Olá Buteco, bom dia!
Na excelente entrevista que o Mister Jorge Jesus deu ontem à noite, a mais importante informação foi perceber a fome que ele e o grupo de jogadores do Flamengo têm pelo Mundial de Clubes. Eles sabem que faltou pouco para trazer o bicampeonato para casa e querem retornar à Doha para completar o ciclo dos eternos campeões.
É espantoso ver o nível de consciência profissional que o Mister exalta: projeta o Mundo, mas tem plena consciência que, para isso, é necessário conquistar primeiro o quintal de casa. "O mais difícil é chegar lá...".
Sim, para chegarmos novamente lá, há toda uma história a ser reescrita, sendo o primeiro capítulo a batalha pela classificação às oitavas de final da Copa Libertadores da América 2020, em um grupo complicado com Junior Barranquila, Barcelona de Guayaquil e Independiente Del Valle. O primeiro passo foi dado e amanhã veremos o segundo capítulo dessa nossa saga.
Para assegurar a classificação à próxima fase, 13 pontos são suficientes. Não há hipótese matemática de um clube ser eliminado com 13 pontos, em um grupo com 4 times em que todos jogam contra todos, em ida e volta.
Fizemos uma análise estatística que ilustra o range de classificação com uma pontuação inferior a 13. Desde 2000, quando começou esse sistema de 8 grupos com 4 clubes, a menor pontuação que gerou classificação à segunda fase foi 7 pontos, como se vê na tabela a seguir:
Para assegurar a classificação à próxima fase, 13 pontos são suficientes. Não há hipótese matemática de um clube ser eliminado com 13 pontos, em um grupo com 4 times em que todos jogam contra todos, em ida e volta.
Fizemos uma análise estatística que ilustra o range de classificação com uma pontuação inferior a 13. Desde 2000, quando começou esse sistema de 8 grupos com 4 clubes, a menor pontuação que gerou classificação à segunda fase foi 7 pontos, como se vê na tabela a seguir:
Em geral, times com 10 pontos conseguem a classificação. No entanto, podemos lembrar do ano passado, onde houve um tríplice empate entre nós, LDU e Peñarol com 10 pontos, ficando o time uruguaio relagado à Sulamericana, no desempate pelo saldo de gols.
Aliás, a experiência da primeira fase do ano passado é bem didática: começamos com duas vitórias (1x0 San José, no alto do morro e 3x1 na LDU, Maracanã) e nos encaminhávamos para uma classificação tranquila, até o fatídico 0x1 Peñarol, que quase desandou a maionese. Na Libertadores, nada é de graça, tudo tem que ser arrancado na marra. Sempre foi assim e sempre será, independente de estarmos em outro patamar.
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Naturalmente, nosso timaço nos permite projetar objetivos secundários. Porquanto a classificação é o objetivo principal, independente de como ela virá, é fato que buscar uma posição alta na primeira fase nos dá a vantagem de decidir em casa as fases eliminatórias.
Dessa forma, buscar o 1º lugar geral pode ser um objetivo secundário e a estatística mostra que, para isto, pelo menos 5 vitórias seriam necessárias: nas últimas 20 edições, apenas em duas o 1º lugar geral teve menos que 5 vitórias.
Difícil? Claro! Mas é viável. Esse Flamengo já cansou de mostrar que sabe jogar bola em qualquer lugar, inclusive na altitude de Quito, no último embate contra o bom time do Del Valle. É dar um passo de cada vez, respeitando os adversários e as dificuldades inerentes à competição, mas lembrando sempre que somos os atuais campeões e temos bola para o Tri.
Vai pra cima deles, Mengo!!!
Saudações RubroNegras