SRN, Buteco.
Tivemos muita sorte esportivamente no ano passado.
Todos os jogadores que chegaram ao clube tiveram sucesso, “vingaram,”
como se diz popularmente.
O treinador, uma incógnita no momento da contratação, se
transformou em algo inimaginável ao mais otimista dos torcedores.
Transformou o
time numa maquina de jogar futebol, elevou os conceitos e praticas de gestão de
treinamento à nível europeu e venceu quase tudo o que se podia vencer, se
transformando em uma legenda rubro negra em menos de 1 ano.
A parte de negociação de valores e contratação de atletas
também foi revolucionada, onde vimos o Flamengo se tornar o protagonista máximo,
aquele que escolhe o que e quem quer, diferente daqueles dias em que fomos a
ultima opção ou o a escolha de pré aposentados para dar seus últimos chutes.
Nada disso, porem, seria possivel sem a revolução econômica
na maneira de gerir o clube. Não me refiro ao saneamento financeiro pós gestão Demônio de saias, que foi fundamental para que se chegasse a esse ponto.
O que quero abordar é a assombrosa diferença entre o modo
com que o Flamengo é gerido em comparação com a maioria esmagadora do futebol
brasileiro.
O Flamengo, hoje, se compara , em termos de gestão, as
maiores empresas do Brasil, talvez do mundo.
Opera com praticas empresariais ajustadas com o que há de
visão do mercado, e o resultado é que se tornou referencia no seu segmento.
Nos tornamos a referencia, o case de sucesso.
Para ilustrar:
-A renovação de Jorge Jesus. Os valores do contrato foram
fixados em Euros, moeda que sofre fluatação cambial e que pode aumentar bastante
o valor do contrato.
Porém, o clube tem vários recebíveis nessa mesma moeda em
vendas de jogadores ao exterior, o que equilibra a situação.
Ah, mas também temos pagamentos em Euros a fazer? Sim,
muitos.
Que foram protegidos através de hedge cambial, ao contrario
dos recebimentos, que serão na cotação do Euro no dia, indiferente para o clube
Europeu que paga, mas importantíssimo para o clube sul-americano que recebe.
Outro caso foi a recente visita institucional ao governo
federal, onde a imprensa, rasa como sempre, se apressou em dizer que o clube
buscava o retorno dos jogos imediatamente.
Tolice.
Essa reunião teve por objetivo dar andamento a uma agenda de
pautas pela aprovação de mudanças para a modernização da Lei Pelé e no modelo
de clube-empresa a ser implementado no Brasil.
O Flamengo quer acelerar o debate e age institucionalmente
para isso.
O clube provocou tal movimento com o respaldo do presidente Jair
Bolsonaro, que aprovou que as pautas fosse levadas aos órgão competentes pelo
clube.
Entre ela sa implementação da Lei Geral do Esporte (PLS
68/2017), que abriria precedente para o clube transmitir seus eventos em suas
plataformas digitais.
A negociação tem como pano de fundo o acordo próximo com a
Amazon para se tornar patrocinador master do Flamengo.
Meus caros, chegamos ao topo
O Flamengo joga xadrez, enquanto a maioria joga paciencia no
computador.
Gigantes se atraem