Olá Buteco, bem-vindos!
Não quero aborrecê-los com recordações sobre a partida de sábado, mas precisamos conversar sobre o bode na sala.
Na
minha opinião, a temporada 2021 foi um dos maiores vexames da história do Clube
de Regatas do Flamengo, só comparável ao fatídico ano de 1995 e o “pior ataque
do mundo”, ano em que também fomos vice-campeões de uma competição sul-americana,
a Supercopa dos Campeões da Libertadores.
Vejam, meu ponto não é a derrota
na final, mas a forma como perdemos: o Flamengo foi suplantado na VONTADE. Isso
é o que mais dói. Vimos um bando de jogadores frouxos em campo, reflexo total
de uma diretoria extremamente arrogante e que, no momento em que mais
precisamos, se mostrou de uma omissão inadmissível. O discurso já tinha sido ensaiado
antes da partida:
A verdade é que essa foi uma tragédia anunciada. O Flamengo foi campeão brasileiro em 2020 perdendo o jogo decisivo. Isso não existe. Era um sinal claro que as coisas não caminhavam bem. Ainda que a temporada 2021 tenha sido emendada na de 2020, aquele era o momento de trazer uma comissão técnica de primeira linha e devolver o time aos trilhos. Mas a empáfia do “Tá tudo certo! Ganhamos, para desgosto dos nossos detratores” permitiu que esse ambiente permissivo continuasse e, mais, que fosse elevado à milésima potência com a chegada de um camarada que não deveria nem ser chamado de treinador, porque tudo o que ele não faz é treinar o time. Renato Gaúcho foi a personificação da acomodação do futebol do Flamengo em 2021. É o típico cara que acredita no “faz qualquer coisa aí que vai dar certo!”. Treinar pra quê? Isso me lembra tanto 1995...
E, finalmente, chegamos no grupo de jogadores. No fim, são eles quem decidem. Ou não. Como têm muita qualidade, podem decidir em qualquer momento. Mas, sem foco e sem suor, deram margem à especulação. Foi o Bruno Henrique que não acompanhou o Mayke no lançamento do primeiro gol, os volantes que não correram e deixaram o Veiga entrar de frente na nossa área, completamente sem marcação. A bola que cai na perna direita do Gabigol e ele não consegue finalizar (aliás, teve um outro lance muito similar à bola do Lincoln no mundial), a bola do Michael que vai para fora e, como no ápice de um filme de terror, a entregada do Andreas. Demos margem, perdemos.
Sabem o que faltou? Faltou TRABALHO. Faltou COMANDO. Faltou RAÇA. E raça não é dar porrada no adversário, não. É entrar
em campo com espírito de decisão, se doar, se entregar, sair exausto de campo, fazendo-se
representar a Torcida, que faz o possível e o impossível para carregar esse clube
nas costas.
Sobraram preguiça, vaidade, soberba e desculpas. Lamentável.
A Nação não merece passar por isso.
Saudações RubroNegras