Ceni fez uma boa estreia como técnico do Flamengo. Embora tenha escalado um time com todos os jogadores odiados pelas redes sociais (Leo Pereira, Gustavo Henrique, Vitinho, Michael e Renê), o Flamengo fez uma partida muito diferente do estado zumbi que o ex-técnico catalão deixava no time. Marcando alto, pressionando, compactando, parecia um (bom) simulacro do time de JJ de 2019, embora (ainda) sem o mesmo brilho. Vitinho, por exemplo, brilhou. Marcando em cima (surpresa!), criando várias jogadas, fazendo protagonismo. Foi muito bem na partida.
Gabigol, finalmente escalado desde o início, depois de um longo tempo no DM devido a uma entrada dura que este gramado violento do Maracanã lhe deu, voltou bem. Se movimentando muito, criando várias chances de gol. E fazendo dois gols. Um anulado pelo VARboclo fazendo uma linha móvel exponencial de marcação de impedimento e outro após boa trama do ataque do Flamengo lembrando os velhos tempos. Bola com Arrascaeta, Bruno Henrique depois gol do Gabigol.
Não vou mencionar as inúmeras vezes que a bola bateu nos braços dos zagueiros do São Paulo dentro da área. Está estabelecido pela comissão de arbitragem da CBF que bola no braço não é pênalti se o lance favorecer o Flamengo.
Mas o Flamengo de Ceni mostrou muito bom potencial. Mas falhas individuais ainda são a tônica deste time. Gustavo Henrique não tem velocidade, Renê deixa cruzar. E foi assim que São Paulo fez seu gol. Renê deixa o atacante do São Paulo dominar a bola e lançar pro vazio pro bom jogador Brenner. Gustavo Henrique com a mesma velocidade de uma tartaruga em estado de parto não chega e Brenner, sozinho, toca na saída do Diego Alves. Gol injusto, Flamengo bem melhor no jogo. Mas futebol é como a vida. Dá na nossa cara e não reclame.
Mas, logo depois, Flamengo acha seu gol na trama dita acima. Jogo 1 a 1. Arrascaeta ainda sem aquela mobilidade vai fazendo bons passes. Time acumulando oportunidades perdidas. Mas Diego Alves saiu machucado e entra Hugo Souza. Pronto. Temos então a dupla de zagueiros ruim de bola com o goleiro também ruim com a bola nos pés. Aquele potencial explosivo de dar ruim.
E depois de não terem aprendido com o São Paulo, pois Flamengo fazia marcação alta, roubava a bola com certa facilidade, mas não conseguia fazer seu gol, chegou a vez do São Paulo fazer igual. Nesta jogada imbecil "domênica" de Flamengo ter sua linha baixa trocando passes nas fuças do adversário, que, claro sai avançando, avançando e o otário ali, trocando passes entre zagueiro ruins de tudo e o goleiro ruim de bola, sai o gol do São Paulo. Leo Pereira atrasa a bola pro pé ruim de Hugo Souza, ele tenta dominar, colocar na frente, e aí, ferrou, tenta driblar o Brenner, mas se atrapalha todo. Brenner que não tem nada com isto agradece o presente colocando a bola na rede.
São Paulo 2 a 1. Justo? Não. Merecido? Sim. Quem faz esta jogadinha babaca de troca de passes com goleiro na cara do adversário tem mais que se fu...ferrar mesmo.
Mas Rogério Ceni deixou um cartão de visitas muito promissor. Espero que chicoteie (no esporro claro) todos envolvidos com este gol entregue ao São Paulo e siga com o bom trabalho realizado. Sua condução durante o jogo regendo o time como maestro achei também exemplar. Bem vindo Ceni e podemos ganhar bem do São Paulo. Temos melhor time.