segunda-feira, 29 de junho de 2020

Polêmicas Rubro-Negras

Salve, Buteco! A "novidade" é que a imprensa escrotiva brasileira resolveu, abandonando qualquer disfarce, atrelar o Flamengo a tudo de ruim que existe na política nacional. A cobertura do dia a dia do clube hoje obedece a um critério muito simples: tudo que envolve o Flamengo é cruel, desumano, individualista, fascista e bolsonarista. Do outro lado, por mais absurda que seja a situação de um rival, é relevada porque a pauta atual é concentrar esforços contra o inimigo público número 1 do futebol brasileiro. Amigos, a verdade é que, após a edição da Medida Provisória 984/2020, o setor simplesmente surtou. Circula em grupos de Whats App uma mensagem atribuída ao VP Gustavo de Oliveira, que pode explicar um pouco os motivos:

"O Flamengo quer em 5 anos 2020, 2021, 2022, 2023 e 2024 criar um streaming top, lançar um canal de TV a cabo, onde iriam transmitir tudo sobre o Rubro-Negro, abrangendo todos os esportes, (futebol, basquete, vôlei, entre outros), ter programas com notícias, debates com convidados, entrevistas exclusivas, mesa redonda com jogadores atuais, assim como outros canais de esportes que as TVs a cabo possuem. 
Todos os comentaristas seriam Rubro-Negros de coração, gostaríamos de respirar Flamengo 24 hrs ao vivo.
A princípio a ideia é atingir 5 milhões de inscritos gratuitamente e no ano de 2021, na transmissão do carioca cobrar um valor simbólico de 0,99 centavos, isso daria por baixo 5 milhões de reais por mês. A globo hj quer pagar 18 milhões por 4 meses, se cobrarmos um valor simbólico 0,99 centavos com 5 milhões iremos ganhar 20 milhões só no campeonato carioca e 60 milhões no ano se a torcida ficar satisfeita.
Quando a parte online estiver perfeita para todos smartphones, Smartv e etc, queremos também implementar o canal em TV a cabo para que a curto prazo após dominar a parte streaming futuramente possamos colocá-lo na TV a cabo e assim arrecadar pelo serviço de assinatura. 
Nossa meta é em 2025 está passando todos os jogos do Flamengo no nosso canal de TV a cabo e no nosso Streaming.
Com um canal de TV a cabo que fala de Flamengo 24 hrs, com os melhores reportes e comentaristas, passando todos os campeonatos nacionais incluindo o Brasileirão, queremos atingir cerca de 10 milhões de rubro-negros, e com isso cobrar um preço de R$ 20,00, com isso o torcedor teria acesso a assinatura de TV a cabo e plataforma digital 24 hrs de qualquer lugar do nosso Brasil e do mundo. Temos a ideia de cobrar os jogos avulsos, assim como funciona o canal combate em dias de eventos, pois os nossos adversário que não teriam interesse em assinar o nosso produto mensal, poderiam estar comprando o evento em que o time dele será o nosso adversário, não deixaríamos nossos jogos restrito somente a nossos torcedores, seria para todos.
10 milhões de rubro negros assinando por R$ 20,00, da exatamente R$ 120 milhões de reais por mês, 1 bilhão e 200 milhões por ano só com nossa torcida. 
Se adicionar os adversários comprando jogos pontuais, nosso patrocínios durante os jogos e diversas outras fontes de renda que um canal irá proporcionar através de captação de novas ideias, poderíamos atingir cifras milionárias."

Convenhamos, a medida provisória detonou toda uma estrutura de poder e negócios, abrindo as portas para um modelo muito mais amplo e inclusivo. Vejam bem, o Mais Querido sempre foi, também, o Mais Odiado, e nenhum torcedor do Flamengo que se preze desconhecia esse fato, porém a edição dessa medida provisória pelo presidente mais polêmico (ganhou até do Collor no quesito) pós-Constituinte de 1988 acabou se transformando na desculpa perfeita para a imprensa arco-íris destilar todo o ódio que, até então, ainda que de maneira ineficiente, tentava disfarçar, e também o álibi perfeito para esconder a verdadeira causa da sua indignação: as perdas do poder político, advindo dos direitos de transmissão concentrados nas emissoras de televisão, e da comodidade que isso proporciona aos empregos no setor. E tome narrativas para sustentar esse poder!

Toda essa paúra tem produzido verdadeiras pérolas, que já não mais conseguem esconder a realidade inescapável: a esmagadora maioria dos clubes é favorável ao novo regime instituído pela MP 984/2020. Para a turma do jornalismo do ódio, que pretendo abandonar definitivamente no meu dia a dia como torcedor, deixo o seguinte recado, com todo o amor e carinho:


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Aliás... O Mais Querido vem promovendo, desde abril, várias ações sociais que preenchem o enorme vácuo deixado pelo Estado (sentido lato), além de divulgar campanhas por importantes pautas anti-discriminatórias no perfil oficial do clube.

A pauta do inimigo público n.º 1, definitivamente, não condiz com os fatos.

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E por falar no Bap, esta entrevista (que recomendo) foi muito elogiada por várias correntes de torcedores (inclusive antagônicas), porém esta outra entrevista veio a ser criticada pelo que teriam sido excessos do nosso cartola ao se referir ao ex-treinador Abel Braga.

Concordo com quem pondera que um dirigente do Flamengo deve se pautar pela auto-contenção, mas nesse caso específico, como era o Abel e apesar do autor das críticas ser o mesmo que defendeu a contratação do treinador e demorou pra admitir que ele tinha que sair, as palavras do Bap soaram como música nos meus ouvidos.

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Vi com bons olhos a volta do futebol, especialmente porque o Flamengo conseguiu desenvolver protocolos que estão sendo adotados por vários clubes e entidades, até de outros setores. Contudo, considero uma temeridade a volta dos jogos com público em julho, como vem defendendo o prefeito do Rio de Janeiro. Não há como a FERJ e os clubes garantirem a segurança dos torcedores nos estádios.

Este post do Arthur Muhlemberg no blog República Paz e Amor traz uma sugestão que o Flamengo poderia adotar, talvez não vendendo ingressos antes de que os torcedores tenham a mesma margem de segurança oferecida para os atletas.

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Vem Glenda! #GlendaNaFlatv

Bom dia e SRN a tod@s.