Flamengo foi jogar no tapete sintético do Athletico-PR e conseguiu vencer por 1 a 0, em um jogo complicado pela falta de qualidade da sua zaga que foi salva pelas intervenções de Hugo Neneca, com várias defesas importantes, de grande elasticidade, inclusive um pênalti.
Desta vez foi diferente. Um primeiro tempo muito bom do Flamengo, seguido de um segundo tempo para esquecer.
Flamengo começou o jogo com a ajuda do técnico Paulo Autuori do CAP, que não orientou que seu time fizesse marcação alta. O que facilitou nossa saída de bola e um controle de jogo à partir deste momento. Pedro e Bruno Henrique se movimentavam bastante embora controlar a bola estava sendo muito difícil. Vários jogadores do Flamengo com erros grosseiros de passe e de condução de bola. Everton Ribeiro foi um deles. Durante todo o jogo teve extrema dificuldade. Bruno Henrique quando engatava a quinta, perdia a bola na linha de fundo. Um toquezinho e o raio da bola ia a 100 km/hora. Agora a mesma dificuldade não se via nos dois laterais, Felipe Luís e Isla, este então particularmente impressionante. Parecia que já tinha nascido sobre uma grama sintética. Leo Pereira e Noga errando muitos passes fáceis.
O CAP tentava articular suas jogadas com o ótimo Walter. Jogador com uma habilidade incrível inversamente proporcional ao seu físico. Deixava vários jogadores na cara do gol e ele mesmo finalizava com perigo. Mas o Flamengo fez o seu, o gol do Bruno Henrique se deu em jogada cabeceada pelo Pedro. Bola bateu na trave e voltou pro artilheiro escorar sozinho. Flamengo, tranquilo, fechou o primeiro tempo com vantagem. Jogava tranquilo de freio de mão puxado para não desgastar.
Veio então o intervalo e o segundo tempo. Aí o jogo virou. Principalmente porque o CAP já entrou com marcação alta. Então a zaga do Flamengo começou a falhar, particularmente o Leo Pereira. O CAP recuperava a bola rápido e já partia para cima. Leo Pereira errava todos os botes e o Flamengo via a bola passar de um lado para outro de sua área, com Hugo Neneca defendendo todas as finalizações. Ainda mais depois que Dome fez o favor de substituir Felipe Luis por Renê, fazendo o time ter o lado esquerdo dos horrores: Renê + Leo Pereira.
O contra-ataque não se encaixava. Bruno Henrique tropeçava na bola, e Vitinho em dia de Vitinho pré-Corinthians. Achei que Michael poderia ser opção pelo campo aberto que o CAP deixava. Mas Dome não achou assim. Vendo que o meio de campo estava perdido, estreou um FlaKid no time, o volante Daniel Cabral, que ficou perdidão durante o jogo. João Gomes, no caso, estreou melhor. Mas tem que ter opções de volantes para domingo contra o São Paulo.
E, em um lance de habilidade do Walter, este deu um lindo passe de cobertura pro atacante do CAP, que foi derrubado por Renê dentro da área. Penalti. Pavão, o juiz, não marcou inicialmente, mas consultou o VAR e validou corretamente. Walter cobrou com um chute forte à direita do Hugo Neneca, que se esticou todo e defendeu. Enorme agilidade. Isto abateu o Walter que acabou sendo substituído pouco depois. Dome, resolver dar uma de Zé Ricardo, trocando Pedro por mais um zagueiro, o Gustavo Henrique, e segurar o resultado.
Mesmo o CAP bombardeando nada conseguiu. Flamengo acabou vencendo por 1 a 0.
No final do jogo tem-se a notícia que o presidente do CAP, Mario Petraglia, contrata a si mesmo como CEO e em seguida pede licença do cargo de presidente. CEO é o "presidente com benefícios" e o Petraglia não queria mais sofrer por seu CAP de graça.