quinta-feira, 10 de junho de 2021

O desmantelamento


Não existe nada eterno. A não ser o Flamengo. Mas seus times vem e vão. Assim como jogadores, se vão dirigentes, funcionários, comissões técnicas e por ai vai. Cada um em seu ciclo pode se tornar vencedor ou não. Às vezes é por questão de talento, ou sorte. Muitas vezes pelo trabalho. Pela raiva. Ou medo. Há também aqueles que nada conseguem de relevante em termos de título. Mas são reconhecidos pelo trabalho que fizeram administrativamente. Seja positivo ou extremamente negativo. Que é a maioria. Há aqueles que fizeram um trabalho administrativo horrendo mas ainda assim conquistaram títulos. Porque a conta a ser paga entregaram para outras gerações. Que assim dificilmente ganham alguma coisa. Estamos vendo vários exemplos disso por aí em clubes brasileiros. 

Quanto ao Flamengo tivemos o histórico time de 2019. O time do JJ. Este começou a ser desmantelado à partir da saída do grande técnico português. Por opção dele, diga-se. Teve depois que se moldar à chegada de técnicos aquém da envergadura técnica alçada pelo clube. Tornando o time bem mais fraco e previsível. E um a um foi saindo. Pablo Mari, Rafinha e agora Gerson. Ao mesmo tempo que alguns outros terão que sair pela idade que já faz com que o ritmo em campo decaia. O Flamengo, com seu técnico medíocre, terá que aproveitar o que resta do elenco para manter a era vencedora. Será complicado. Outros times se reforçaram, inclusive taticamente. Com a contratação de técnicos mais modernos e antenados com sistemas táticos europeus. 

Flamengo, que conta com o valor técnico de seu talento, ainda é sugado pela seleção brasileira, cujo sistema de treinamento e mesmo jogos costuma literalmente quebrar nossos jogadores. Agora até mesmo seleção olímpica vem se reforçar parasitando o Flamengo. Então temos para um primeiro jogo decisivo contra o Coritiba um time desmantelado. Sem centroavantes, sem Gerson, sem Rodrigo Caio, contando com o que dá para contar. A Copa do Brasil não é fácil. Faz dos times pequenos a única chance de ganhar o prêmio milionário cedido pela CBF. Então dão a vida. A ponto do CRB eliminar o Palmeiras, e times menores derrotarem outros clubes da Série A. Flamengo nem contará com seu técnico no jogo.

Enfim, vamos nesta partida contra o Coritiba, jogar com um time misto, pouco entrosado, sem o técnico contra um adversário muito motivado. É hora da superação. De novo. E de novo. E de novo....