sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Decepção

 

SRN, Buteco.

 

Podemos dizer que estamos com raiva, chateados, irritados, tristes e zangados com os últimos resultados.

Não estamos surpresos, porém. Já pressentíamos e desconfiávamos, quase esperávamos, que algo assim iria acontecer.

O que não torna menos frustrante e desolador quando a coisa realmente acontece.

Sempre queremos seguir em frente, na esperança do “encaixe”, daquela centelha de magia que iria nos levar de volta a 2019, ou pelo menos parar de perder e entregar gols.

Depois de um jogo morno, modorrento diante de um adversário simples, modesto, Rodrigo Caio é expulso, o ex goleiro saca o Arrascaeta e o implacável Golem ataca novamente.

0x1 e eliminação.

Mas o tal brilhinho mágico queria aparecer!

Arão empata de cabeça num escanteio cobrado pelo Diego, e ali me veio uma leve, fugaz esperança de que poderia, quem sabe, acontecer a epifania que mudaria o destino do time no ano.

Essa esperança durou alguns momentos, e morreu quando , iniciando as cobranças de pênaltis, vejo o goleiro do Flamengo abraçado ao adversário, dando risada e conversando animadamente como se estivesse numa mesa de bar.

Vejam, o time tinha acabado de empatar com um a menos e com a presença de Mortinho em campo, um feito considerável.

Era hora de dente trincado, concentração cara de mau e raça.

Não de bate papo indolente alheio ao que representava essa decisão para o clube.

E aí, meus amigos, o tal brilhinho mágico se desfez como um palito de fosforo aceso numa tempestade.

E o Flamengo foi eliminado da Copa Libertadores da América.

Como sabíamos que seria. E não queríamos




aceitar.