Salve, Buteco! O ótimo resultado conquistado em Assunção, na quarta-feira passada, naturalmente trouxe o debate de poupar ou não alguns jogadores na próxima quarta-feira, em Brasília, onde, no Mané Garrincha, o Mais Querido disputará, no jogo de volta pelas quartas-de-final da Libertadores/2021, a classificação para as semifinais. E como é natural em uma torcida com mais de quarenta milhões de pessoas, há quem tema a repetição do trauma do América do México e quem considere a fatura liquidada.
De fato, existem algumas coincidências. A primeira delas é que, após perder para o Flamengo por 2x4 no Estádio Azteca, na Cidade do México, pelas oitavas-de-final da Libertadores/2008, o treinador Rubén Omar Romano, de dupla nacionalidade argentina e mexicana, desligou-se do América do México (há quem diga que pediu demissão e que foi demitido).
A segunda coincidência marcante é que o América do México terminou o Torneio Clausura do Campeonato Mexicano na lanterna, a 6 pontos do penúltimo colocado. Não foi rebaixado por conta do índice de desempenho em anos anteriores. E tal como o coirmão mexicano, o Olimpia amarga a penúltima colocação no Campeonato Paragauio/2021, com 3 pontos em 15 disputados (5 jogos).
Como comentei com vocês durante a semana, aquele time do América do México, semifinalista da Libertadores/2008, era fraquíssimo, como também é fraco o atual time do Olimpia. Time fraco, ao menos na minha opinião, é muito diferente de elenco ruim. É, pura e simplesmente, coletivo fraco, que pode perfeitamente, a depender do caso, coincidir com um elenco que também seja tecnicamente fraco.
Prefiro não entrar no mérito se era o caso daquele América e nem se é desse Olimpia, mas ambos têm em comum um futebol daqueles que faz a gente sofrer só por assistir, e que, apesar disso, não os impediu, respectivamente, de irem longe nas edições de 2008 e 2021 da Libertadores.
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América e Olimpia são dois clubes de camisas pesadas e esportivamente relevantes, e a História do esporte, em geral, tem incontáveis episódios de superação, quando subestimados derrubam favoritos. Contudo, apesar das coincidências, as chances de repetição da tragédia de 2008, na minha modesta e singela opinião, são mínimas, diria até remotas, a começar porque tanto o time, quanto o elenco de 2021 são muito superiores ao de 2008, seja pela experiência, seja pela qualidade individual.
Em segundo lugar, o ambiente do Departamento de Futebol de 2021, em comparação com o de 2008, é absolutamente tranquilo, sem salários atrasados, problemas de infraestrutura e jogadores com insatisfações relevantes ou aceitáveis. Aliás, o vice-presidente de futebol de 2021 conhece muito mais do riscado do que o de 2008, com todo o respeito (alguém discorda?).
Em terceiro lugar, o treinador de 2021, ao contrário do de 2008, que lamentavelmente estava de saída, ainda está no início de seu primeiro trabalho no clube no qual foi (ainda é?) ídolo, como jogador, e tem sede de conquistas pelo clube, agora no comando técnico.
“Todo dia que entro no Ninho do Urubu, vejo as paredes pintadas com comemorações de títulos. Algumas paredes ainda estão em branco, e eu também quero estar presente comemorando títulos pelo Flamengo”, disse Renato Gaúcho ao Esporte Espetacular da Rede Globo, segundo o Planeta do Futebol (@futebol_info), no Twitter.
Que se tornem verdade as palavras do nosso "Lord Sith do Bem".
Foto: Alexandre Vidal |
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O maior risco está nos cartões amarelos. Isla, Gustavo Henrique, Filipe Luís e De Arrascaeta receberam cartão amarelo em Assunção e, se tomarem o segundo, estarão automaticamente suspensos da provável, mas ainda não alcançada semifinal. Contudo, mesmo pesando tudo isso na balança, ainda acho que quarta-feira o Flamengo deveria ir a campo com o time titular e só pensar em rodagem de elenco à medida em que um placar favorável fosse construído e a vaga assegurada dentro de campo.
É preciso respeitar a Libertadores e manter o foco nesse complexo enredo de cobranças para a conquista de todas as três competições, porém com um elenco enfraquecido em relação a 2019/2020 (ao menos antes da chegada de reforços), seja por desfalques, seja por negociação de atletas.
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A palavra está com vocês, inclusive para comentarem o protocolar 2x0 sobre o Sport Recife, ontem, em Volta Redonda.
Bom dia e SRN a tod@s.