Mas as pessoas se acostumam. E se acostumando passam a enxergar o nível mais baixo como "normal". Ainda que percebam o time incapaz de montar linha de impedimento, e com o sistema tático travando a evolução ofensiva através de posicionamentos estáticos e previsíveis. Fora a falta de combatividade do meio que obriga que ER7 (e um pouco menos o Arrascaeta) atue muito na marcação. Pois é preciso que jogue o Diego Ribas. Está na cartilha de todo técnico brasileiro. Compor com os líderes de vestiário, se não faz isto dança. Ceni sabe disso bem. Aprendeu a lição no Cruzeiro.
Agora vai enfrentar o bom Defensa Y Justicia. Um time com 3% do orçamento do Flamengo, mas taticamente bem dirigido. Sabe exatamente como enfrentar esta versão do Flamengo menos competitiva. Nosso elenco terá que fazer a diferença na individualidade. Será uma oitava de final muito complicada como os outros mata-matas que virão. E temos nossos jogadores cedidos para seleções com seus métodos próprios de treinamentos e preparação física que vez ou outra geram contusões. Fora os jogos de seleção muito disputados. São as vitrines para o mercado internacional. Não é certo que os jogadores voltem inteiros. Temos vários exemplos de jogadores entregues avariados. E o elenco do Flamengo não é vasto o bastante para repor os titulares sem se afetar. Acabamos de perder o Gerson, que não tem reposição em seu papel de curinga. O coeficiente de talento (CT) do Flamengo ficou menor. Enfim, é com este técnico e um Flamengo abaixo de seu potencial que prosseguiremos em 2021. Já chegamos quase ao meio do ano. Agora é torcer para o trabalho evoluir e termos sorte.