segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

What If... O Paradoxo Temporal Rubro-Negro

Editora Abril, julho de 1985

Salve, Buteco! Tema atual e recorrente entre os torcedores do Flamengo é a falha de Andreas Pereira na prorrogação da final da última Libertadores, em Montevidéu, dando a oportunidade a Deyverson marcar o gol do título do Palmeiras. Entendo perfeitamente o sentimento dos torcedores que não aceitam a falha do Pitico da Nação, mas não consigo dar o mesmo peso a essa falha do que o do gol perdido pelo Michael:

Mas e se acontecesse diferente e o Michael marcasse aquele gol? 


Desde que Albert Einstein, ao elaborar a Teoria da Relatividade, afirmou a possibilidade (teórica) de viagens no tempo, muito se discutiu acerca da produção de paradoxos temporais, dentre eles o de causa e efeito, que seria a modificação instantânea do presente e, por via de consequência, do futuro a partir da modificação do passado, que poderia até mesmo fazer desaparecer o motivo da própria viagem que ensejou todas essas mudanças (!).

Quem sempre soube explorar muito bem o tema foi a Marvel com a série "O Que Aconteceria Se..." ("What If", em inglês). O gibi da Fênix Negra é uma gostosa lembrança da minha adolescência e dessa série do Universo Marvel, que sempre me vem à cabeça quando torcedores acham que podem "somar" as chances perdidas de um determinado jogo, construindo placares que consideram "justos". Como se a conversão de cada uma dessas chances não mudasse o futuro, inclusive os gols subsequentes, efetivamente marcados. 

Um simples gol, portanto, mudaria tudo. Uma derrota ou empate poderia se tornar uma vitória por 1x0 ou uma virada, até uma goleada, ou os gols de uma partida seriam simplesmente diferentes daqueles originais. As possibilidades são infinitas.

Então, é interessante imaginar. E se...



A partir desse gol, o que será que teria acontecido?

Eram 40 minutos do segundo tempo e teria sido uma virada parecida como a de Lima, cerca de dois anos antes. O efeito psicológico sobre o Palmeiras teria sido devastador, até pelo histórico recente de confrontos direitos. Não haveria tempo para o adversário se recuperar.

Depois de toda a festa, será que o Renato teria sido demitido? Teríamos hoje uma comissão técnica europeia?

Alguns dizem que sim, para ambas as perguntas. O clima seria insustentável, especialmente após a falta ao treino na terça-feira, 23/11, e a estranhíssima substituição de Vitinho contra o Grêmio, com direito a uma suspeita conversa e sua aparentemente precisa leitura labial...



Mas quem garante, né? Afinal, Libertadores é a Glória Eterna, que tão bem conhecemos... O verdadeiro êxtase, que inebria e suspende a razão.

***

Uma vez assisti ao Tim Vickery (@Tim_Vickery) afirmar que, para treinar um determinado grande clube, de enorme pressão, preferia um determinado técnico a outro porque aquele já havia experimentado o fracasso.

Realmente a vida tem um pouco disso, né? Ninguém gosta de perder e, campeões, estaríamos muito mais felizes, mas por outro lado um fracasso pode mesmo ser o início de um grande futuro. E o futuro, bem sabemos, a Deus (inclusive aqueles, do Futebol) pertence, o que se aplica também para o Michael, que agora será treinado por uma comissão técnica europeia (no próprio Flamengo ou no Al Hilal, rs).

Que nesse 2022 o Mais Querido do Brasil, e do Mundo, retome o caminho de conquistas e das grandes glórias, inclusive a Eterna.

A palavra está com vocês.

Bom die SRa tod@s.