Flamengo se encontra em queda livre. Eliminado de todas as competições faz um péssimo segundo turno com o ex-goleiro Ceni como técnico. Claudicante, vagaroso, previsível, Flamengo hoje é um "sitting duck", isto é, um alvo muito fácil para ser abatido. Agora não dá medo em ninguém.
Como se tornou isto? A ponto de ver o Internacional de Abel Braga assumir a ponta do Brasileiro? Um Brasileiro em que o Flamengo, com praticamente o mesmo elenco de 2019, não consegue sequer ganhar do Ceará e Fortaleza e sofre para ganhar do Goiás apresentando um jogo triste de assistir?
O Flamengo vencedor e funcional foi um sonho português. O Jorge Jesus saiu e o Flamengo de sempre voltou. Elencos razoáveis a bons mas técnicos sofríveis. Técnicos que se misturam as panelas e fazem a comida estragar. Departamento de Futebol sendo dirigido de forma amadora, Comissão técnica degradando quaisquer resquício de qualidade no time e o Flamengo se vê quase alcançado por Palmeiras e Grêmio, e, em vez de título, está disputando o G6. Evidente que tem condições matemáticas de chegar ao título neste campeonato, que parece que ninguém quer ganhar, mas um time que sofre para ganhar de times muito ruins não tem condições de almejar nada.
Como mudar isto? Não tem condições. Tiveram a sorte de acertar em Jorge Jesus em 2019. Parece que via o demitido Pelaipe. Agora Pelaipe nem está mais lá para dar um tiro certo. E a mesma turma que conduziu o Flamengo ao abismo pós saída do português continua dando as cartas, fazendo as mesmas péssimas decisões. Estranhamente não combatida por grupos políticos bravateiros do Flamengo, muito ativos pré-2019.
Enfim, é ano político. E muitos dentro do clube social do bairro querem sua parte no bolo. Enquanto não se definirem resta o silêncio. Está em jogo camarotes, cargos a aliados, indicações, viagens, é a dolce vita de um poder sem escrúpulos.