Salve, Buteco! Semana passada, no post sobre o calendário, comentava que, encerrado o ciclo de partidas contra rivais de menor expressão no Estadual, o calendário começaria a ficar complicado, especialmente na sequência envolvendo os dois Fla-Flus pela final do Estadual e as duas últimas rodadas do Grupo G da Libertadores. Faltou acrescentar a estreia pelo Brasileiro, no Maracanã, contra o Palmeiras, logo após a sexta rodada da fase de grupos, contra o Vélez Sarsfield.
A razão do "corte" entre o primeiro Fla-Flu, no último sábado, e a estreia pelo Brasileiro é um tanto óbvia: o Mais Querido só contará com todos os atletas do seu elenco até o jogo contra o Palmeiras, após o que os convocados para os jogos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo e pela Copa América estarão à disposição das respectivas seleções.
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Data
Adversário
Competição
Estádio
19/5 – 4ª Feira
LDU
Libertadores
Maracanã
22/5 – Sábado
Fluminense
Estadual
Maracanã
27/5 – 5ª Feira
Vélez Sarsfield
Libertadores
Maracanã
30/5 – Domingo
Palmeiras
Brasileiro
Maracanã
2/6 4ª Feira – Sorteio Conmebol – Libertadores – Oitavas de Final
Nessa sequência, acredito que a semana que ora se inicia é a mais decisiva para o futuro de Rogério Ceni no Flamengo. Vencer as duas próximas partidas garantirá o primeiro lugar no Grupo G e o tricampeonato estadual, deixando Ceni em situação confortável para tentar os 16 pontos no grupo com maior tranquilidade e ainda preparar o time para o que promete ser um pesadíssimo confronto contra o Palmeiras, virtual maior pontuador da fase de grupos da Libertadores e bicampeão paulista, e que, com a mais absoluta certeza, encarará o jogo como uma revanche da final da Supercopa do Brasil.
Vencer a LDU significa reduzir o confronto contra o Vélez a um "quase-amistoso", pois nesse caso os argentinos não poderão mais alcançar o Mais Querido. Ao contrário, um tropeço simplesmente colocará os hermanos na briga pelo primeiro lugar do grupo, já que não deverão ter problemas para superar o La Calera em Buenos Aires. E todo mundo quer um Vélez fazendo turismo no Rio de Janeiro, certo?
Além disso, conquistar o tricampeonato estadual é o tipo de "obrigação" que precisa ser cumprida, sob pena do nosso treinador semear uma tempestade. É o tal negócio: o Estadual, em tese, "não vale nada" e não cacifa treinador algum, mas derruba aquele que não cumpre a obrigação. Logo, se algo diferente do que duas vitórias vier a ocorrer, arrisco dizer que o futuro de Rogério Ceni no Flamengo poderá não existir.
Te cuida, Nareba...
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Na sequência da estreia do Brasileiro, o Flamengo estreará na Copa do Brasil (Coritiba) já sabendo quem será seu adversário pelas oitavas-de-final da Libertadores. Será o momento de começar a preparar o time com sérios desfalques no elenco (convocados). Concordo com as críticas sobre a falta de variação na forma do time jogar. O Flamengo de Ceni cai muito de produção quando abaixa as linhas e diminui a pressão ou a frequência e a intensidade do "perde-e-pressiona". Assistindo a uma mesa-redonda após os jogos da tarde pelos estaduais, constatei que o Internacional de Miguel-Ángel Ramírez sofre exatamente a mesma crítica, diante das constantes oscilações durante as partidas. Será que é uma dificuldade inerente ao período de implantação do jogo posicional?
Seja qual for a resposta, é fato que Ceni completou um semestre à frente do Flamengo no último dia 10 de março. São justas as cobranças para que o time melhore o sistema defensivo. O jogo do último sábado é prova concreta do risco que o Flamengo correrá na Libertadores e na Copa do Brasil se não resolver esse problema. Gosto do jogo posicional como ferramenta, mas não consigo me sintonizar com o que chamo de fundamentalismo filosófico de quase todos os seus adeptos, que parecem não aceitar ou considerar indigno o time simplesmente se defender com eficiência durante parte dos jogos.
Por outro lado, algumas críticas ao nosso treinador me deixam incomodado. Assisti a duas partidas do São Paulo na Liberadores (Rentistas e Racing) e achei que o desempenho dos Bambis em ambas deixou muito a desejar. Ainda não tive a sorte de os assistir jogar "em um bom dia". O mesmo posso dizer em relação ao Internacional do Ramírez. Talvez até exista essa diferença toda que muitos juram de pés juntos que coloca esses dois estrangeiros num patamar acima do nosso treinador, mas até agora, ao menos para mim, ela, a diferença, ainda não apareceu. Continuarei aguardando.
Quem tem no Palmeiras apenas 11 (onze) dias a mais do que Rogério Ceni no Flamengo é Abel Ferreira, cujo perfil de "estudioso pragmático" semeia uma dúvida em mim e numa boa parte da torcida. A equipe palestrina e o Atlético/MG parecem ser potencialmente os nossos adversários mais difíceis no segundo semestre. Mas não me surpreenderei se o Grêmio entrar para esse seleto clube. Aliás, com a volta de Dudu, o Palmeiras ganha muita força no setor ofensivo. Nossos adversários estão se reforçando com ao menos um atleta de alto investimento para rivalizarem com o Mais Querido do Brasil. O Atlético/MG trouxe Nacho Fernández e Hulk, enquanto o Grêmio parece estar próximo de repatriar o Douglas Costa.
É hora dos nossos jogadores de maior salário no elenco mostrarem ao que vieram e que ainda estão em outro patamar em relação à concorrência. Cadê o sangue nos olhos? Ficou só com o Gabigol?
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A palavra está com vocês.
Bom dia e SRN a tod@s.