SRN, Buteco.
Em alguns momentos da história, temos a sensação e a certeza de que estamos vivenciando algo único, que será lebrado por gerações.
Quem vivenciou algo como a queda do muro de Berlim, por exemplo, tinha a noção de que aquilo era algo grande, que seria inesquecível.
Guardadas as devidas proporções, muitos de nós, como torcedores do Flamengo, vivemos um momento semelhante.
No meu caso, minhas primeiras lembranças como torcedor “consciente”, que tinha noção do que se passava em campo, é do titulo de 1987.
Vivíamos naquela época o ocaso da geração Zico, que dominou o futebol brasileiro durante uma década, aproximadamente.
Então, não consegui sentir, saber como era torcer para o grande favorito, o melhor indiscutível, o time a ser batido,
Que vem a ser o que esse time atual nos proporciona hoje, Vejam, não estou comparando a capacidade futebolística dessas equipes, somente constato que o domínio técnico é provavelmente bem semelhante.
Inclusive, peço aos amigos do blog que tiveram o prazer de acompanhar a geração dos anos 80 as suas impressões sobre isso.
Depois de décadas de abandono, desperdício de recursos e calamidades financeiras diversas, o Flamengo passou de piada a adversário respeitado e, por fim, temido.
Nas redes sociais, é possivel encontrar relatos de diversos torcedores que em projeções de adversários futuros temem o confronto com o Flamengo .
Nessa semana, por exemplo, fomos a Curitiba enfrentar o Sintético.
Em tempos passados, a viagem até aquele estado representava navegar pelo rio Estige, e os adversários pareciam Cérbero.
A média era voltar de lá com quatro gols no lombo. Quando trazia um pontinho, era motivo de festa.
Mas atualmente o Flamengo vai ate lá, ganha com naturalidade e nós ainda reclamamos que o treinador recuou demais o time...
Esse tipo de sensação eu nunca havia experimentado como torcedor. Sentir na vespera de qualquer jogo que a vitoria, alem de possivel, é provável.
Que seja eterno enquanto dure essa sensação!