Findou-se a era jesuítica no Flamengo. Eles foram embora. Levaram seus planos, metodologias de jogo, práticas de treino e ficou a tribo isolada. Vieram então os dominicanos. Metodologias diferentes, menos dinâmica e ainda não entendida plenamente pela tribo. Serão eras diferentes. Temos que aceitar. Qualquer que fosse ou seja o substituto de Jorge Jesus, o Flamengo seria outro.
E mais uma vez um outro Flamengo entrou em campo ontem. De novo com vários jogadores longe da melhor forma técnica e física. Bruno Henrique parece de vez encarnar o complexo de Paulinho, essencial em 2013 e um desastre em 2014. Talvez a proposta do Benfica tenha mexido com ele ou esperava um novo 2020, só que no exterior depois de seu ano de 2019. O fato é que Bruno Henrique depois da paralisação se transformou em um jogador comum e medíocre. No entanto o dominicano o escala de titular direto e ontem sequer o substituiu. Como entender esta titularidade compulsória de jogador? Isto não deveria caber mais no Flamengo. Até é uma injustiça para reservas. Se com o Bruno Henrique nesta draga eles não entram em campo como será se ele se recuperar ainda que um pouco? É muito desmotivador. O que pode fazer o elenco mesmo implodir, pois é um perfeito caso de panelagem.
Talvez Dome queira ganhar o grupo. No mais perfeito espírito de "técnico brasileiro". O que não é aquilo que esperávamos de treinador.
Enfim, depois de uma partida moderna da Champions, veio o Flamengo às 19:15 jogar. E a comparação entre as partidas mostrou que o fosso se abriu ainda mais entre nosso futebol e o europeu. Grêmio, ao estilo Renato Gaúcho, poderia ter-se aproveitado do Flamengo atordoado. Mas fez um gol e parou. Ficou tocando a bola esperando acabar o jogo. Flamengo conseguiu um pênalti no final. Bola tocou na mão do adversário na área. Gabigol, quebrando seu jejum, bateu bem e marcou. Empate merecido. Ambas as equipes não mereciam ganhar.
Pelas entrevistas do Dome, não mostra qualquer insatisfação com a equipe e com o jogo apresentado. Já vimos este filme antes e o técnico sempre acaba sendo trocado.