão) – preparador físico da base efetivado (já estava trabalhando no profissional há alguns meses).
Com essas medidas, Roberto Oliveira passou a ser o preparador físico principal da comissão permanente do Flamengo, com os demais como seus auxiliares. O espanhol Julián Jiménez ainda comanda os trabalhos, pois faz parte da comissão trazida pelo técnico Domènec Torrent.
Na outra via, deixaram o clube dois médicos e três fisioterapeutas. Um deles, Fabiano Bastos, não foi dispensado – ele aceitou proposta para trabalhar no Japão com o técnico Nelsinho Baptista. Como ainda cumpre aviso prévio até novembro, vai auxiliar na transição.
Os profissionais que deixam o Flamengo: Gustavo Caldeira – médico; João Marcelo – médico; Fabiano Bastos – fisioterapeuta; Eduardo Calçada – fisioterapeuta; José Batista – fisioterapeuta.
De comissão técnica reformulada, o elenco do Flamengo folga nesta sexta-feira. O próximo compromisso da equipe é no domingo, contra o São Paulo, às 16h (de Brasília), no Maracanã. A partida é válida pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro.
A primeira conclusão a que se chega é que sagrou-se vencedor da contenda o preparador físico de alguns dos atletas, que foi contratado pelo clube após toda aquela confusão. O chefe do setor, Márcio Tannure, justificou as mudanças afirmando que “não estava satisfeito”.
No dia 2 de novembro, após o Flamengo tomar de 1x4 do São Paulo em pleno Maracanã, eu publiquei o post com o título “O Terraplanismo Rubro-Negro”, cujo teor foi o seguinte:
Caros Amigos do Buteco, quero começar o post de hoje compartilhando com vocês uma opinião que já havia dividido com amigos rubro-negros com quem conversei durante e depois do jogo de ontem. Desde que o futebol é futebol, é responsabilidade do treinador colocar uma equipe com espírito de competição para um jogo decisivo. Cabe ao treinador fazer o elenco compreender a importância de um confronto direto e se comportar dentro de campo como um time que disputa título.
De um lado, havia um time com postura de campeão; do outro, um que parecia jogar por obrigação. Fernando Diniz já sofreu muito na sua carreira de treinador e passou por poucas e boas em pequenas, médias e grandes equipes. O seu São Paulo, por ele treinado há mais de um ano em meio a muitos questionamentos, entrou em campo para disputar um jogo decisivo que valia, até simbolicamente, mais do que três pontos. Por isso, desde o primeiro minuto podíamos ver ao menos três marcadores em cima dos nossos jogadores que estavam com a bola. A seu turno, o Flamengo de Domènec Torrent protocolarmente disputou mais um jogo em trinta e oito rodadas, seguindo seus conceitos dogmáticos de minutagem e controle (?!) de jogo.
Sim, outros fatores podem ter pesado. Muitos torcedores apontaram problemas no sistema defensivo rubro-negro, porém o adversário padecia do mesmo mal, vide os confrontos recentes contra Fortaleza e Lanús. Por que o Flamengo não marcou com a mesma intensidade que o São Paulo, como bem apontou Filipe Luís depois do jogo, e Roger Flores, durante a transmissão da Globo, é o xis da questão.
Na minha opinião, faz mais sentido que o desgaste tenha influído na falta de intensidade do jogo do Flamengo, pois, afinal de contas, o adversário, protegido pela CBF e seu presidente torcedor, muito embora tenha viajado pra Argentina no meio da semana, não teve que disputar quatro partidas em oito dias, tal como o Flamengo há apenas duas semanas atrás. Os três jogos a menos do São Paulo, contra adversários bem mais fracos, parecem estar convenientemente sendo guardados para o momento mais oportuno do calendário.
Nada isso, contudo, serve de álibi para as desastradas escolhas feitas pela Diretoria rubro-negra e o seu treinador. Ora, convenhamos, ninguém obrigou o Flamengo a escalar a forma máxima disponível na última quarta-feira, contra o Athletico/PR, em Curitiba. Aliás, o clube parece ignorar o cenário político adverso e age como se a temporada/2020 não lhe impusesse uma miríade a mais de problemas em relação aos que todos os elencos adversários enfrentam. Se é certo que a pandemia afeta todo mundo, desconheço outro elenco que tenha sofrido com um surto de COVID-19 na mesma proporção da que vitimou o nosso. Quais são os efeitos dessa nefasta doença no sistema orgânico de cada ser humano? Será que diminui ou retarda a recuperação da resistência a contusões em atletas?
A única certeza é de que o cenário é dantesco: enquanto o time disputa mais jogos do que os adversários diretos e tem uma penca de jogadores passando uma eternidade no Departamento Médico, pitorescas saídas e trocas de fisiologistas e preparadores físicos acontecem, com o VP de Futebol a mil nas interações engraçadinhas com torcedores no Twitter, firme em sua campanha para vereador no município do Rio de Janeiro.
A tentativa de disputar as três competições com a mesma prioridade, em meio a esse caos e enquanto adversários diretos são poupados com menos jogos, é nada mais, nada menos do que o terraplanismo aplicado ao calendário rubro-negro. O negacionismo obtuso e obscurantista apaga da memória os erros de 2018 e até mesmo a sorte de um ano atrás, quando a precoce eliminação na competição baranga foi justamente o que viabilizou a conquista dos dois maiores títulos da temporada.
Quarta-feira tem mais Copa do Brasil e domingo outro confronto direto pela liderança do Campeonato Brasileiro. Iremos com a força máxima em ambos os jogos ou os dias do terraplanismo rubro-negro se encerrarão?
Um ano depois, ou seja, no final de outubro/2021, esse foi o cenário pós-mudanças implantadas pelo ilustríssimo Dr. Tannure:
29/10/2021 – Globo Esporte (ge.globo.com):
Landim busca diagnóstico de crise entre futebol, DM e preparação física no Flamengo
Depois de episódios Pedro e coletiva cancelada, presidente entra em cena com clima interno longe de ser de extrema leveza e divergências entre Marcos Braz e Marcio Tannure
Entre a eliminação na Copa do Brasil, a pressão sobre Renato Gaúcho e o jogo decisivo deste sábado, no Maracanã, contra o Atlético-MG, pelo Brasileiro, ainda existe uma crise que cresce de proporção a cada dia no Ninho do Urubu. Foi necessária a intervenção presidencial - que não ficará apenas no veto de entrevista coletiva do vice-presidente de futebol, Marcos Braz – para diagnosticar além do que mostram os exames médicos no Flamengo.
O departamento médico – e aí está inserida a preparação física - é o centro de uma crise que se desenha desde o ano passado, principalmente pelo aumento do número de lesões. Mas extrapolou os limites e gera insatisfação de praticamente todos os lados nos corredores do centro de treinamento. De qualificação profissional até remuneração, passando por execução e resultados, a palavra “insatisfação” está em moda no Ninho não é de hoje.
O episódio que envolve Pedro ainda não teve um ponto final – o que tem chances de acontecer nesta sexta-feira com posicionamento das partes. Se a cirurgia no joelho direito foi um sucesso, na última segunda-feira, até o atacante deitar na maca os departamentos de futebol e médico tiveram dias agitados.
16/12/2021 – Globo Esporte (ge.globo.com):
Aumento de casos, desfalque em jogos decisivos, perda de titulares: veja balanço do DM do Flamengo
Rubro-Negro vê baixas médicas subirem 20% na temporada. Rodrigo Caio é jogador com mais idas ao departamento médico. Clube convive com problemas médicos importantes no ano
A temporada foi desafiadora. Um dos clubes com mais jogos entre os times da Série A (75 partidas), o Flamengo conviveu com uma rotina de desfalques por lesão nesta temporada. Vice-campeão brasileiro e da Libertadores, a equipe teve de superar a falta de peças para encaixar os melhores times a cada duelo.
O ge preparou um balanço de todas as baixas ao DM rubro-negro na temporada. O clube analisou os casos apurados com a reportagem, mas preferiu não comentar sobre os números da atual temporada. Em relação a 2020, houve um aumento de 20% no número de baixas médicas: pulou de 35 para 42 casos.
Entre os clubes da Série A, o Flamengo foi o 5º com mais problemas médicos na temporada. Dos 75 jogos do Rubro-Negro, apenas em dois o clube não teve pelo menos um desfalque por problema médico: final da Libertadores contra o Palmeiras e o jogo anterior contra o Grêmio pelo Brasileiro. Quem não atuou nestes dois compromissos foi por suspensão ou por ter sido poupado.
4/4/2 – Globo Esporte (ge.globo.com):
Bastidores: divergências em todos os setores do futebol explicam início de anofrustrante do Flamengo
Problemas passam por metodologia de reformulação, faixa de capitão, subgrupos no elenco e discordância com processos implementados por Paulo Sousa
14/4/2022 – Goal.com.br:
Flamengo acumula lesões no início de temporada 2022
Time carioca tem oito jogadores entregues ao departamento médico neste momento
A temporada 2022 mal começou e o Flamengo já coleciona problemas no departamento médico. Nesta quinta-feira (14), Matheuzinho teve lesão na coxa confirmada e Bruno Henrique se reapresentou com dores após um trauma no joelho direito sofrido na última partida.
Ao todo, oito jogadores apresentam problemas físicos e são ausências para Paulo Sousa neste momento: Vitinho, Ayrton Lucas, Fabricio Bruno, Rodrigo Caio, Gustavo Henrique, Pablo, Bruno Henrique e Matheuzinho.
8/5/2012 – ESPN:
Flamengo: Fabrício Bruno tem lesão rara no pé, vai a especialistas e cirurgia não está descartada
Zagueiro sofre com rara lesão nos ligamentos profundos do pé esquerdo e não entra em campo há mais de um mês
Fora de ação desde o primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, contra o Fluminense, em 30 de março, devido a um trauma no pé esquerdo, o zagueiro Fabrício Bruno luta contra uma lesão ligamentar muito rara no local. O jogador tem realizado tratamento conservador para evitar uma cirurgia, hipótese que ainda não está descartada.
Entre o fim desta semana e o início da próxima o defensor irá realizar novos exames de imagem com especialistas para analisar a evolução do tratamento e definir se de fato há necessidade de operar o pé esquerdo.
Por ser tratar de um atleta, a indicação é evitar ao máximo a cirurgia, principalmente em um local tão sensível para um jogador profissional de futebol, a planta do pé. Fabrício deixou o gramado no Fla-Flu devido a dores em um dos joelhos.
No dia seguinte, no entanto, reclamou de dores no pé esquerdo e foi submetido a exames mais específicos que detectaram a rara lesão nos ligamentos profundos. A opção pelo tratamento conservador foi a mais indicada por ter um prazo entre oito a dez semanas. Em caso de cirurgia, o prazo é bem maior: entre três e cinco meses.
No fim de abril, o clube tentou o tratamento com corticoides para diminuir as dores do atleta. Para evitar qualquer problema com doping, o jogador já ficaria afastado por mais tempo. O caso de Fabrício tem chamado a atenção pela infelicidade do atleta por conta da raridade da lesão. Justamente por isso o zagueiro tem frequentado consultórios de ortopedistas especialistas em pé para analisar a questão e ajudar na recuperação.
O jogador chegou ao Flamengo no início de 2022 e até a lesão era um dos atletas mais utilizados pelo técnico Paulo Sousa.
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O cenário pós paralisação (do futebol) por conta da pandemia, no âmbito do Departamento de Futebol do Clube de Regatas do Flamengo, pouco mudou. É uma miríade de problemas que começa no Departamento Médico e sua intersecção com a transição e a preparação física, passa pela escolha da filosofia do jogo de posição para o futebol profissional e deságua num oceano de atuações fracas, queda de desempenho e fracasso dentro das quatro linhas.
Em que pese a inegável decomposição do Departamento de Futebol e do legado estrutural da gestão Bandeira de Mello, assim como a alta qualificação de sua comissão técnica, o trabalho de Paulo Sousa é muito fraco, tal como era o de Domènec Torrent, com a diferença de que o time do catalão era mais frágil defensivamente, mas em compensação marcava muito mais gols e vencia mais jogos do que o do português romântico.
Assusta-me constatar tantos traços em comum entre o cenário que precedeu a demissão de Domènec Torrent e o atual, a ponto de poder afirmar, categoricamente, que não só a demissão de Paulo Sousa é questão de tempo, como também o risco de se reproduzir o que ainda não é comum, como eliminações e goleadas, é bastante alto. Da mesma forma, o processo de erros na escolha do sucessor também tende a se repetir, até porque deverá ser repetido pelas mesmas pessoas.
Quem pode mudar tudo é o presidente Rodolfo Landim, o qual, todavia, parece estar fortemente convicto do apoio ao projeto político do vice-presidente de futebol Marcos Braz, responsável direto por esse estado de coisas e a quem não parece entusiasmar a ideia de uma profunda reformulação nos departamentos de futebol e médico.
Agora só nos resta rezar para que sejamos livrados do terror desse interminável looping ao qual fomos relegados.
Bom dia e SRN a tod@s.