O saco de pancadas rubro-negro do Tricolor |
Tenho plena consciência de que os treinadores adeptos do jogo de posição gostam de rodar o elenco e mudar a escalação e a estratégia de acordo com os adversários, o que considero um ponto positivo dessa filosofia. Acredito inclusive que essa ideia tenha influenciado bastante a escolha do onze inicial no Fla-Flu de ontem. Só que, em tese essa rodagem pode perfeitamente ser feita adaptando-se ao contexto de um clássico, sem prejudicar as melhores escolhas.
Em que contribuiu a escalação inicial de ontem, com Rodinei e Diego entre os titulares? Conforme alertado neste post, os adversários seguintes ao Fla-Flu serão Audax, Nova Iguaçu e Madureira. A dúvida em relação à data do confronto contra o Botafogo, pela 8ª Rodada, foi desfeita quando a FFERJ marcou o confronto para o dia 23 de fevereiro, na quarta-feira seguinte à decisão da Supercopa, no domingo de 20 de fevereiro.
Portanto, se a CBF não desmarcar a final da Supercopa, a única oportunidade em que Paulo Sousa teve para testar uma formação ideal para a decisão, contra um adversário competitivo, de Série A e Libertadores, foi inteiramente desperdiçada por opções indefensáveis. Aliás, no lugar dos mineiros, depois do jogo de ontem eu aceitaria jogar até no Rio de Janeiro e não admitiria qualquer adiamento.
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Não gostei do time no plano tático. Teve mais posse de bola e a chance de abrir o placar, desperdiçada por Arrascaeta, mas o Fluminense criou tanto ou até um pouco mais no primeiro tempo. O time cedeu muitos espaços e, em razão das escolhas feitas pelo treinador na formação que foi a campo, foi demasiadamente lento e pouco objetivo na construção de jogadas. Nos quarenta e cinco minutos iniciais, achei que Hugo, Filipe Luís, Everton Ribeiro e Gabigol se salvaram, enquanto Arão, Diego e Arrascaeta foram os piores.
Já no segundo tempo as chances de gol rarearam para ambos os lados, muito embora o Flamengo tenha apresentado maior volume de jogo. O Flamengo deixou de criar e talvez apenas Filipe Luís tenha se salvado, mas sem ser brilhante. Nem as substituições melhoraram o time. Nesse decepcionante cenário, coube às falhas individuais de Isla e Hugo decretarem a derrota.
Chamou atenção a lentidão e os erros de passe de Arrascaeta, assim como a quantidade de duelos individuais perdidos por Willian Arão, em ambos os casos durante todo o tempo em que estiveram em campo (só Arrascaeta foi substituído). Na entrevista pós-jogo, porém, Paulo Sousa só mencionou Marinho individualmente, e por duas ocasiões. Achei injusto diante das péssimas apresentações de medalhões com muito mais tempo de clube.
Aliás, a atuação foi tão ruim que caiu até a invencibilidade do Túnel do Tempo.
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NÃO AO RACISMO!!
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A palavra está com vocês.
Bom dia e SRN a tod@s.