Olá, Buteco,
Divulgo, hoje,
mais três letras de músicas que falam do nosso Flamengo.
As duas
primeiras são do estoque antigo, compostas há muitos anos pra cantar a paixão
pelo Flamengo e a felicidade de ser rubro-negro.
A terceira foi
feita na semana passada, em homenagem ao gol do Nunes na conquista do
Brasileirão de 1980, cujo quadragésimo aniversário aconteceu no dia primeiro de
junho.
Vocês vão notar
que a temática das duas músicas antigas não varia porque, de fato, faz tempo
que eu me dei conta de que a pessoa que torce pelo Mengão assina um pacto com a
felicidade.
Pra quem não leu
“Torcer pelo Flamengo - Pacto com a felicidade - Parte 1”, publicado aqui no Buteco em 12/05, reproduzo aqui um
pequeno trecho em que explico porque penso assim, a partir da distinção entre
felicidade e momentos alegres.
“Ao longo da vida aprendi que a palavra alegria pode
ter dois sentidos, o que retrata um sentimento decorrente de algum evento
passageiro, circunstancial, e o de sinônimo de felicidade, algo mais
permanente.
Para ficar mais clara essa distinção, acostumei-me a
dizer que felicidade e momentos alegres não são a mesma coisa, assim como
infelicidade e momentos tristes também não são.
Eu, por exemplo, sou feliz por ter feito a escolha
certa de ser Flamengo, mas posso viver momentos tristes, quando meu time perde
um jogo ou um título.”
..........
Essa vocação
para a felicidade se manifesta, até mesmo, na forma como a Nação lida com
preconceitos, como aconteceu naquele histórico voo rasante do urubu
rubro-negro, ocorrido em 01 de junho de 1969 (olha o primeiro de junho aí, de
novo) e relembrado pelo Gustavo, na semana passada.
Ao recordarmos
aquele momento que tive o privilégio de testemunhar, pois eu estava no Maraca no
dia em que os torcedores soltaram o urubu no gramado, fica evidente uma
característica apaixonante da torcida rubro-negra, sua capacidade de digerir as
manifestações preconceituosas de torcidas rivais, para transformá-las em
motivos de alegria e de orgulho.
Foi assim com o
urubu, foi assim com o papo elitista de festa na favela e aí, amigos, não tem
pra ninguém.
Essa capacidade
de receber preconceito e responder com alegria é mais uma virtude que nos engrandece
de um jeito muito bonito.
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Vamos às letras
de hoje, então.
Postei, também,
os links dos vídeos com as gravações das músicas, nas quais contei com a
participação nos instrumentos do meu primo Abelardo, grande rubro-negro.
Paixão Rubro-Negra
A marcha “Paixão
Rubro-Negra” é minha primeira composição sobre o Flamengo e foi feita por volta
de 1990.
Meu coração
Se deixa
envolver na magia
Mengo é paixão
Meu peito
explode de alegria
Mar de bandeiras
Em campo o time
se agiganta
Torcida vibra de
emoção
E solta o grito
da garganta
É Mengo, é
Mengo, é Mengo, é gol!
Meu time só me
faz feliz
Bonito a rede
balançou
E a galera pede
bis, pede bis...
É Mengo, é
Mengo, é Mengo, é gol!
Meu time só me
faz feliz
Bonito a rede
balançou
E a galera pede
bis.
Bandeira do Mengão
O samba
“Bandeira do Mengão” é de uma safra posterior, mas também da década de 1990.
Mulher, cadê a
bandeira do Mengão
Você tá querendo
confusão
Onde é que guardou
o pavilhão?
Cumé, cumé que
eu vou pro Maracanã?
O jogo do Mengo
é amanhã
Não vou sem o
manto da minha paixão.
(Você...)
Você
Você nunca vai
compreender
O que é sofrer,
amar, torcer
Sentir disparar
o coração
Vibrar, chorar
de alegria e emoção
Vendo o
Rubro-Negro campeão
Sentindo o
Maraca estremecer
(Mulher...)
Gol do Nunes
Cruzou
E o chute não
saiu certo
Mas ele ficou
esperto
E a bola voltou
no pé
Parou
Na frente havia
o Silvestre
E o nosso
artilheiro investe
Driblando no
contrapé
João Leite
Tenta fechar o
seu canto
Mas Nunes manda
ao barbante
Faz a galera
vibrar
É festa,
Flamengo
conquista a taça
Num gol de
classe e de raça
Nação a
comemorar.
Três a dois
Um gol que
entrou para a história
Três a dois
Pra gente nunca
esquecer
Três a dois
Foi grande a
nossa vitória
Meu Mengão
O teu destino é
vencer.
É bom demais ser
Flamengo!
Saudações Rubro-Negras.