Mister foi embora. Como tudo na vida um dia acaba. Deixou uma era vitoriosa no Flamengo. Mas evidenciou que o clube ainda não tem estatura para segurar um técnico vencedor estrangeiro. Na primeira oferta eles vão embora.
Foi assim com Rueda. A gestão anterior ficou tão traumatizada com a quebra de contrato que não quis mais técnicos estrangeiros, parece. O que foi um grande erro. Porque mais vale um técnico estrangeiro que vença e vai embora do que um brasileiro perdedor nato. E Rueda quase venceu. Perdeu duas decisões. Mas chegou mais longe que qualquer outro antecessor na gestão passada.
E agora estamos, espero, na iminência de contratar outro técnico estrangeiro. Coronavirus, Brasil ainda no submundo do futebol, bagunça geral nas competições. Tudo isto atrapalha. Mas, felizmente, Flamengo mostrou competência, estrutura e um belo time em 2019. E isto atrai técnicos que queiram ressurgir no mercado como Jesus fez.
Jesus em 2019 estava escondido no Oriente Médio. Era tido como "Judas" no Benfica e foi chutado do Sporting. Seu mercado em Portugal, quiçá Europa, era "inexistente". Mas o Flamengo o reergueu. O clube o abraçou. Ele e sua competente comissão técnica. Mas isto não foi o suficiente para ele ficar. A qualquer aceno do Benfica, de um presidente investigado, ele retornou.
E isto ao meu deverá ser com outros técnicos estrangeiros. Somos ainda "emprego de recuperação" para eles. Janela. É com esta proposta que temos que chegar nos técnicos estrangeiros. Fazê-los crer que temos tudo para eles brilharem aqui e se catapultarem para mercados mais valiosos logo após.
Enquanto isto deveríamos ter equipes internas dentro do clube aprendendo, se capacitando, obtendo conhecimento sobre o estilo de jogo que gostaríamos, que para mim foi este deixado por Jorge Jesus. Uma vez que tenhamos equipes técnicas internas preparadas, podemos aplicar tudo isto na base. E no futuro deixarmos esta dependência de técnicos estrangeiros. Vamos formar os nossos próprios técnicos. Nossas comissões.