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| Imagem: canal Artur Gaming, youtube. |
A manutenção da fórmula de disputa do Campeonato Brasileiro, em pontos corridos com 20 clubes já há 15 anos, permite um entendimento muito grande da competição. A série Checkpoint tenta olhar para os dados dos campeonatos anteriores de forma de forma a fazer uma projeção da pontuação esperada para o título.
É interessante perceber que, até 2013, nenhum dos campeões atingiu 80 pontos e que, de 2014 para cá, das 7 edições realizadas, em 5 delas os campeões chegaram a essa marca dos 80 pontos. Isso mostra uma tendência que já vem sendo percebida nas principais ligas européias: os times mais fortes do país passam a se destacar tanto dos demais, fazendo com que a pontuação do campeão nacional se mantenha numa faixa mais alta.
É por isso que, nos últimos anos dessa análise Checkpoint, projetamos que a linha de título estaria por volta de 11 pontos a cada 5 jogos. O objetivo seria, portanto, chegar na Rodada 35 com 77 pontos, tendo ainda 9 pontos a disputar no “sprint final”. No Campeonato de 2019, essa tendência de pontuação mais elevada se confirmou, não apenas com o Flamengo quebrando o recorde da pontuação, mas também com o vice e o 3º colocado chegando, ambos, a 74 pontos, também recordes históricos para essas posições.
Entretanto, com a pandemia, vimos um Campeonato Brasileiro de 2020 em condições muito desfavoráveis às equipes, como o acúmulo de jogos em sequência, a queda no preparo físico devido ao grande tempo parado antes da competição, os casos de contaminação nos elencos e, principalmente, a falta do torcedor nos estádios. No Flamengo, além de tudo isso ainda perdemos o Mister, o que nos fez voltar cinco casas no tabuleiro da competição. O campeonato acabou nivelado por baixo e isso explica totalmente a pior pontuação do campeão nos últimos 10 anos.
Para este campeonato de 2021, entendo que é muito difícil prever se a pontuação do campeão voltará para a faixa dos 80 pontos ou se continuará mais baixa. Se, por um lado, as principais equipes do país têm se reforçado com jogadores interessantes e técnicos estrangeiros, buscando elevar o nível de suas equipes, por outro é importante pontuar que, dos fatores que listamos anteriormente como desfavoráveis ao nível de competitividade das equipes, estão lá a falta do torcedor nos estádios, os possíveis surtos de covid nos elencos e, principalmente, o problema do calendário, que está pior ainda com as convocações para Copa América e Eliminatórias.
Em um cenário normal, seria possível imaginar que, além do Flamengo, equipes como Palmeiras, Atlético MG, São Paulo e Grêmio teriam potencial para atingir os 80 pontos. Contudo, ainda estamos muito longe da normalidade. Não me surpreenderia se o campeonato ficasse embolado como o do ano passado, dando chance até a equipes de nível inferior a estes favoritos de aparecerem na briga pelo título, o que aconteceu com o Inter vice-campeão de 2020.
Enfim, para este campeonato de 2021, vamos baixar a linha do título, mas não tanto. Ao invés de 11 pontos a cada 5 jogos (77 pontos na Rodada 35, máximo 86), vamos alternar blocos de 10 e 11 pontos, de forma a chegar a 73 pontos na Rodada 35 e um máximo de 82 pontos ao final do campeonato.
Para este primeiro bloco, os adversários são Palmeiras (c), Grêmio (f), América (c), Athletico (f) e Bragantino (c). Bem, na verdade, os adversários eram esses, mas com o problema das convocações e do calendário, o jogo contra o Grêmio já foi adiado, o jogo contra o Athletico está sem dada na tabela oficial da CBF e não se sabe nem mesmo se as convocações para a Copa América vão implicar em outros adiamentos. Confirmado mesmo, só o jogo contra o América, domingo no Maracanã. É ganhar e manter os 100% de aproveitamento na competição. A vitória contra o Palmeiras, na primeira rodada, foi primordial para as pretensões de título. E os tropeços dos outros candidatos também foram muito bem-vindos!
Não vai ser fácil, mas o Flamengo tem grandes chances de chegar ao Tricampeonato consecutivo, o nono no geral. Vai pra cima deles, Mengo!!!
Saudações RubroNegras!!!
