Olá Buteco, bom dia!
Todo trabalho vencedor passa, efetivamente, por três fases bem definidas: o início, a consolidação e o ápice. No início, é normal que o time tenha dificuldade em compreender os movimentos desejados pelo treinador e falhas aparecerão jogo sim, jogo também, o que certamente trará desconfianças sobre a capacidade do treinador. É um período em que vencer, mesmo sem jogar bem, é extremamente importante para sustentar o trabalho.
Nosso simpático catalão, o "experiente inexperiente" (que felicidade nessa descrição, Gustavo!) passou por todos esses perrengues nesses 2 meses e meio (como passou rápido!) à frente do Mais Querido. A histórica goleada de domingo não apenas encerra esta primeira maratona da temporada, como também pode ser vista como um marco de encerramento do início do trabalho do treinador. O cartão de visitas está dado. O Flamengo jogou muita bola, aliando a qualidade técnica do elenco com uma parte tática que, notoriamente, começa a saltar aos olhos. Temos treinador!
O desafio agora é consolidar o sistema de jogo e performar. Nessa etapa, espera-se que o time mantenha um nível de boas apresentações, de forma a vencer com autoridade. Mais do que simplesmente vencer, é preciso jogar bem. Naturalmente, é impossível jogar bem em todas as partidas, especialmente nesse calendário insano, mas a oscilação precisa diminuir.
Há uma preocupação legítima com o sistema defensivo (sofremos gols em todas as últimas quatro partidas), que precisa evoluir para que possamos encarar os jogos mais duros que vêm pela frente no Brasileirão: Internacional, São Paulo e Atlético Mineiro, os três times que dividem o G4 conosco hoje.
Por outro lado, Dome e sua comissão técnica já entendem o melhor posicionamento para nossos jogadores. Arrascaeta já estava brilhando antes da contusão, Pedro cheirando a gols, os três volantes do meio - Arão, Thiago Maia e Gerson - subindo muito de produção e, para felicidade geral da Nação, Vitinho apareceu muito bem como um substituto para o Arrascaeta.
E ainda falta a dupla dinâmica entrar em ação!
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Checkpoint Brasileirão
Depois de um início muito ruim, conseguimos dois blocos com pontuação de campeão. Entramos agora no bloco mais difícil do campeonato: Bragantino, Corinthians, Internacional, São Paulo e Atlético Mineiro. A partida que, teoricamente, seria a mais fácil, tornou-se complicadíssima devido ao pouco tempo de intervalo entre o jogo do Goiás, as lesões e a falta de condição física dos jogadores que serviram às seleções. Deixamos dois pontos que em condições normais não deixaríamos, mas a vitória sobre o Corinthians pôs as coisas em ordem novamente.
O Flamengo ganha moral num momento chave do campeonato.
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Poupar ou não poupar, eis a questão!
Para mim, é muito caro abandonar a Copa do Brasil. Porque, nesse caso, podemos ver o título cair no colo de times que não estão jogando rigorosamente nada, como é o caso de Grêmio ou Palmeiras. O próprio Athletico, adversário das oitavas de final, está com uma campanha muito fraca no Brasileirão, encontrando-se na zona do rebaixamento. Novamente, em condições normais, seria um título até "simples" de ser conquistado.
Todavia, o bom senso faz-se necessário! Não adianta estourar o time agora e, quando as competições mais importantes estivem no auge, perdermos fôlego. O planejamento deve ser feito olhando lá na frente, confrontos eliminatórios da Libertadores e as rodadas regulares do Campeonato Brasileiro. Para amanhã, a já informada escolha por um time alternativo contra o Junior Barranquilla, vai ao encontro desse raciocínio.
Dei uma olhada no nosso calendário de jogos, que o Gustavo postou ontem, e na próxima data fifa: as próximas rodadas serão quinta e sexta-feira, 12 e 13 de Novembro e terça-feira, 17 de Novembro. Essas datas casam exatamente com os dois jogos das quartas-de-final da Copa do Brasil (com um jogo do Brasileiro no fim de semana), o que naturalmente já nos impediria de disputar essa fase da competição com o time completo. É uma situação surreal, absolutamente rídicula. Em uma competição cuja premiação é de 50 milhões de reais para o campeão, o Flamengo é impedido de utilizar os seus jogadores na disputa. Quem paga esse prejuízo?
Mas, enfim, já que não teremos os selecionáveis - e é bem possível que Gerson entre nessa lista também - nas quartas-de-final, talvez seja de bom tom usar os confrontos das oitavas de final para dar ritmo ao time alternativo que poderá nos representar na sequência da competição. Aliás, para a posição de goleiro, acredito que o melhor seria deixar Hugo e Alves jogando constantemente, um pelo Brasileiro, outro nas Copas. Eu deixaria o Alves nas Copas, pela capacidade de pegar pênaltis.
Diego Alves, Mateuzinho, Gustavo Henrique, Leo Pereira e Renê (Ramon); Arão (Thiago Maia), Diego e Vitinho; Bruno Henrique (Pedro Rocha), Michael e Gabigol. Esse seria meu time para esses confrontos da Copa do Brasil.
Saudações RubroNegras!